Autoritarismo, Competição e Arrogância. Fim do Relacionamento!

No livro O outro lado do poder, Claude Steiner, diz que certas pessoas estão tão habituadas a conseguir o que desejam controlando que só conseguem agir assim. Elas manipulam compulsiva, sistemática, deliberadamente. Transformam isso na razão da própria vida. Outras manipulam ocasionalmente, muitas vezes porque cresceram ou vivem em ambientes onde os jogos de poder são usados com freqüência e livremente. Há ainda quem rejeita o uso de jogos de poder conscientemente porque acredita que na vida é melhor cooperar do que competir. Os relacionamentos se ajustam quando cada um procura preencher as necessidades do outro. Não é fácil. Exige luta e esforço. Requer também que cada um se conheça para achar novos caminhos. Conhecer-se significa entender a própria "loucura". Pois é, conviver não é fácil. A convivência envolve hábitos, costumes, gostos e rotinas diferentes. Quando entramos em um relacionamento já sabemos disso tudo, até porque se a pessoa não vê os exemplos de seus pais ou irmãos mais velhos é porque não quis, afinal, o relacionamento dos pais podem até ser sido perfeito e servir de parâmetro, mas duvido que os outros que aconteceram ao seu lado tenham sido tão perfeitos ao ponto de a pessoa achar que tudo o que vai acontecer terá um eterno Happy End. Pior ainda são as pessoas que já tiveram um relacionamento anterior, seja namoro, casamento ou qualquer outra coisa. Não é possível que estas pessoas não aprenderam a conviver com as dificuldades que o futuro relacionamento trará. Claro que ninguém entra em um relacionamento já pensando em se separar num futuro próximo, nada disso, sempre pensamos em algo como a eternidade, coisa muito difícil de acontecer hoje em dia. Antigamente poderia até ser porque a mulher sempre era submissa ao homem e somente a dona do lar.

Não sou nenhum psicólogo ou alguém estudioso do assunto, e nem precisa ser para ver que hoje as coisas mudaram. A grande maioria das mulheres são hoje os arrimos da família. Quando não são, pelo menos estão em igualdade com os homens, ou seja, tem no mínimo 50% da sociedade. É ai que entra o perigo do fim de muitos relacionamentos, pois começa uma disputa para ver que vai gerenciar esta sociedade e, para se conseguir isto, vem a mais acirrada “Competição”, que nada mais é que a inveja. Junto vem o “Autoritarismo”, que nada mais é que intolerância, e a pior de toda a ”Arrogância”, que segundo os dicionários é: “qualidade ou caráter de quem, por suposta superioridade moral, social, intelectual ou de comportamento, assume atitude prepotente ou de desprezo com relação aos outros; orgulho ostensivo, altivez.” A Mestre em Psicologia Clínica, Silvana Barbosa, explica que baseados na necessidade de proteção material, buscamos loucamente a posse e a conduta arrogante, o que faz com que tenhamos uma atitude de egoísmo. A arrogância como qualquer outro comportamento, tem um lado bom e um lado ruim. A arrogância surgiu da ânsia de crescer e progredir e serve para dar coragem, ousadia, para encarar os desafios. Assim surgem os líderes, o idealismo e as grandes realizações, mas, o excesso causa um desequilíbrio e se torna patológico. Podemos comparar o egoísmo como sendo o vírus e a arrogância a doença, com seus efeitos nocivos e destruidores. O egoísmo é um sentimento e a arrogância é a atitude gerada por esse sentimento que faz com que a pessoa olhe exclusivamente para si mesmo. Uma compulsiva necessidade de ser o primeiro, o melhor, manifestado através de pensamentos, emoções, sensações que determinam sua conduta. A arrogância faz-nos perder o “senso de realidade”.

Acreditamos mais naquilo que pensamos sobre o mundo e as pessoas do que naquilo que realmente são, quando sou rígido, eu controlo, na competição, eu sou maior, com imprudência, sinalizo que quero e na prepotência, demonstro que posso. Este trio aí não tem nada haver com o “Trio Ternura”, este é o trio que fatalmente contribuirá para o fim do relacionamento tão planejado. Quando falo em relacionamento, inclua-se aí, casamento, namoro, ou qualquer outra coisa que faça com que as pessoas fiquem juntas para sempre, ou por algum tempo. Para que a coisa não entre direto numa ribanceira é preciso maturidade. Segundo a psiquiatra Vera Lemgruber, "a adaptação geralmente tem que ocorrer logo no início do casamento”. A pessoa madura é capaz de se reinventar, dar um novo significado ao seu passado. Mesmo assim, no cotidiano, ela quer cada vez mais conforto, ela precisa de certas coisas. Quem está entrando em um novo relacionamento agora vai sentir grande dificuldade de adaptar-se a uma nova rotina. Mudar de hábitos é complicado. Contudo, é possível, sim, encontrar um ponto de equilíbrio e lidar bem com as dificuldades da convivência. Respeitar a individualidade de cada um nesta complicada sociedade que é o relacionamento é fundamental. Não se pode olhar para o outro somente como um figurino ou um coadjuvante. Quando você não gostar que o outro tenha alguns hábitos, tenha em mente que a recíproca é verdadeira e, é aí que tem que entrar a compreensão. É preciso haver adaptação aos hábitos do outro. Para evitar brigas, e até separações, é preciso que haja muita conversa e entendimento porque, afinal, ninguém é igual. Quem já está em um relacionamento antigo é preciso tomar muito cuidado com palpites alheios que talvez te leve a tomar certas atitudes que causará o “fim do seu relacionamento”. O resultado, é como diz um palestrante que assisti hoje, Prof. Agata: “Pode ser sorte ou Azar”. Até a próxima.

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