VOCÊ QUE PENSA QUE É CHEFE E NÃO ENTENDE QUE, APENAS, ESTÁ CHEFE

É cada vez mais comum as pessoas confundirem o estado de "ser" com o de "estar", sob todos os aspéctos na vida em geral.

Senão vejamos: você "é" magro(a) ou gordo(a), ou "está" magro(a) ou gordo(a)?; você "é" solteiro(a), casado(a), divorciado(a), viúvo(a) ou "está" solteiro(a), casado(a), divorciado(a), viúvo(a)?; você "é" Presidente(a), Governador(a), Prefeito(a), Senador(a), Deputado(a), Vereador(a) ou "está" Presidente(a), Governador(a), Prefeito(a), Senador(a), Deputado(a), Vereador(a)? Você "é" vivo(a)/morto(a) ou "está" vivo(a)/morto(a)? Você "é" chefe ou "está" chefe?

Poderíamos ficar aqui, interminavelmente, dissecando as várias possibilidades do "ser" ou "estar".

O que acontece é que as pessoas não observam que nos casos de chefia, em qualquer esfera, tanto nas empresas privadas quanto nas empresas públicas, principalmente nestas, por, na maioria das vezes, serem cargos ocupados por indicação política e não por mérito pessoal, na verdade, você não "é" chefe, você, apenas e, momentaneamente, "está" chefe.

Consta no anedotário popular que "O Juíz pensa que é Deus e o Desembargador tem certeza que é". É claro que isto é uma brincadeira no meio forense, mas há situações, de fato, que isto acontece mesmo ao se analisar algumas dicisões/sentenças de alguns deles.

O que deve ficar claro, principalmente na mente daqueles que, por qualquer motivo, alçou um cargo de chefia, seja ele qual for, não pense que "é" chefe, mas que "está" chefe e que essa posição não é eterna, como nada na vida é eterno, sendo, simplesmente um estágio da sua vida profissional e que aquele seu subordinado de hoje poderá "estar" como seu chefe amanhã.

Portanto, você que "está" chefe, não faça do seu "cargo" uma "arma", porque a "vítima" pode ser você. Tenha "personalidade" e adquira o "respeito" dos seus subalternos, a partir do tratamento que você, no lugar deles, gostaria de ter de qualquer chefia, e não pela imposição do medo/terrorismo. Nada se consegue com esse agir. Lembre-se que é preciso ter, pelo menos, seis amigos para pegar nas alças do seu caixão.

Não se pode perder de vista que o "respeito", tanto no plano familiar quanto no plano profissional, deve ser sempre conquistado e nunca imposto como muitos "pseudo-chefes" fazem, quando "estão" chefes por pensarem que "são" chefes. A chefia é efêmera.

A "vida" não é uma empresa de ônibus, mas tudo nela é "passageiro"!