Bandido Santo e Policial Demônio?
Uma pesquisa sobre as profissões mais estressantes revelou que a de soldado aparece em primeiro lugar. A carga emocional de um policial que vai a busca de um bandido, com o risco de ser recebido a bala, aumenta de tal maneira, que não se pode prever a sua reação comportamental. Por maior preparo psicológico que possa ter, tudo pode mudar diante de determinadas circunstâncias. Uma coisa é comandar e outra é ir para o campo de ação. Para quem fica de fora, vai sempre dizer que agiria assim ou assado, sem nunca perder o equilíbrio.
É evidente que cada caso é um caso, e não queremos aqui condenar um inocente nem absolver um culpado. Mas que a coisa merece um estudo mais profundo em determinadas ocorrências, isto ninguém pode negar.
Não vamos fazer apologia ao regime de Talião, violência por violência, mas também não podemos oferecer flores a quem nos deu espinhos. Quem já se viu refém de bandidos, com a arma apontada para si ou para sua família, com o risco de um tiro intencional ou acidental, por certo que não vai ter “peninha” desse malfeitor. Fica difícil admitir que ele possa matar o policial, mas este não pode dar-lhe um tiro no pé.
PS. Como bem lembrado no comentário de Conceição Gomes, devo salientar que a ideia do texto nada tem a ver com o caso por ela citado. Uma mera coincidência o uso do termo UM TIRO NO PÉ.