História
História
Apresentação
Mas, o que é história? Essa é a indagação que não quer se calar. Muitas pessoas pensam que História é somente o estudo do passado. Tem gente que afirma que ela serve para entender melhor o presente. Eu acredito piamente que a HISTÓRIA é a soma desses conhecimentos e muito mais.
O passado nos serve de estudo para sabermos sobre o nascimento do homem e a sua ação no planeta. O presente nos serve para podermos estudar o passado, seja ele distante ou bem próximo, e aprendermos, aprimorarmos e melhorarmos a nossa qualidade de vida.
O homem dominou o fogo, inventou a agricultura, a escrita. Deixou de ser nômade e passou a sedentário. Formou tribos e criou normas; transformou vilas em cidades e, em cidade-estado... Depois em civilizações e países.
Inventou a roda e descobriu o aço; a escrita cuneiforme ao computador; da vida em caverna aos grandes edifícios; da vela à lâmpada incandescente; dos transplantes de órgãos à clonagem; do telefone ao celular; da mecanografia à internet; da Terra à lua e à Marte, etc. Os avanços tecnológicos são inúmeros neste terceiro milênio.
A história nos auxilia a conhecer as sociedades que formaram o mundo, seus atos e fatos, seus conflitos e descobertas, suas derrotas e conquistas. E, diante disto, nos permite olhar a história da humanidade com um senso mais crítico, para que possamos tomar consciência de nossa atuação no mundo presente, e construirmos uma sociedade mais justa, fraterna e um mundo melhor.
Prof. Osmar Fernandes
Conceito de História
O PAI DA HISTÓRIA Heródoto (484 A.C. – 425 A.C.)
História é uma ciência humana que estuda o desenvolvimento do homem no tempo e no espaço. A História analisa os processos históricos, personagens e fatos para poder compreender um determinado período histórico, cultura ou civilização. Esse estudo procura analisar as transformações que acontecem ao longo do tempo nas sociedades.
As mudanças que acontecem ao longo do tempo é a essência da história. Ao olharmos para trás veremos que nada permanece igual. Por isso, resgatar a história é respeitar o passado, e dessa forma, iremos entender melhor o seu contexto, e compreenderemos melhor nosso presente.
Objetivos
Um dos principais objetivos da História é resgatar os aspectos culturais de um determinado povo ou região para o entendimento do processo de desenvolvimento. Entender o passado também é importante para a compreensão do presente.
Além disso, o estudo da história nos enriquece a visão de mundo. Poderemos compreender a forma em que outras sociedades viveram e como elas se comportaram diante de seus problemas e soluções, e quais meios conquistaram realizações e feitos que passaram a contribuir para gerações futuras.
Todos nós somos sujeitos da história
Todos nós somos sujeitos históricos por meios de nossas ações; participamos destes processos conscientes ou não. Diuturnamente interferimos nos rumos da história.
A história não é feita por “grandes personagens”, como reis, generais e políticos. Todos nós somos importantes agentes transformadores da história.
Além dos sujeitos históricos individuais, existem os agentes coletivos, como os movimentos sociais, que são fundamentais nas nossas ações de transformação política e econômica. Citamos as Associações de Moradores, Sindicatos de Trabalhadores e de Profissionais Liberais e as Organizações Não Governamentais (ONGS), que atuam diretamente na transformação da realidade.
Tempo e História
O tempo é um referencial fundamental para o trabalho do historiador.
O tempo: Temos o tempo da natureza que nos envelhece e é implacável com o ser humano. Mas, temos o tempo cronológico: que é dividido em unidade de medidas criada pelo homem, como segundos, minutos, horas, dias, meses, anos, etc. Esse tempo criado pelo homem pode ter diferentes formas de analisá-lo.
O modo de medir e dividir o tempo varia de acordo com a crença, a cultura e os costumes de cada povo. Os cristãos, por exemplo, datam a história da humanidade a partir do nascimento de Jesus Cristo. Esse tipo de calendário é utilizado por quase todos os povos do mundo, incluindo o Brasil. O ponto de partida de cada povo ao escrever ou contar a sua história é o acontecimento que é considerado o mais importante.
O ano de 2008, em nosso calendário, por exemplo, representa a soma dos anos que se passou desde o nascimento de Jesus e não todo o tempo que transcorreu desde que o ser humano apareceu na Terra, há cerca de quatro milhões de anos.
Como podemos perceber, o nascimento de Jesus Cristo é o principal marco em nossa forma de registrar o tempo. Todos os anos e séculos antes do nascimento de Jesus são escritos com as letras a.C. e, dessa maneira, então 127 a.C., por exemplo, é igual a 127 anos antes do nascimento de Cristo.
Os anos e séculos que vieram após o nascimento de Jesus Cristo não são escritos com as letras d.C., bastando apenas escrever, por exemplo, no ano 127.
O uso do calendário facilita a vida das pessoas. Muitas vezes, contar um determinado acontecimento exige o uso de medidas de tempo tais como século, ano, mês, dia e até mesmo a hora em que o fato ocorreu. Algumas medidas de tempo muito utilizadas são:
milênio: período de 1.000 anos;
século: período de 100 anos;
década: período de 10 anos;
qüinqüênio: período de 5 anos;´
triênio: período de 3 anos;
biênio: período de 2 anos (por isso, falamos em bienal).
Para identificar um século a partir de uma data qualquer, podemos utilizar operações matemáticas simples. Observe.
Se o ano terminar em dois zeros, o século corresponderá ao (s) primeiro (s) algarismo (s) à esquerda desses zeros. Veja os exemplos:
ano 800: século VIII
ano 1700: século XVII
ano 2000: século XX
Se o ano não terminar em dois zeros, desconsidere a unidade e a dezena, se houver, e adicione 1 ao restante do número, Veja:
ano 5: 0+1= 1 século I
ano 80: 0+1= 1 século I
ano 324 3+1=4 século IV
ano 1830 18+1=19 século XIX
ano 1998 19+1=20 século XX
ano 2001 20+1=21 século XXI
O tempo histórico
Para facilitar o entendimento das transformações e permanências sociais, o historiador francês Fernand Braudel (1902 – 1985) propôs três diferentes durações do tempo histórico: a longa duração, a média duração e a curta duração.
Na longa duração, ou tempo das estruturas, as mudanças ocorrem de forma lenta, demorando séculos para se realizar. Já na média duração, ou tempos das conjunturas, as mudanças ocorrem em 10, 20 ou 50 anos e geralmente podem ser percebidas ao longo da vida de uma pessoa. Há, ainda, a curta duração, que é o tempo dos acontecimentos breves, que ocorrem em curto espaço de tempo, como meses ou dias.
O tempo histórico é, assim, feito de mudanças, mas também de permanências de fatos históricos cujo ritmo de transformação é mais lento.
Podemos ainda analisar os seguintes fatos
Por Rainer Sousa
Graduado em História
Equipe Brasil Escola
O tempo é uma questão fundamental para a nossa existência. Inicialmente, os primeiros homens a habitarem a terra determinaram a contagem desse item por meio da constante observação dos fenômenos naturais. Dessa forma, as primeiras referências de contagem do tempo estipulavam que o dia e a noite, as fases da lua, a posição de outros astros, a variação das marés ou o crescimento das colheitas pudessem metrificar “o quanto de tempo” se passou. Na verdade, os critérios para essa operação são diversos.
Não sendo apenas baseada em uma percepção da realidade material, a forma com a qual o homem conta o tempo também pode ser visivelmente influenciada pela maneira com que a vida é compreendida. Em algumas civilizações, a ideia de que houve um início em que o mundo e o tempo se conceberam juntamente vem seguida pela terrível expectativa de que, algum dia, esses dois itens alcancem seu fim. Já outros povos entendem que o início e o fim dos tempos se repetem através de uma compreensão cíclica da existência.
O tempo empregado pelos historiadores é o chamado “tempo histórico”, que possui uma importante diferença do tempo cronológico. Enquanto os calendários trabalham com constantes e medidas exatas e proporcionais de tempo, a organização feita pela ciência histórica leva em consideração os eventos de curta e longa duração. Dessa forma, o historiador se utiliza das formas de se organizar a sociedade para dizer que um determinado tempo se diferencia do outro.
Seguindo essa lógica de pensamento, o tempo histórico pode considerar que a Idade Média dure praticamente um milênio, enquanto a Idade Moderna se estenda por apenas quatro séculos. O referencial empregado pelo historiador trabalha com as modificações que as sociedades promovem na sua organização, no desenvolvimento das relações políticas, no comportamento das práticas econômicas e em outras ações e gestos que marcam a história de um povo.
Além disso, o historiador pode ainda admitir que a passagem de certo período histórico para outro ainda seja marcado por permanências que apontam certos hábitos do passado, no presente de uma sociedade. Com isso, podemos ver que a História não admite uma compreensão rígida do tempo, onde a Idade Moderna, por exemplo, seja radicalmente diferente da Idade Média. Nessa ciência, as mudanças nunca conseguem varrer definitivamente as marcas oferecidas pelo passado.
Mesmo parecendo que tempo histórico e tempo cronológico sejam cercados por várias diferenças, o historiador utiliza a cronologia do tempo para organizar as narrativas que constrói. Ao mesmo tempo, se o tempo cronológico pode ser organizado por referenciais variados, o tempo histórico também pode variar de acordo com a sociedade e os critérios que sejam relevantes para o estudioso do passado. Sendo assim, ambos têm grande importância para que o homem organize sua existência.
Fontes Históricas
O estudo da História foi dividido em dois períodos: a Pré-História (antes do surgimento da escrita) e a História (após o surgimento da escrita, por volta de 4.000 a.C).
Para analisar a Pré-História, os historiadores e arqueólogos analisam fontes materiais (ossos, ferramentas, vasos de cerâmica, objetos de pedra e fósseis) e artísticos (arte rupestre, esculturas, adornos).
Já o estudo da História
Conta com um conjunto maior de fontes para serem analisadas pelo historiador. Estas podem ser: livros, roupas, imagens, objetos materiais, registros orais, documentos, moedas, jornais, gravações, etc.
Sempre nos perguntamos como um historiador pode saber de coisas que aconteceram em um passado muito, muito distante. Para saber do passado, o historiador conta com a ajuda das fontes históricas. Fontes históricas são os documentos que permitem ao historiador recontar e interpretar os fatos passados e reconstruir a história.
As fontes históricas podem ser vestígios arqueológicos, como ossos dos animais e dos homens que viveram no período da pré-história. Esses são exemplos de fontes materiais escritas. Documentos escritos em tempos passados, mapas, cartas, diários, pergaminhos e jornais antigos também são fontes materiais escritas.
As fontes materiais não escritas são objetos antigos, pinturas, utensílios, ferramentas, armas, esculturas. O historiador também pode utilizar como objeto de pesquisa as fontes não materiais baseadas nas lendas e contos antigos passados de pai para filho, através de depoimentos transmitidos através da oralidade, ou seja, da fala.
É por meio das relações entre as várias fontes históricas que o conhecimento humano sobre o passado vai sendo interpretado e reconstruído. Assim, devemos lembrar que uma mesma fonte histórica pode ter diversas interpretações. Tudo depende da forma como cada historiador trabalha sua fonte.
Infelizmente muitas fontes históricas se perderam com o passar do tempo, mas com a ajuda de arquivos públicos e particulares, bibliotecas, museus e colecionadores, outras fontes históricas têm sido preservadas e guardadas.
PorLilian Aguiar
Graduada em História
Equipe Escola Kids
Ciências auxiliares da História
A História conta com ciências que auxiliam seu estudo. Entre estas ciências auxiliares, podemos citar: Antropologia (estuda o fator humano e suas relações), Paleontologia (estudo dos fósseis), Heráldica (estudo de brasões e emblemas), Numismática (estudo das moedas e medalhas), Psicologia(estudo do comportamento humano), Arqueologia (estudo da cultura material de povos antigos), Paleografia (estudo das escritas antigas) entre outras.
Periodização da História
Para facilitar o estudo da História ela foi dividida em períodos:
- Pré-História: antes do surgimento da escrita, ou seja, até 4.000 a.C.
- Idade Antiga (Antiguidade): de 4.000 a.C até 476 (invasão do Império Romano).
- Idade Média (História Medieval): de 476 a 1453 (conquista de Constantinopla pelos turcos otomanos).
- Idade Moderna: de 1453 a 1789 (Revolução Francesa).
Idade Contemporânea: de 1789 até os dias de hoje.
Outras informações:
- O grego Heródoto, que viveu no século V a.C é considerado o “pai da História” e primeiro historiador, pois foi o pioneiro na investigação do passado para obter o conhecido histórico.
Antes de Heródoto, tinham existido crônicas e épicos, e também estes haviam preservado o conhecimento do passado. Mas Heródoto foi o primeiro não só a gravar o passado mas também a considerá-lo um problema filosófico ou um projecto de pesquisa que podia revelar conhecimento do comportamento humano. A sua criação deu-lhe o título de "pai da história" e a palavra que utilizou para o conseguir, historie, que previamente tinha significado simplesmente "pesquisa", tomou a conotação atual de "história".
- A historiografia é o estudo do registro da História.
- O historiador é o profissional, com bacharelado em curso de História, que atua no estudo desta ciência, analisando e produzindo conhecimentos históricos.
Pesquisa elaborada pelo Prof. Osmar Soares Fernandes, graduado em História pela UNIC/MT (Universidade das Escolas Superiores de Cuiabá Mato Grosso).
Referências:
http://www.suapesquisa.com/historia/conceito_historia.htm;
http://www.brasilescola.com/historia/o-tempo-cronologico-tempo-historico.htm;
http://www.sohistoria.com.br/ef2/tempo/;
http://www.escolakids.com/as-fontes-historicas.htm;
Vontade de saber história, 9º ano / Marco Pellegrini, Adriana Machado Dias, Keila Grinberg, 1ª ed. – São Paulo: FTD, 2009;