O PARENTESCO E OS CASAMENTOS NA FAMILIA COSTA (ESCRAVOS)
O parentesco e os casamentos na Família Costa
Nosso País é cercado de mistérios e historias familiares , onde a felicidade e a dor se misturam num misto de escravagismo e urbanidade, onde um grupo familiar acaba se entrecruzando através de historias diferentes que aparentam uma divisão familiar. Segundo o texto do Projeto África: a escravidão colonial, “é um equivoco dizer que o negro veio ao Brasil. Ele foi trazido. Essa distinção não é acadêmica mas dolorosamente real e só a partir dela é que se pode tentar estabelecer o caráter que o escravismo tomou aqui, pois na verdade o negro foi trazido para preencher o papel de força de trabalho compulsório, numa estrutura que se organizava em função disso. Na grande lavoura colonial embora até hoje não seja reconhecido o escravo era fundamental.”
Em meio a esta tempestade de duvidas, reflexões e questionamentos sem respostas, nós a quarta geração da Família Costa decidimos manter os registros de nossos familiares, para que as gerações não se percam em vista da separação, pois cada grupo familiar segue seu destino em locais diversos e diferentes. Buscamos então realizar este trabalho prazeroso através da nossa genealogia.
Genealogia como se sabe, está ligada à História das Famílias. É o conjunto de informações sobre uma determinada família, com nomes, datas e lugares por onde viveram desde o mais remoto ascendente, mantendo viva na memória de seus descendentes a sua história. Para que todos os familiares desejosos em buscar suas memórias através de nosso trabalho, utilizamos a árvore genealógica que é a representação gráfica da genealogia . Através deste agrupamento de informações, tentamos mostrar a maior quantidade de dados possíveis do familiar, seu cônjuge e seus filhos, como nomes, datas, locais de nascimento, batismo, casamento e óbito.
Existem muita versões sobre este sobrenome porém o mais dito a respeito nos informa que o sobrenome Costa tem origem em Portugal, e deriva-se da Quinta da Costa, localizada na região de Guimarães, que pertencia a Gonçalo da Costa, na época do primeiro rei de Portugal D. Afonso I, no século XII.
Existem, no entanto, várias outras origens conhecidas, provenientes do Uruguai, da Espanha e da Itália. No Brasil, o sobrenome foi introduzido em vários estados diferentes. Acredita-se que o sobrenome tenha de fato se originado como designação dos moradores do litoral. Essa designação se confronta com os Silva, que seriam os habitantes do interior (ou da selva). Provavelmente em virtude disso, não se registra em Minas Gerais o surgimento de nenhuma família importante que tenha adotado esse sobrenome. Antes de iniciar a historia conhecida da Família Costa é bom refletirmos sobre como era a vida dos nossos antepassados antes de iniciar a saga desta família. Retornando ao texto do Projeto África: a escravidão colonial vemos que “o negro era cativo para que sua força de trabalho o fosse. Como conseqüência, o elemento predominante na existência do negro era o trabalho. Nas fazendas de café eram comuns as jornadas de trabalho que iam de quinze a dezoito horas diárias, iniciadas, ainda de madrugada, ao som do sino que despertava os escravos para que eles se apresentassem, enfileirados, ao feitor, para receber as tarefas. Se as atividades fossem próximas à sede da fazenda, iam a pé; se mais distantes, um carro de bois os transportava. No eito, distribuíam-se em grupos e trabalhavam horas a fio sob as vistas do feitor e embalados pela música que cantavam, falando, num português misturado com suas línguas maternas, do trabalho, de suas origens, dos patrões e de si mesmos, num ritmo monótono e constante, dezenas, centenas de vezes a mesma melodia. O almoço era servido lá pelas dez horas da manhã. O cardápio constava de feijão, angu de milho, abóbora, farinha de mandioca, eventualmente toucinho ou partes desprezadas do porco — rabo, orelha, pé, etc. — e frutas da estação como bananas, laranjas e goiabas. Embora houvesse interesse em se manter o negro saudável e apto para o trabalho, não havia a preocupação com sua longevidade. Em fazendas mais pobres, a comida com freqüência se resumia ao feijão com gordura e um pouco de farinha de mandioca, o que acabava provocando seu definhamento precoce. Qualquer que fosse a comida, era preparada em enormes panelas e servida em cuias onde os escravos enfiavam as mãos ou, na melhor das hipóteses, colheres de pau. A refeição deveria ser feita rapidamente, para não se perder tempo e, de cócoras, os negros tinham que engolir tudo porque logo em seguida o trabalho continuava. Por volta de uma hora da tarde, um café com rapadura era servido — substituído nos dias frios por cachaça — e às quatro horas jantava-se. Aí, comia-se o mesmo que no almoço, descansava-se alguns minutos e retomava-se o batente até escurecer. Cumpria-se, então, o ritual da manhã, todos se apresentando ao administrador ou dono da fazenda. Era quando, após uma breve oração, iniciava-se o trabalho que constava, geralmente, da produção ou beneficiamento de bens de consumo. Os escravos debulhavam e moíam o milho, preparavam a farinha de mandioca e o fubá, pilavam e torravam o café. Com freqüência, cortavam lenha e selecionavam o café apanhado no período de colheita. Só lá pelas nove ou dez horas da noite é que o escravo podia se recolher. Isto para alguém que, no verão, levantava por volta das quatro horas da madrugada. Antes de se deitar, fazia uma refeição rápida e, extenuado, descansava até a jornada do dia seguinte. E o curioso é que os documentos da época trazem freqüentes reclamações dos senhores com relação aos "negros preguiçosos".
A senzala, habitação coletiva dos negros escravos, eram construções bastante longas, sem janelas (ou com janelas gradeadas) dotadas de orifícios junto ao teto para efeito de ventilação e iluminação. Edificadas de pau-a-pique e cobertas de sapé, possuíam divisões internas e um mobiliário que se resumia a um estrado com esteiras ou cobertores e travesseiros de palha. As vezes, e se era o caso, havia também um jirau para o escravo guardar seus pertences. Em algumas fazendas, nem as divisões internas eram efetuadas. Em outras, as senzalas eram menores. Em quase todas, os casais desfrutavam de uma situação especial, morando em pequenos barracos de pau-a-pique cobertos com folhas de bananeiras. Embora não houvesse empenho notável em "fazendas de reprodução", havia a preocupação em se dar um mínimo de conforto aos casais para que eles reproduzissem força de trabalho para o senhor.”
A informação oral mais próxima que possuímos é do nosso avô Hilarino José da Costa falecido em 13 de junho de 1962 em Contagem-Mg, uma dentre as crianças negras que nasceram beneficiadas pela Lei do Ventre Livre em 02 de dezembro de 1880. Sua mãe e nossa bisavó era escrava numa fazenda em Caranaíba no Estado de Minas Gerais e nasceu aproximadamente em 1860. A rota de penetração da bandeira de Fernão Dias Paes Leme passa pela região onde está o Município. Saindo de São Paulo no início do século XVIII, entrou na região das Minas Gerais pela Garganta do Embaú, cruzou o Rio Grande e alcançou o vale do Rio Paraopeba, depois de passar pelo Rio das Mortes. Caranaíba está na porta de entrada para as nascentes do Rio Paraopeba, onde se localizam os Municípios vizinhos de Cristiano Otoni e Queluzito. Necessitando de pontos de apoio e de aprovisionamento, nasciam fazendas e consequentemente povoados ao longo dos caminhos de penetração. Foi como povoado de Nossa Senhora da Glória de Queluz ou simplesmente Glória de Queluz que nasceu a Caranaíba de hoje. Caranaíba esta agregada as primeiras vilas fundadas nas serras da Mantiqueira junto a Itaverava e Piranga no final do século XVIII, antes mesmo de Ouro Preto e Mariana. Sua fundação se deve aos bandeirantes cujo interesse maior estava voltado para as riquezas minerais: em primeiro lugar o ouro, depois os diamantes. As sesmarias eram doadas com fins agrícolas, para a sobrevivência dos exploradores, sendo a cana de açúcar a principal cultura, posteriormente a mandioca e o milho.
No princípio do século XVIII, entre os anos de 1.720 a 1.750, foram doadas grandes extensões de terras pelos colonizadores portugueses com o nome de sesmaria, com a finalidade de cultivá-las e intensificou se a povoação a partir de 1750. Embora não haja dados comprobatórios Antônio da Costa de Faria - Fundador da Fazenda dos Costa pode ser o dono primeiro de nossa bisavó. Falecido e sepultado na Capela do Glória em 1795 tinha a maior posse de terra naquela região no período escravagista. Entre os sesmeiros da região, um se destacou, foi o Conde Afonso Celso de Assis Figueiredo, foi deputado pela província mineira, ministro da Fazenda do Império em 1879, membro da Academia Brasileira de Letras e mais tarde Visconde de Ouro Preto. Em 1739 foi erguida a capela em taipa e madeira, em nome de Nossa Senhora da Glória, e em 1770 em alvenaria pelo construtor José Costa de Oliveira famoso por outras igrejas com a Matriz Campo Alegre dos Carijós(Conselheiro Lafaiete) e seu trabalho tem a mesma conformação das igrejas dos Profetas de Congonhas.. Em 30 de setembro de 1908 o distrito passa a se chamar Caranaíba integrado ao Município de Carandaí. Em 30 de dezembro de 1962, foi elevado a Município. Em 1 de março de 1963 deu-se a emancipação do Município.
Caranaíba encontra-se a 131 quilômetros de Belo Horizonte e seus municípios limítrofes são Capela Nova, Santana dos Montes, Cristiano Otoni e Carandaí e faz parte da microregião de Barbacena em relação a área da saúde. Para chegarmos lá de carro, seguiremos pela rodovia BR 040 no sentido Belo Horizonte- Rio de Janeiro e assim entre Conselheiro Lafaiete cidade onde nascemos e Carandaí tem um trevo à direita e uma rodovia intermunicipal asfaltada e rodando mais 8 km estaremos no centro deste Município. Podemos também ir de ônibus o qual parte de Conselheiro Lafaiete com um horário diário nos dois sentidos, Conselheiro Lafaiete - Caranaíba e vice versa.
Fernanda Peixoto - professora de Antropologia na UNESP/Araraquara, colaboradora do CEBRAP e doutoranda em Antropologia Social na Universidade de São Paulo, é autora de artigos sobre a relação entre pensadores estrangeiros e as ciências sociais brasileiras. Em sua pesquisa sobre Levi-Strauss no Brasil: a formação do etnólogo cita que “No artigo de Lévi-Strauss, de 1935, “Em Prol de um Instituto de Antropologia Física e Cultural”, e publicado na Revista do Arquivo Municipal, algumas breves observações que poderiam ser feitas ao final da leitura do projeto apresentado por Lévi-Strauss. Inicialmente, nota-se que pela primeira vez ele toca na questão racial, ponto que irá desenvolver no célebre Raça e História (1950), e que constitui um problema fundamental para o pensamento social brasileiro do período, objeto privilegiado das pesquisas científicas da época. O curioso é que o faça enfatizando o estudo dos caracteres físicos dos negros e dos mestiços: a mestiçagem ofereceria uma possibilidade única para o estudo das leis de hereditariedade do homem.”
Estas palavras reforçam o comportamento de mulheres da família Costa tais como Maria Cândida e Maria Francisca “tia Chica” que devido à rigidez e o excessivo cuidado do pai e da dificuldade gerada pelo preconceito em nosso País saíram de casa migraram para outro estado e das quais nunca mais se teve noticia apenas algumas poucas cartas endereçadas ao nosso pai Entretanto embora nosso pai Euzébio tenha ido a São Paulo procurando encontrá-las, partiu seguindo rastros deixados nos endereços das ultimas e longínquas cartas que delas recebeu, mas ao ir ate o endereço descobriu que ambas já tinham seguido rumo ignorado talvez no mesmo estado. Uma outra tia a Maria Barbara, ainda viva com seus 75 anos foi para o Rio de Janeiro e hoje temos contato pessoal com ela, seus filhos e netos. A Maria Emiliana, nossa tia solteirona, viveu em Belo Horizonte como babá por muitos anos e ao aproximar-se da velhice doou parte ou todo o dinheiro economizado para a Casa de Repouso Santa Luiza de Marilac, um asilo em Itabirito cuja diretoria é composta por vicentinos, uma entidade beneficente de assistência social, que tem como objetivo acolher idosos de ambos os sexos com idade igual ou superior a 60 anos, proporcionando melhor qualidade de vida” onde viveu como interna colaboradora ate o final dos seus dias
Ainda segundo o texto de Fernanda Peixoto, “a sociedade, como sabemos, teve vida curta, extinta junto com o Departamento de Cultura pela política do Estado Novo, em 1938. Enquanto durou, foi ela o principal vínculo de Lévi-Strauss com o meio intelectual paulista.”
Aqui temos um acontecimento vivido por um intelectual de renome que foi convidado para ser um mestre em nosso País e sua pequena oportunidade de relacionamento com a sociedade local. Vemos então que sociedade era algo estabelecido para pessoas escolhidas brancas e nobres onde não havia espaço para negros recém conversos em povo a peso de lei e obrigatoriedade nessa imensa nação. O contexto da vinda para o Brasil foi várias vezes descrito por Lévi-Strauss em depoimentos e trabalhos de cunho autobiográfico. As versões são concordantes e lidas em conjunto permitem uma visão detalhada do ocorrido. “Minha carreira se decidiu num domingo de outono de 1934, às 9 horas da manhã, através de um telefonema. Era Célestin Bouglé, então diretor da École Normale Supérieure; ele me tratava desde alguns anos com uma benevolência um pouco longínqua e reticente: em primeiro lugar, porque eu não tinha sido ‘normalista’, em seguida e sobretudo porque, mesmo que o tivesse sido, não pertenceria ao seu grupo, pelo qual ele manifestava sentimentos muito exclusivos; sem dúvida, não havia ninguém melhor, pois me perguntou abruptamente: — continua com a intenção de se especializar em etnografia? — Certamente! — Então apresente sua candidatura como professor de sociologia da Universidade de São Paulo. Os arrabaldes estão repletos de índios, o senhor poderá dedicar-lhes os seus fins de semana” (Lévi-Strauss 1957:43).
Entre os livros de Lévi-Strauss onde encontramos diversas orientações sobre o matrimonio e inclusive a responsabilidade que temos de manter nossos registros familiares. É exatamente nesse sentido a afirmação de Viveiros de Castro (1993:152):“A experiência de Lévi-Strauss entre os Nambikwara é decisiva para o desenvolvimento da primeira parte do livro [As Estruturas Elementares do Parentesco, SEP], que estabelece o princípio de reciprocidade e a ele remete o casamento bilateral. Os Nambikwara e os Tupi-Guarani já estavam na origem das primeiras reflexões do autor sobre o valor sociológico da afinidade e nas SEP- Les structures elémentaires de la parenté aparecem exemplificando a forma mínima de troca matrimonial, o “casamento avuncular” que é o casamento de sobrinha com seu tio materno.
É extramente importante para nós integrantes da Família Costa observar e compreender nossa inclusão no fato social pois, “na medida em que Durkheim pensava que o fato social deveria ser estudado como coisa externa aos indivíduos que teriam unicamente representações mentais enquanto membros de determinada sociedade,(Durkheim,) Mauss não compreendia a relação indivíduo sociedade como exterioridade, mas que a experiência individual de um membro seria efeito da vida em sociedade. Os estudos da estrutura fundariam uma nova maneira de ver o ser por que romperia com a antinomia subjetivo-objetivo uma vez que a estrutura está presente em nós como função simbólica e dirige nosso comportamento por aquilo que está ausente, vale dizer, o símbolo. A estrutura precede e excede a razão , por que a significação nada mais é do que a organização dos elementos segundo um princípio preexistente de regulação interno e inconsciente.” (Mauss, 1974)
Ficaria incompleto este trabalho se nele não fosse incluída a genealogia da Família Costa dados que fui registrando, sempre que tinha a oportunidade de encontrar um mais antigo entre os tios. Não há dúvida que a família teve seu inicio, lá naquela fazenda em Caranaíba cujos registros virão a seguir:
1- Primeira Geração
Mãe Escrava Serafina de Jesus (1860-Desc)
Pai Escravo Costa (1850-1900)
2 -Segunda geração
Filhos – Nascidos na Lei do Ventre Livre
2-1 Hilarino José da Costa(1880-1962)
2-2 Maria Emiliana da Costa (1884-1996)
2-3 Martinelo Costa (1887-1967)
Hilarino Jose da Costa casou algumas vezes, mas tenho o registro de Maria Barbara (1898- Desc) e Carlinda Costa (1885-1935)
3 Terceira geração filhos de Hilarino
Hilarino José da Costa(1880-1962) e Maria Barbara(1898-Data Desc.)
3-1 Armogenio Pereira(1914-1936)
Casou-se com Geralda Maria Luíza(1918-Desc) e tiveram filhos.
Quarta geração filhos Armogenio e Geralda
Neusa Pereira(1939-Desc)
Maria da Conceição Costa(1937-Desc) Mãe solteira vivia na prostituição em Belo Horizonte seu filho foi a principio registrado como Ludenmarcos Pereira. Ela pediu ao tio Euzébio que cuidasse do menino pois estava muito doente e à morte. O menino foi acolhido pelo tio avô e recebeu um novo registro onde ficou conhecido e criado como nosso irmão.
Mateus dos Santos Costa (1967-)
3-2 Feliciano Costa – Ao se registrar muitos anos mais tarde se auto denominou José Larindo.
José Larindo da Costa (1935-1998) casou-se com Maria Rosaria da Costa (1940-1995) e tiveram os seguinte filhos:
3-2-1 Maria das Dores da Costa (1968-2004) Mãe solteira que também veio viver em Belo Horizonte. Seu filho vive com as tias em Gage, Mg e se chama Anderson Francisco Costa Paula(1991-)
3-2-2 Laércio da Costa(1969-) casado com Adriana (1972-) e possuem os seguintes filhos:
Claudiane(2001-)
Claudemir(2009-)
3-2-3 José Santana da Costa (1970-1975)
3-2-4 Carlos Alberto da Costa (1972-1972)
3-2-5 Geralda Célia da Costa(1974-2012)
3-2-6 Claudia Cristina da Costa(1976-) Seu marido que não cheguei a conhecer morreu 6 meses apos.
3-2-7 Andréa Aparecida da Costa(1978-)
3-2-8 Valéria Graciana da Costa (1980-2008)
4- Euzébio da Costa(1915-1976) que se casou com Carmélia dos Espirito Santo(1920-1982) depois Carmélia dos Santos Costa numa primeira mistura de raças meu pai negro e minha mãe branca.
4-1 Eder Costa(1950-) que me casei com Iracema Alves da Silva(1954-2001) Esta minha 1ª esposa faleceu precocemente vítima de um câncer de utero mas já estávamos divorciados. Tivemos cinco filhos listados a seguir.
4-1-1- Verlaine Alves Costa(1973-) Teve dois companheiros, mas o primeiro foi assassinado à queima roupa com três tiros fatais no peito e cabeça. Era muito bom, tocava muito um cavaquinho excelente cantor e pagodeiro mas tinha amizades e relacionamentos que a família não tinha conhecimento e não se sabe porque morreu.
Verlaine Alves Costa(1973-) e Wandercy Rosa dos Santos(1975-2001) tiveram um filho que hoje 18 de fevereiro de 2019 esta casado ainda recente com e esta no quarto período de engenharia eletrônica na UNA de Contagem. Seu nome Wandercy Junio Alves dos Santos(1996-) e a esposa é a Tais sendo que o casamento foi no dia 6 de dezembro de 2018.
Nesta data dia 16 de setembro de 2022 acrescento neste registro a Colação de Grau do Wandercy realizada no dia 10/9/2022 graduando em Engenharia Civil. Estivemos presentes na solenidade realizada no Minas centro situado na Av Augusto de lima em Belo Horizonte. A mãe Verlaine veio de Curitiba junto com a Luiza que esta uma bela moça para companhar este momento solene do filho. O registro deste momento esta no Youtube NESTE LINK https://www.youtube.com/watch?v=bUWeWuxmrmI. Em comemoração a familia esteve reunida em um almoço onde foi servida uma deliciosa feijoada feita pela mãe da Thais muiiiito deliciosa e rigorosamente temperada.
Esta é a segunda filha Ana Luiza Alves Paranhos(2004-) filha da Verlaine com o Osvaldo Paranhos. Formada a algum tempo atras como COMISSARIA DE BORDO.
4-1-2- Alexandre Alves Costa gêmeo com Alessandra(1975-) é casado com a Elenice Martins de Jesus(20/05/1978-) e possuem uma filha que nasceu prematura e faz parte da Sexta geração minha bela neta Nicole Martins Costa(01/08/2010-).
4-1-3- Alessandra Alves Costa gêmea com Alexandre(1975-) Casou e esta separada do Rodrigo de Souza Oliveira(1974-). Tiveram uma bela filha à qual deram o nome de Jéssica Alves de Oliveira(1999-) que deu inicio à sétima geração gerando ainda adolescente ao Thiago Israel de Oliveira Machado (18 julho 2016) meu primeiro bisneto.
4-1-4- Vagner Alves Costa(1977-) Casou duas vezes:
1ª esposa Katia Estevão Rodrigues (sem filhos divorciados)
2ª esposa Patricia com a qual tem uma belíssima filha que recebeu o nome de Sara (30/06)
4-1-5- Vander Alves Costa(1978-) casou-se com Valeria de Jesus(1985-) mas também se separaram mas trouxeram a este mundo duas filhas que formam a Sexta geração e se chamam Samara Daniela Alves de Jesus (2003-) e Tamara Karolayne Alves de Jesus (2007-) Acrescimo editado em 22/09/2022. Vander cometeu um pecado grave num relacionamento carnal com uma menor se entregou a policia e encontra-se recolhido ao xadrez em Ribeirão das Neves em 30 de agosto de 2022.
Quando a Iracema morreu eu já estava casado com a Margarete Morais que conheci em Betim onde vim morar após conhecer o evangelho restaurado e me batizar em A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias e tornou-se minha 2ª esposa com quem estou selado até a eternidade em ordenança realizada no Templo de São Paulo. Após conhece-la minha vida tomou um novo rumo, fiz um concurso publico em Betim e sendo aprovado fui nomeado Guarda Patrimonial e servi por dez anos me aposentando recentemente. Neste intervalo ao realizar o ENEM para conquistar meu certificado de Ensino Médio que ainda não tinha no ano de 2010 acabei indo fazer aos sessenta anos uma faculdade em 2011. Hoje estou sociólogo tendo me formado em Ciências Sociais aos sessenta e quatro anos em 2014 na Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais campus Coração Eucarístico onde sentava ao lado do meu irmão Edson com cinquenta e quatro anos. Assim nos tornamos os primeiros universitários que se tem registro nas quatro gerações até ali dos escravos Serafina de Jesus e Escravo Costa. Hoje estou professor na rede pública concursado e efetivado em Betim na Escola Estadual Senador Teotonio Vilela no Bairro Jardim Teresopolis. São frutos de nosso casamento ( nós dois somos divorciados) dois filhos e uma enteada chamada Julie Aparecida Ferreira ( 10 fev 1985-)
4-1-6- Juliano Augusto Morais Costa(1992-) casou-se com Laura Larissa e brevemente receberemos uma neta que chegará em meados de abril do corrente ano (2019) e será reconhecida como Elena. Elena nasceu no dia 10/05/2019
4-1-7- Mariane Ester Morais Costa(1998-) que esta cursando Pedagogia na UNA Betim e em Março deste ano de 2020 casou-se com o Venâncio. Minha filha se graduou em Pedagogia no dia 20 de Março de 2022 numa belissima solenidade no Minascentro e pode ser vista no Youtube atraves do seguinte link: https://www.youtube.com/watch?v=0SVly87f5Mk. No momento 1:43:10 da filmagem ela aparece recebendo seu certificado. Boa parte da familia esteve presente e emocionados vivemos este momento tão especial em nossas vidas.
A Iracema teve um relacionamento que gerou nossa separação, com Alonso Buenos Aires do qual nasceram dois filhos Flavio Alves da Silva (19/09/1981-) e Antonio Carlos Alves da Silva (20/09/1982) que foi vitima de um pre eclampse que lhe deixou como consequência o lado direito esquecido e que herdou a pensão da mãe com a qual usamos parte do dinheiro e compramos outra casa no Granja Verde que por falta de pagamento foi tomada pela Caixa e assim digo porque já havíamos vendido a primeira casa no mesmo conjunto, que era a primeira casa da rua principal todos os seis filhos (o Vagner já tinha a casa dele) ficaram sem moradia.
4-2- Edson Costa(1956-) casado com Raquel Propheta que é filha de Isaías Profeta (1940-2002) e Geralda Magela Profeta (1930-2018) e neta materna de Adão Rodrigues da Costa (1905-1985) e Flautina Raquel de Jesus (1910-1980). São pastores evangélicos, moram em Santa Luzia-Mg e ele assim como eu é sociólogo formado em Ciências Sociais aos cinquenta e seis anos em 2014 na Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais campus Coração Eucarístico. e professor na rede pública. Não possuem filhos.
4-3- Mateus dos Santos Costa(1967-2021) já citado no relato da família do meu tio Armogenio, casou-se com Sueli (02/09) e possuem um filho reconhecido como Lucas Kaique dos Santos que esta iniciando neste 2019 sua faculdade também na PUC Minas Coreu. Acrescimo feito em 16 de setembro de 2022 - Mateus faleceu no dia 28 de maio de 2021 vitima de um cancer fatal no pancreas.
5- Maria Barbara da Costa(15/5/1936 -26/4/2018) Me ajudou muito relatando historias da família do meu pai. Muitos nomes aqui estão acrescentados graças a mente dela que ia me falando de irmãos de casamentos do vovô e eu tinha o maior orgulho de lhe pedir a benção todas as vezes que estava com ela. Passou a vida no Rio de Janeiro e casou duas vezes embora tenha falecido viuvá.
5-1 1º esposo: Ataíde (1933-1990) teve com ele seus três filhos.
5-1-1- Cláudio da Costa, que tem uma companheira chamada Jacira e três filhos Fabio e Fabiana. Teve um outro relacionamento com Maria do Socorro que gerou uma filha chamada Fabiele. INFELIZMENTE NO DIA 23 DE MARÇO DE 2020 ESTE MEU QUERIDO PRIMO FALECEU.
5-1-2- Claudia da Costa( 1/01/1964) mãe solteira com quatro filhos, muito conservada mora em Itambi no estado do Rio e possui cinco filhos.
5-1-2-1 Rita de Cássia Silva (1984-) com quatro filhos, Andreina Ágata (2002-), Vanessa Campos Veiga (2007-), Nikolas Andrew (2012-) e o Samuel(2017-) e agora a Angela (2020-) neta da Rita.
5-1-2-2 Ana Paula Silva (1990-) que tem dois filhos, Paulo Cesar(2007-) e Mairim Yasmim (2008-)
5-1-2-3 Luana Patricia da Silva (1992-) casada com o Moisés e tem dois filhos, Emily Bactista (2010-) e um bebe o Antony Cristhofi (2017-) alem da Eloá.
5-1-2-4 Mauricio Sevilha da Silva (1994-) casado com a Tatiana e tem um filho, o Vitor Miguel (2016-) e enteados, a Julia, Alisson e Gustavo.
5-1-2-5 Jéferson Mauricio Silva (1996-) casado com a Marcela Amorim tem como filha a Maria Kerolin e uma enteada a Kailane
5-1-3 - Ataíde da Costa Júnior pai solteiro, vive bem tranquilo é evangélico, trabalha com artesanato e faz armários embutidos´é separado da esposa e tem um filho Weverton Wedney dos Santos Filho (23 julho 2002) que me disse que gostaria de ser jogador de futebol. Destaca-se em 2022 com um fato inedito, quando faz orações em horarios determinados especificamente 18:00h, Meia noite, Meio dia e atraves de um grupo de oração envia a sua oração e tem transformado vidas.
5-2 2º esposo: Missias Silva(26 julho 1934-18 março 2018) baiano, pastor, muito sonhador pensava em coisa grande relacionado com a igreja morreu pouco tempo antes da Tia Barbara, que o conheceu ja na velhice. Ele estava na casa dos filhos em Belford Rocho no Rio, onde segundo relato a Tia passou um tempo tendo deixado sua casa fechada e lá não tinha uma vida de paz para sua velhice então a Claudia e o Claudio os filhos buscaram-na de volta. Foi então que ela tentou guardar um grande triciclo que ele montou para fazer publicidade e deu um jeito na coluna que a levou à morte. Ele construiu um comodo no terreno da tia onde estabeleceu a igreja que tinha pouquíssimos membros e no detalhe de registro cobrava o dizimo da pensão que ela recebia mas não pagava a ocupação do imóvel que ele usava isto sem falar da lojinha que ele tinha também em outro espaço no terreno onde ele comprava muita coisa visivelmente inútil e invendável que ficava ali em estoque, uma quantidade enorme de coisas ruins de vender principalmente ali naquele ponto onde não tinha transito de pessoas e ele sentava ali numa cadeira de encosto e cochilava a tarde toda.
6 - Maria Cândida da Costa(1937-) Fugiu de casa paradeiro desconhecido. É pensamento da família que devido ao tempo ela esteja falecida.
6- Maria Francisca da Costa(1938-) Tia Chica fugiu de casa paradeiro desconhecido. Segundo a Tia Barbara ela casou com um português e teve uma filha. É pensamento da família que devido ao tempo ela esteja falecida.
Assim esta feito o registro da Família Costa sempre com falta de alguns detalhes. Família grande que viveu na maior parte do tempo à medida que as gerações foram se sucedendo mais distantes e mais ausentes entre si.. A tia Barbara reside em Itambi no Rio de Janeiro, os nossos primos filhos do Tio Larindo moram em Gage mas proximidades de Conselheiro Lafaiete, e nossa família , referindo a mim e ao Edson, que nascemos em Conselheiro Lafaiete não encontramos por lá nenhum familiar, apenas conhecidos que tem memória de nosso pai e nossa família. Nosso pai foi cantor na Radio Carijós e musico na Sociedade Musical Santa Cecília da qual possuímos ainda um Diploma de Honra ao Mérito datado de 20 de novembro de 1955. Alem dessa realizações ele se destacou na cidade de Conselheiro Lafaiete como Alfaiate. Minhas lembranças vagam por uma época distante, mais exatamente em 1953 quando um menino pretinho muito esperto, muito arteiro e muito curioso, que ali sentado diante dos “vô” os velhos aposentados, na Livraria Mafuz situada na R. Horácio de Queiroz cujo numero não me lembro mas sei bem que nesta mesma rua três casas á frente era o numero 153 onde eu morava. Mas o que eu fazia ali? Lia as historinhas da Branca de Neve, do Soldadinho de Chumbo, de Joãozinho e Maria, o Pequeno Polegar, já que o “seu Mafuz” geralmente repetia as mesmas histórias que eu sempre lia, para o encanto de todos. Qual a minha idade na época? Três anos, e por esta razão também ficava algum tempo na casa do Dr. Eduardo, médico respeitado na pequena cidade, onde além de brincar lia as historinhas para o Eduardo Júnior filho do médico como um conforto e apoio ao menino adoentado que não podia sair de casa, o que levou o referido doutor a insistir no desejo de adotar o filho do Costinha Alfaiate, profissão através da qual meu pai Euzébio da Costa havia conseguido o respeito dos cidadãos da cidade e com muito trabalho, através do muito costurar sustentava sua família então formada com o meu pai, minha mãe Carmélia dos Santos Costa. Eles se casaram em 1944 e eu nasci no dia treze de outubro de 1950, no Hospital Nossa Senhora da Conceição na já citada pequena cidade de Conselheiro Lafaiete, uma das cidades mais antigas de Minas Gerais que começou com o nome de Arraial do Campo Alegre dos Carijós em alusão aos indígenas moradores já encontrados lá por volta de 1683. Consta que antes essas paragens já teriam sido visitadas pelo português D. Rodrigo, em 1680, e mesmo, anteriormente, pelas bandeiras de Pais Leme (1674) e Loureço Castanho (1675) que, penetrando no vasto sertão, desbravavam as terras abrindo picadas e caminhos, e nessa aventura achavam ouro, plantavam roças, criavam arraiais. De acordo com o arqueólogo Dr. José Vicente César, esses aborígenes já devem ter vindo catequizados, chegando a essa conclusão pelo fato de que “os carijós, desde o início, aceitaram o contato pacífico com os europeus, assimilando o cristianismo com muito entusiasmo e bons resultados de mútua integração cultural”, chegando a essas plagas antes dos desbravadores das Gerais. A vida decorria tranquila até que, na última década do Século XVII, começou a corrida em busca de riquezas nas minas auríferas da região. O arraial de Carijós era a passagem obrigatória para Itaverava, Guarapiranga, Mariana e Catas Altas cidades de Minas Gerais. Tornou-se pouso para os viajantes e entreposto de mercadorias. Atendendo ao pedido dos habitantes do arraial, a Rainha D. Maria I criou a Real Vila de Queluz, através de ato assinado pelo Visconde de Barbacena, na própria vila recém-criada. A Lei n.º 1276 elevou a Real Vila de Queluz à categoria de cidade e em 1872 foi criada a Comarca de Queluz. O nome Conselheiro Lafaiete passou a vigorar a partir de 27 de março de 1934, em homenagem a Conselheiro Lafayette Rodrigues Pereira, quando se comemoravam o centenário de seu nascimento. (Informações colhidas no site da Prefeitura Municipal de Conselheiro Lafaiete)
Foi ai neste ambiente que eu nasci, aprendi precocemente a ler e aos seis anos depois de passar a quarentena do nascimento do meu irmão Edson que nasceu em 8 de maio de 1956 no mesmo hospital que eu, e único que tinha na região, e quando meu pai já não exercia a profissão de alfaiate pois tornara-se Guarda-chaves ao passar em um concurso da Rede Ferroviária Federal S. A. Pela insistência do Dr. Eduardo em me adotar algo que girou em torno de três a quatro anos, pediu transferência ao tomar conhecimento que havia uma vaga para trabalhar no Barreiro, cidade satélite de Belo Horizonte na região metropolitana a oitenta quilômetros de Lafaiete. Para cá partimos e fomos morar um pouco distante do Barreiro, no Bairro Nova Cintra em uma casinha alugada de três cômodos e banheiro de fossa fora da casa, alem de uma cisterna de 20 metros mas com uma água pura e cristalina e claro marca em nossas vidas uma grande mudança na forma de viver num reinicio de vida bastante humilde acompanhado de um progresso onde contraditoriamente acontece um retrocesso total de padrão de vida pois para sair do aluguel mesmo ali naquele barracão humilde, meu pai comprou um lote mais próximo do seu trabalho. A Vila São Paulo era um pequeno bairro de classe baixa que tinha muito pouca comércio , não tinha linha de ônibus e os moradores tinham que deslocar ou até o Bairro das Industrias, ou até a Av. Amazonas na Cidade Industrial ou pegar os trens suburbanos tanto na linha de bitola larga que fazia Belo Horizonte-Barreiro e vice – versa ou o da bitola estreita que fazia Belo Horizonte –Betim e vice-versa embora não tivessem muitos horários, ainda eram de madeira mas existiam como transporte de massa. Alguns anos mais tarde foi colocado o trem elétrico com cabeamento aéreo ainda utilizado no Rio de Janeiro ate hoje. Tinha o armazém do seu Manuel português, pertinho da estação bem na beira da linha, uma pequena capela, uma beneficiadora de milho, uma industria de Maquinas Cinematográficas, um campo de futebol onde jogava um dos melhores times da região, o Praia Futebol Clube cujos adversários mais fortes eram o Cidade Industrial Futebol Clube, o Comercial do Barreiro e o Futebol Clube Dom Bosco, da vila do mesmo nome que tinha como referencial nunca perder em seu campo bem no meio de uma favela, com uma rua apenas para entrada e saída, onde os torcedores faziam medo na torcida e time adversários e claro não posso deixar de mencionar a presença de uns poucos ricos o seu Cesário cuja casa era na praça principal da vila, os Rodrigues onde eu tinha o privilegio de ter um amigo que me chamava de “prego” até hoje não imagino a razão do apelido que possuía todos os discos dos Beatles que a gente ouvia numa daquelas super radiolas antigas e a família do Mateus Costa – nenhuma ligação com a nossa família eles eram brancos - vereador do Município de Contagem. O restante dos maridos trabalhavam na ferrovia, na Magnesita, na Mannesmann, na Belgo Mineira ou na Fabrica de Cimento Itaú. Não ficava muito distante do Mercado Central na capital ou do supermercado Grillo onde meu pai fazia suas compras mensais de alguns alimentos específicos como óleo de soja a granel que só era encontrado na Feira dos Produtores ambos situados na região da Rodoviária, perto do trem na estação da Lagoinha hoje utilizada pelo metrô ou da Av. Olegário Maciel onde até hoje no mesmo lugar é o ponto da antiga linha de ônibus 152 – Bairro Flamengo ou o 100 – Barreiro e ambos passavam na Cidade Industrial. Ali meu pai comprou um lote de 360 meros na antiga Av.. Redenção hoje Marechal Castelo Branco numero 146. Um lote plano na principal avenida do bairro e lá nos fins de semana meu pai juntamente conosco ia fazendo tijolos de barro os famosos adobe e enquanto isso construiu um barracão de tábua com o famoso banheiro sempre do lado de fora com uma fossa de três metros , uma cisterna de oito metros, uma hortinha com couve, cebolinha, salsa, almeirão, alface, o lote cercado de arame com esteio de dormente que ele ganhava da Rede também era a lenha que a minha mãe usava no fogão e meu pai cortava no machado e claro um cercadinho de tela com umas galinhas que era o melhor que a gente comia em alguns fins de semana. Então fui estudar no Barreiro de Baixo, na Escola Municipal Professor Antônio Aleixo e tinha que caminhar dois quilômetros a pé num caminho que beirava a cerca da grande industria na região conhecida como Cia Siderúrgica Mannesmann que ainda existe nos dias atuais com outro nome. Mais tarde levantamos nossa humilde casinha de adobe de dois cômodos maiores feito por fora do de tábua, com chão batido e ali vivíamos e éramos muito felizes e como dizia meu pai era o nosso “LAR DOCE LAR”, e lembro-me que até tinha uma plaquinha pendurada na sala com esses dizeres, e mais tarde, uns cinco a seis anos ele construiu o barracão de tijolos com laje e banheiro dentro de casa , mas fez uma grande divida com um seu “amigo agiota” lembro-me que foram trezentos mil cruzeiros que o meu pai pagava 10% ao mês ate pagar o capital e com esse dinheiro fez o barracão e aproveitou para fazer o alicerce da casa dos seus sonhos, seis cômodos grandes, três quartos com corredor e banheiro, sala, copa, cozinha alpendre e contorno que não chegava a ser uma garagem, mas nunca chegou a ser erigida porque ele morreu antes. Enquanto isso eu cresci fui para o exercito depois para a marinha de Guerra do Brasil longe de casa no Rio de Janeiro, mas lá era muito bem remunerado e pude quitar a velha divida, na Semana da Independência do ano de 1970, quando ganhei minha primeira folga e autorização para vir em casa, mas sei que meu pai pagou por muitos e muitos meses senão anos aqueles trinta cruzeiros de juros. Nossa vida melhorou e muito depois do barracão novo, meu pai pode dar uma respirada, comprar radio, televisão, sofá cama, fogão a gás com click no botijão da Gásbras e abriu a oportunidade ao meu irmão Edson de não estudar em Escola Municipal e sim no Colégio das Irmãs Sacramentinas de Bérgamo na Vila São José, bairro vizinho a Vila São Paulo frequentada por brancos ricos e se profissionalizar estudando no SENAI na Cidade Industrial onde fez o curso de torneiro, entidade esta que também permanece no mesmo lugar ate os dias atuais.
A memória tem a fertilidade de ir nos transportando ao passado de forma compacta e prazerosamente vamos recortando as lembranças e condensando na escrita que é muito mais lenta que o pensar e certamente ainda teremos oportunidade de adicionar a este trabalho as famílias que são agregadas através dos casamentos e assim toda nossa árvore genealógica fará parte desse contexto histórico e etnográfico quando muitas outras historias surgirão contadas pelos muitos familiares vivos e que participaram e ainda participam das dificuldades do passado e adaptações na cidade grande ao desenvolvimentismo econômico e social. Justifico e me alegro quando repasso olhar no prefácio e na introdução do livro Parentesco e Casamento de Robin Fox quando ele diz:
“Quantos de entre nós serão capazes de resistir ao poder de sedução exercido por antepassados famosos e ilustres? Muitos de nós sentem o fascínio das “arvores genealógicas” e é um fato que há empresas a obterem bons lucros com a compilação de genealogias – particularmente para clientes americanos. Ainda que o melhor que consigamos reunir seja a prova de que descendemos de um qualquer ladrão de rebanhos enforcado no século XVII - e aqui acrescento e porque não um escravo comum que foi trazido para um País desconhecido, e que jamais imaginou ver que com o passar dos tempos formou uma grandiosa e bem ou não honrada família de negros e mestiços, e que não vislumbrava em seu tempo ver numa universidade um rebento de sua geração – não deixamos de sentir uma ponta de orgulho ao constatarmos que um nosso antepassado sempre foi alguém no seu tempo. Nas famílias nobres, a antiguidade da genealogia traduz o valor relativo do seu prestigio; (...)Uma vez que ninguém esperará obter qualquer vantagem prática de tais proclamações, de onde virá esse tão grande orgulho e fascínio pela ascendência e pela descendência? (...) Os estudos sobre o parentesco e o casamento tem vindo a desenvolver-se desde há cerca de cem anos. Os referenciais mais antigos são as obras Primitive Marriage de McLennam, publicada em 1865, Ancient Law de Maine(1861) e Sistems of Consanguinity and Affinity of the Human Family de Morgan, datada de 1871. Ao longo desses anos tem-se vindo a acumular uma vasta bibliografia que abrange, talvez, mais de metade do total da leitura antropológica. É quase impossível, no âmbito de um pequeno livro, condensar tudo isso em algo de imediatamente inteligível para um leigo. Qualquer dos capítulos que se vão seguir poderia ser ampliado até as dimensões de um livro ou mesmo de uma enciclopédia. O que tentei fazer por conseguinte, foi recuar ate certos “primeiros princípios” muito incipientes e acompanhar a sua lógica de maneira a dispor o material numa linha de argumentação ligada ao comportamento humano e à natureza humana.(...)Alguns dos meus argumentos poderão assemelhar-se mais a caricaturas do que a simplificações. Mas não foi possível evitá-lo”. (1986, p. 10 e 13)
REEDIÇÕES AOS RELATOS
Nesta data, e em outros momentos no futuro sendo hoje 05 de outubro de 2017 reabro este texto para fazer algumas atualizações, acrescentando netos e bisnetos e aproveito para colocar uma listagem com datas de nascimento de boa parte das gerações atuais da Família Costa. Em breve completarei 67 anos e é sempre bom quando a memoria da uma clareada. Posso acrescentar que sou no momento o único na família que esta cuidando desses dados. Bom informar também, que temos muitos cristãos na família. Eu e minha família somos membros de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias que tem como tradição cuidar de registros genealógicos e possui a maior biblioteca genealógica do mundo. Você leitor se deseja encontrar seus antepassados, procure um Centro de Historia da Família da Igreja ou entre no site www.familysearch.org e encontrará todos os seus familiares mediante uma pesquisa. Sei que este trabalho é de extrema importância em nossas vidas. Temos o dever de apresenta-los ao Senhor em algum momento de nossa vida na eternidade quando nos encontraremos em família como nos tempos do Velho Testamento. Sei disso e afirmo em nome de Jesus Cristo. Amem.
Agora a listagem com as datas:
ÉDER 13/10/1950
MARGARETE 15/12/1360
VERLAINE 16/08/1973
JUNIN 06/01/1996
ANA 07/11/2004
ALEXANDRE 13/07/1975
ELENICE 20/05/1978
NICOLE 01/08/2010
ESTER 26/07/2005
ALESSANDRA 13/07/1975
JÉSSICA 02/10
THIAGO 18/07
VAGNER 03/10/1977
PATRICIA 04/10
SARA 30/06
VANDER 04/10/1978
SAMARA 10/08/2003
TAMARA 07/10/2007
FLAVIO 19/09
CARLIN 20/09
JULIANO 08/10/1992
LAURA 04/01/1993
ELENA 10/05/2019
MARIANE 22/05/1998
DALVA 01/04/1950
DUDU 20/11/1973
HELEN 22/04/1979
INGRID 24/05/1995
ISABELA 28/08/1999
ERIKA 16/01/1980
BEATRIZ ABIGAIL 09/07/1996
ERICA PATRICIA
ALESSANDRA PANDOLF 1966
VITOR HUGO
VINICIUS
APARECIDA PANDOLF 1965
BLENA MARCELA
MATEUS FELIPE
ROSANA (NENZINHA) 1963
ROSEMEIRE (NENZ) 1961
HERQUINHO 15/10/1943
KENIA 25/03/1968
KELLY 08/08/1969
KIRIAM 12/06/1974
HENRIQUE
EDSON 08/05/1956
RAQUEL
MATEUS 05/08
SUELI 02/09
LUCAS 06/09
REGINALDO 26/06
ERLANIA 20/02
GUILHERME 26/04/1995
EDER BRUNO 14/09/1996
WENDER IGOR 05/08/1999
CRISTIAN DANIEL 11/06/1999
FRANCIELE 14/09/2000
PAULO HENRIQUE 17/08/2001
CLAEIBER 01/01
CAROLINE 25/05
ANA LUIZA 19/05
SAMUEL 19/07
MAXSILENE 10/02
JARED 14/10
JOAB 09/05
SAMARA 09/06
MAXSILAINE 10/02
TOIN 06/01
SCHIRLEY 05/04
CARLOS SOARES 22/05
WANTUIL 11/11
JAIME 25/08
TAMARA 07/02
JULIE 10/02
LAURINDO 12/02
SORAIA 15/03
KAREN 05/02
BETE 14/05
DAYANA YOLANDA 23/03
DOUGLAS 05/11
DARLON 29/07
EDSON (ADRIANA) 23/04
ADRIANA SOARES
ANTONIO CARLOS 27/08
MARISA 15/04
DANIEL 22/12
MÃE IRACI 07/07
SILVIA 21/11
SOLOMON 27/09
GERALDO (DILMA) 03/05/1953
DOUGLAS (DILMA) 20/10/1983
RUAN
RAIANA
DEIVISON(DILMA) 18/12/1984
ANGELICA (VILMA) 28/11/1981
INGRID 2000
VERONICA(VILMA) 09/01/1978
Estamos no ano 2019
hoje é 18 de fevereiro e dei mais uma corrigida e fiz alguns ajustes para melhor compreensão dos leitores. No ano de 2018 o Senhor em Sua infinita misericórdia me permitiu permanecer por mais algum tempo na mortalidade. Fui acometido de um CÂNCER NA PRÓSTATA e apos fazer os pre exames e com o apoio da família contando com o plano de saúde do IPSEMG fiz uma cirurgia no dia 19 de junho de 2018 e retirei o referido órgão. Tres dias depois já em casa de alta, após uma noite de insonia e incômodos retornei ao HOSPITAL LUXEMBURGO ONDE A EQUIPE DO DR ALEXANDRE REALIZOU A CIRURGIA E LA FOI CONSTATADO QUE EU ESTAVA VITIMA DE UMA EMBOLIA PULMONAR. fui reinternado e por mais quinze dias fiz um tratamento para retirar os coágulos de sangue do pulmão á base de uma droga chamada VARFARINA e assim me recuperei e retornei ao lar e só retornei ao trabalho com professor no dia 21 de setembro.
no dia 22 de dezembro fui realizar um reparo no telhado da casa e como estou com LABIRINTITE tive um mal súbito desmaiei e cai do telhado onde mais uma vez o Senhor me libertou e não tive nenhuma fratura e hoje ainda com dores na musculatura mas em atividade.
Estamos no ano 2020
hoje dia 26 de março estou fazendo alguns acréscimos em nossa história.
Estamos atravessando um período em que uma pandemia vem assolando o mundo inteiro e as pessoas de risco são os idosos com mais de sessenta anos, diabéticos, hipertensos e pessoas com problemas respiratórios. Neste momento em que faço este acréscimo neste texto faço o seguinte encarte retirado na internet com data de 25 de março de 2020: Subiu para 2.201 o número de casos confirmados de coronavírus (Covid-19) no Brasil, de acordo com as informações repassadas pelos estados ao Ministério da Saúde nesta segunda-feira (24). Até o momento, 46 mortes estão confirmadas, sendo 40 no estado de São Paulo e seis no Rio de Janeiro.
Registro do falecimento de Cassia Profeta irmã da Raquel esposa do Edson em 26 de junho de 2020 durante a pandemia do covid 19. Seu marido tambem falecido em 27 de setembro de 2013 vitimado por um aneurisma cerebral fulminante chama-se Vanilson Veridiano da silva Profeta
Registro de falecimento do Seu Clemente, sogro do falecido Mateus no dia 22 de janeiro de 1922. Ele era pai da Sueli e deixa viuva a esposa.
Acrescimo em 16/9/2022 No dia da colação de grau do Junio esqueci meu carro aberto o Kwid novo na Rua Augusto de Lima com São Paulo sendo que antes ja havia esquecido o celuar em cima do mesmo. Milagres acontecidos nos dias atuais.
Estamos em 2024.
Atraves desse artigo uma prima me conheceu. Ainda não vou colocar muitos dados aqui mas prima primeira, Eva Sandra (nome muito bonito) e ser escritor nos aproximou alem de sermos tambem professores em escolas publicas ela ja aposentada e eu caminhando para tal. Agora juntos iremos fazer correções na historia de nossa familia. Considero este um dia de intensa felicidade pois irei conhecer mais historias dos meus amados antepassados.
REFERENCIAS
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FOX, Robin, Parentesco e casamento, uma perspectiva antropológica, Veja, Lisboa, 1986
>http://www.dialetico.com/projeto_africa_3/projeto_africa_27.pdf<
>http://www.webartigos.com/artigos/consumismo-e-corpo-em-etica-um-dialogo-entre-corpo-e-sociedade-contemporanea/52717/#ixzz1xKGCTrTv<
>http://www.geneaminas.com.br/genealogia-mineira/famílias/3635-familia-Costa.asp<
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>http://pt.wikipedia.org/wiki/Carana%C3%ADba<
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MAUSS, Marcel. As técnicas corporais: a noção de pessoa. In: Sociologia e Antropologia. São Paulo: EDUSP, 1974.