Causas culturais da violência brasileira
As últimas décadas são um retrocesso quanto aos valores humanos, na economia, relações pessoais e cultura. O direitismo mundial desagrega moralmente e obtém a alienação política, o conformismo, dominação de classe e amplia o policialismo. Quadro funesto mantido pelos aparelhos ideológicos, principalmente o midiático. As sociedades latinas padecem o efeito do autoritarismo cultural e político experimentado por décadas, o medo e a indiferença transmitidos nas gerações ou o horror a princípios morais que relembrariam o fascismo no país. Resulta disso um irracionalismo no trato com a significância do outro, na adesão simplória ao homicídio e formas de destruição da vida. Do autoritarismo caímos no pior secularismo, graças ao aos escudos e dogmas do tradicionalismo político, que longe de reconhecer seus limites e responsabilidades no tenebroso quadro moral de época, brandem as bandeiras da pena de morte e da prisão perpétua, atitude que só tomam porque lhes importa livrar-se das conseqüências sem admitir as verdadeiras causas da violência. Enaltecemos distorcidos conceitos de liberdade, perigosas noções de ser, relacionamentos, possessividade, egolatria, coisificação da pessoa, num modo de produção anti-homem que carecem de reavaliação e substituição. Carecemos estudos mais aprofundados e aproveitamento destes em políticas públicas da sociedade, oportunizados pela Psicologia. É imprescindível uma contra-cultura. A prisão é incapaz de reeducar e punir. A criminalidade fora dela é bendito.
(Publicado no Jornal da Manhã (PG) - Conselho da Comunidade)
As últimas décadas são um retrocesso quanto aos valores humanos, na economia, relações pessoais e cultura. O direitismo mundial desagrega moralmente e obtém a alienação política, o conformismo, dominação de classe e amplia o policialismo. Quadro funesto mantido pelos aparelhos ideológicos, principalmente o midiático. As sociedades latinas padecem o efeito do autoritarismo cultural e político experimentado por décadas, o medo e a indiferença transmitidos nas gerações ou o horror a princípios morais que relembrariam o fascismo no país. Resulta disso um irracionalismo no trato com a significância do outro, na adesão simplória ao homicídio e formas de destruição da vida. Do autoritarismo caímos no pior secularismo, graças ao aos escudos e dogmas do tradicionalismo político, que longe de reconhecer seus limites e responsabilidades no tenebroso quadro moral de época, brandem as bandeiras da pena de morte e da prisão perpétua, atitude que só tomam porque lhes importa livrar-se das conseqüências sem admitir as verdadeiras causas da violência. Enaltecemos distorcidos conceitos de liberdade, perigosas noções de ser, relacionamentos, possessividade, egolatria, coisificação da pessoa, num modo de produção anti-homem que carecem de reavaliação e substituição. Carecemos estudos mais aprofundados e aproveitamento destes em políticas públicas da sociedade, oportunizados pela Psicologia. É imprescindível uma contra-cultura. A prisão é incapaz de reeducar e punir. A criminalidade fora dela é bendito.
(Publicado no Jornal da Manhã (PG) - Conselho da Comunidade)