As 12 badaladas
As 12 normas
Pelo comportamento de 95% de nossos políticos nos últimos 100 anos, podemos concluir que eles seguem uma cartilha (diz a lenda que a 1ª edição foi elaborada na época da proclamação da república e está guardada numa catacumba no Maranhão) contendo orientações no padrão abaixo. O teor foi por mim deduzido pelos fatos repetitivos ao longo das décadas que a maior parte da população alienada não percebe por estar com a atenção concentrada nos paredões do Big Besta Brasil.
Cartilha para o político que deseja “se dar bem”.
1 –Criar dossiê minucioso sobre falcatruas de adversários políticos bem como de integrantes da própria legenda que a qualquer momento trocam de partido. Ter em mente que eles também possuem provas contra você. Quanto mais populoso e detalhado for o seu arquivo, maior será sua “comissão” na partilha dos valores subtraídos dos cofres públicos.
2 – Fazer curso de artes teatrais para provocar lágrimas dos ouvintes durante suas falsas promessas emitidas ao longo de sua “carreira” (criminosa).
3 – Criar equipe de “aspones” especialistas em provocar problemas para a sociedade e assim, ter um grande leque de falsas soluções paliativas a prometer em todas as campanhas.
4 – Oferecer mesada a parentes de 2º grau para servirem de “laranjas” e abrigá-lo num futuro qualquer caso seu partido decida que você será o “boi de piranha” da vez para acalmar o clamor (?) público contra um escândalo que sua equipe deixou brechas difíceis de tapar.
5 – Efetuar contato com os principais grupos de empresários dispostos a não pagar impostos em função de “esquemas” lucrativos bem camuflados nas “licitações transparentes”.
6 – Manter rede de remuneração constantemente ativa com policiais, advogados e juízes corruptos para o caso de ser apanhado com a propina na cueca.
7 – Manter mesada para meia dúzia de jornalistas com “credibilidade” e sem ética para que regularmente eles editem matérias “exaltando” sua atuação pública.
8 – Não elaborar nem rascunho de propostas de projetos de interesse social que possam desagradar aos patrocinadores da última campanha e deixando de contar com eles na próxima.
9 – Quando alguma tragédia (evitável) ocorrer na cidade, comparecer ao local (de helicóptero?) com fisionomia “consternada” colocando a culpa na “natureza” e prometendo ajuda “total” (uns 15 %) da máquina pública aos atingidos.
10 – Efetuar doações esporádicas às entidades religiosas do seu bairro para que o líder espiritual da mesma alardeie sua “generosidade”.
11 – Quando estiver para mudar de cargo dentro da estrutura corrompida onde transita com alegria, preparar um sucessor (já comprometido) para que o mesmo não efetue nenhuma auditagem inoportuna na área que você está deixando no momento.
12 – Deixar seu e-mail com a seguinte resposta automática:
Prezado(a) eleitor(a)! Sua reclamação/sugestão foi recebida com prazer (quase sexual) e será incorporada na “pauta de exame” (*) com a máxima urgência.
(*) = nome carinhoso dado à lixeira.
Haroldo P. Barboza – Vila Isabel / RJ
Autor dos livros: Brinque e cresça feliz / Sinuca de bico na cuca