Você condenaria Elize Matsunaga?
Eu, não. Aliás, nem presa deveria estar. Ela não causa nenhum risco à sociedade. Possui domicílio conhecido e uma filha de tenra idade necessitada de sua assistência. Depois, a vida pregressa da vítima é atenuante que se deve levar em consideração.
Nesses casos, o difícil é se colocar no lugar do outro. No dela, especificamente. Já imaginou, por um segundo, as inúmeras humilhações que ela sofreu por ter exercida a profissão mais antiga da humanidade? Ela agiu sob emoção. Se tivesse usada a razão, faria o que fez aquele goleiro do Flamengo. Já está prestar a ser solto, quando muito, ficará sob prisão domiciliar.
Não importa o que diz o Código Penal. Se fosse só aplicá-lo seria melhor deixar a cargo de quem possui conhecimento técnico, como um juiz, por exemplo. Mas, não. O legislador quis, nesses casos, que o acusado fosse julgado por leigos, por seus iguais. Quem os orientará é o coração. Na circunstância semelhante, com a mesma história da ré, não faria o que ela fez? Essa é a questão a fazer e buscar a resposta bem lá no íntimo, sem ninguém a influenciá-lo e com coragem para tomar uma decisão.