OBSCURO RACIONAL
 
O animal homem segue desconhecido nessa caverna jamais desvendada em sua plenitude. Conservam-se sempre facas afiadas que descansam num canto sem a certeza de sua real utilização. Porém a consciência sabe que a qualquer momento poderá haver sangue derramado pelo chão. Pois, se são semelhantes advindos de circunstâncias e primórdios idênticos e convivem dentro dum nível desigual, apartados pelos cadeados sociais, podem a qualquer instante romper-se as barreiras e se partir para o ataque (exemplos nítidos estampados ao redor são o que não faltam). Assim, a aldeia “civilizada” vai se articulando incoerentemente. É certo que estão de algum modo ajustados, principalmente no tocante aos contratos/regras/valores/estrutura social. De fato, o ato da racionalidade proporciona ao homem ter a mentalidade política e essa consciência politizada é o que o faz sempre avançar degraus e, tais degraus, podem quebrar barreiras. Assim sendo, o homem se firma “infinito em suas potencialidades e ações” não há como posicioná-lo como objeto pronto e não sendo definido, são sempre desconhecidos uns aos outros, daí a implícita insegurança constante em cada animal pensante.



Por: Valdon Nez
30 agosto 2012

 
Valdon Nez
Enviado por Valdon Nez em 30/08/2012
Reeditado em 20/10/2020
Código do texto: T3856697
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2012. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.