Valhacouto de Bandidos

Até cansa! Não há dia que não estoure escândalos no seio da Saúde e Educação nesta terra sem lei. Em Belém, foi desmontada pela polícia federal, por meio de uma denúncia anônima, uma quadrilha que estava prestes a cometer uma das maiores fraudes na Sesma, da Secretaria de Saúde Municipal. Essa fraude envolvia licitações marcadas, que daria(ou deu) à quadrilha mais de dez milhões de reais. Imaginem o absurdo: quem redigiu o edital foi um dos empresários envolvidos na falcatrua com a participação de diretor geral da Sema e do próprio Secretário de Saúde.

Ora, os órgãos do sistema de saúde, em Belém, têm a mesma cara de outros que vicejam em todo país. As pessoas que precisam de atendimento médico, quando não morrem na porta dos postos de saúde morrem no interior dessas possilgas por falta de médiocos, medicamentos e instrumentos cirúrgicos. Nunca há dinheiro para comprar essas coisas mas sobra para nutrir essa corja imunda que se alimenta da desgraça desse povão ignorante. Em outros países são crimes considerados hediondos com pena capital ou prisão perpétua como castigo.

Mas aqui nesta terra não faltam rábulas e intelectuais de águas-furtadas que advogam a progressão penal para essa escória da raça humana com o beneplácito dos tribunais superiores nos quais muitos deles se abrigam. Esses bandidos que roubam descaradamente o dinheiro da Saúde incorrem nos piores crimes do código penal, pois um bandido de rua assalta ou mata uma pessoa de cada vez, mas eles vitimam centenas ou milhares de pessoas ao mesmo tempo. São idosos e crianças que são presas às tenazes desses monstros piores que a Peste Negra que assolou o mundo por várias vezes; nem o diabo os quer no Inferno.

Enquanto isso, outros políticos e empresários assaltam outros cofres da nação com o olhar beneplácito de uma Constituição efeminada que mais parece uma baleia, grávida de centenas de artigos e parágrafos. Bem dizia Caio Cornélio Tácito, historiador romano do primeiro século D.C.: “Quanto mais leis tem um país, mais corrupto ele é.”