Sexualidade, material ou sentimental?
A juventude atual prega o desapego, o uso, o reaproveitamente pessoal e o vazio. Fato, só torna-se possível a felicidade, quando esta estiver em comunhão entre duas ou mais pessoas. Ou seja, a solidão feliz é hipócrita, porém, quando compartilhada é real.
O mundo cansou de ser feito objeto, agora está se fazendo objeto, o que é ainda mais deprimente. As pessoas brincam umas com as outras, e a explicação posterior é para mim nojenta: " Que mal há nisso? Estou apenas vivendo! ". Que vida é essa que nos faz obrigatoriamente infelizes e vazios? Que nos torna escravos de uma "felicidade" quantitativa?
Uma coisa é certa, quanto maior o número, maior a necessidade, maior o buraco dentro de si. Na vida, tudo o que falamos ou fazemos deve ser peneirado antes de ser posto em prática. Primeiro, devemos analizar se aquilo é BOM para ambos. Depois se é VERDADEIRO, e o mais importante, será que é realmente NECESSÁRIO?
A sociedade tornou o sexo fútil e casual, a conquista não existe mais. Tudo é muito fácil, muito à mão. O interesse é onipresente. Uma pessoa não pode aproximar-se de outra sem que haja um motivo maior do que um simples diálogo. Estamos nos tornando viciados, e isto limita o nosso pensamento, aprisiona. Temos que pregar sim, o desapego aos números, a essa soma macabra, que não adiciona nada, pelo contrário, só diminui.