COXINHA: RECHEIO DE GENTE, porque o que dá pra rir dá pra chorar.
Por Carlos Sena.
Por Carlos Sena.
A história da humanidade compõe-se também por pessoas antropófagas. Os contextos que a história expõe são deveras compreensíveis, pois uma grande parte dos antropófagos está ligada diretamente a necessidade de sobrevivência. Outros casos têm diversas conotações além daquelas provocadas pelo fanatismo de seitas ou mesmo pactos vorazes de magia negra, etc., inclusive patológicas.
O caso de Garanhuns é chocante. Principalmente porque estamos vivendo em pleno terceiro milênio – a tão propalada era do conhecimento. Que conhecimento? Que evolução interior nossa espécie humana se arvora? Não estaríamos, enquanto civilização, regredindo? Lá, na Suíça Pernambucana, onde fomos fazer um trabalho, o povo anda meio assustado com o ocorrido. Um amigo nos contou que sua mãe comeu as tais coxinhas recheadas de carne humana. O gosto era ruim e por isto ela só comeu a metade. Durante nosso almoço no bar da Perua, em tom de blague, dissemos ao garçom: "tem uma carnezinha humana por aqui"? Ele riu meio amarelo, demonstrando bem o sentimento de incômodo dos habitantes da cidade de Garanhuns.
A notícia acerca da prisão dos antropófagos já correu o mundo. A frieza dos assassinos causa medo a todos, inclusive aos policiais. Em torno disto, uma ruma de teorias se delineia: frieza, magia negra, loucura, sinal dos tempos, safadeza, etc., são as principais linhas populares na tentativa de enquadrar o caso. (Fato é que com o tempo tudo vai se acomodando na memória da população).
Contudo, quem mais vai sair prejudicado nessa história são as galinhas, afora as vítimas e seus familiares. As galinhas e os galos, pois faz tempo que eles ouvem dizer que estão “comendo as coxinhas das suas galinhas”. Se eles forem machistas devem estar aliviados, pois não são os outros galos que comem suas “galinhas”. Nesse sentido deve ser interessante um diálogo entre os galos na hora de dormir tipo: – amigo galo, você sentiu que está sobrando galinha em nosso terreiro? – Tô, mas o que está acontecendo? – Sei não, mas por outro lado tem frango sobrando na mesma proporção das galinhas. – É, amigo, agora você me deixou sem entender. Pois é. Os humanos vivem matando as nossas galinhas pra fazer coxinha e, nesse "bolo" os frangos vão juntos. Será que os humanos não estão mais fazendo coxinha das carnes das nossas “esposas”? – Peraí que eu vou ligar pra Garanhuns. Lá, tem uma galinha velha que eu costumo “comê-la” quando vou praquelas bandas. Vou ligar pra ela e saber de algum fuxico. – Acertei em cheio, amigo. Dizem que em Garanhuns tinha um povo matando gente e fazendo das carnes humanas recheio de coxinhas. Como se não bastasse, vendiam na rodoviária da cidade, principalmente aos turistas. Có, có, có, ricó, deram boas risadas os galináceos, felizes da vida. – Mas amigo, uma coisa me encafifa nessa história toda: o que a gente vai fazer com os frangos? - Prefiro nem comentar amigo galo.
Diante disto e da minha fama de falador, condição que também assumo, penso com meus botões acerca do outro lado desse episódio. Um pouco da lógica da compreensão de que O QUE DÁ PRA RIR DÁ PRA CHORAR. Afinal, enquanto a galinha virou o jogo os humanos estão virando recheio de coxinha de galinha. O problema é que muitos homens se referem à mulher vadia como sendo galinha. E agora, quem vai entender esse imbróglio? Quem vai saber a qual galinha estarão se referindo? Acho mesmo que quem vai se ferrar nessa história são as lanchonetes. Os clientes vão ter dificuldades de comê-las (as coxinhas) por falta de inspeção sanitária. Afinal, estariam ali o recheio das galinhas (galináceas) ou das “galinhas” humanas, ou galos, para ser politicamente correto. Por esse “refresco” os terreiros não esperavam. Agora os galos vão ter mais trabalho para manter o desempenho sexual com suas galinhas e ainda dar conta dos frangos. Embora a questão seja seriíssima, fico pensando: SE ESSA MODA PEGA, JÁ PENSOU?. Se além de coxinhas as empadas entrarem para fazer frente às coxinhas? Depois uma feijoada, etc.? Pela minha mente que sempre pensa “naquilo”, imagino que a xoxota, o pinto dos homens, e outras partes pudendas (olha que hoje é sábado) teriam lugar cativo na feijoada misturada com outros ingredientes do porco... Aff!
Sabendo que a coisa é séria, não entendemos o porquê de tanta gente ficar buscando explicações fora do humano, como se nós não fossemos essas possibilidades. Que se trata de situações patológicas não se tenham dúvidas. Mas que não se pode ficar estupefato como se fosse coisa do outro mundo, não. É coisa desse mundo, da fragilidade humana. O problema é que nossa civilização se “aaaaacha” e esses fatos parece que vem jogar em nossa cara que muitos já sabem: somos frágeis, imperfeitos, doentes. Também esplendorosos, inteligentes, perspicazes. Combinar esses fatores nem sempre tem sido possível pela nossa cultura, principalmente diante desse tempo de avanço tecnológico e suposta perfeição acondicionada na chamada era do conhecimento. Será?
O caso de Garanhuns é chocante. Principalmente porque estamos vivendo em pleno terceiro milênio – a tão propalada era do conhecimento. Que conhecimento? Que evolução interior nossa espécie humana se arvora? Não estaríamos, enquanto civilização, regredindo? Lá, na Suíça Pernambucana, onde fomos fazer um trabalho, o povo anda meio assustado com o ocorrido. Um amigo nos contou que sua mãe comeu as tais coxinhas recheadas de carne humana. O gosto era ruim e por isto ela só comeu a metade. Durante nosso almoço no bar da Perua, em tom de blague, dissemos ao garçom: "tem uma carnezinha humana por aqui"? Ele riu meio amarelo, demonstrando bem o sentimento de incômodo dos habitantes da cidade de Garanhuns.
A notícia acerca da prisão dos antropófagos já correu o mundo. A frieza dos assassinos causa medo a todos, inclusive aos policiais. Em torno disto, uma ruma de teorias se delineia: frieza, magia negra, loucura, sinal dos tempos, safadeza, etc., são as principais linhas populares na tentativa de enquadrar o caso. (Fato é que com o tempo tudo vai se acomodando na memória da população).
Contudo, quem mais vai sair prejudicado nessa história são as galinhas, afora as vítimas e seus familiares. As galinhas e os galos, pois faz tempo que eles ouvem dizer que estão “comendo as coxinhas das suas galinhas”. Se eles forem machistas devem estar aliviados, pois não são os outros galos que comem suas “galinhas”. Nesse sentido deve ser interessante um diálogo entre os galos na hora de dormir tipo: – amigo galo, você sentiu que está sobrando galinha em nosso terreiro? – Tô, mas o que está acontecendo? – Sei não, mas por outro lado tem frango sobrando na mesma proporção das galinhas. – É, amigo, agora você me deixou sem entender. Pois é. Os humanos vivem matando as nossas galinhas pra fazer coxinha e, nesse "bolo" os frangos vão juntos. Será que os humanos não estão mais fazendo coxinha das carnes das nossas “esposas”? – Peraí que eu vou ligar pra Garanhuns. Lá, tem uma galinha velha que eu costumo “comê-la” quando vou praquelas bandas. Vou ligar pra ela e saber de algum fuxico. – Acertei em cheio, amigo. Dizem que em Garanhuns tinha um povo matando gente e fazendo das carnes humanas recheio de coxinhas. Como se não bastasse, vendiam na rodoviária da cidade, principalmente aos turistas. Có, có, có, ricó, deram boas risadas os galináceos, felizes da vida. – Mas amigo, uma coisa me encafifa nessa história toda: o que a gente vai fazer com os frangos? - Prefiro nem comentar amigo galo.
Diante disto e da minha fama de falador, condição que também assumo, penso com meus botões acerca do outro lado desse episódio. Um pouco da lógica da compreensão de que O QUE DÁ PRA RIR DÁ PRA CHORAR. Afinal, enquanto a galinha virou o jogo os humanos estão virando recheio de coxinha de galinha. O problema é que muitos homens se referem à mulher vadia como sendo galinha. E agora, quem vai entender esse imbróglio? Quem vai saber a qual galinha estarão se referindo? Acho mesmo que quem vai se ferrar nessa história são as lanchonetes. Os clientes vão ter dificuldades de comê-las (as coxinhas) por falta de inspeção sanitária. Afinal, estariam ali o recheio das galinhas (galináceas) ou das “galinhas” humanas, ou galos, para ser politicamente correto. Por esse “refresco” os terreiros não esperavam. Agora os galos vão ter mais trabalho para manter o desempenho sexual com suas galinhas e ainda dar conta dos frangos. Embora a questão seja seriíssima, fico pensando: SE ESSA MODA PEGA, JÁ PENSOU?. Se além de coxinhas as empadas entrarem para fazer frente às coxinhas? Depois uma feijoada, etc.? Pela minha mente que sempre pensa “naquilo”, imagino que a xoxota, o pinto dos homens, e outras partes pudendas (olha que hoje é sábado) teriam lugar cativo na feijoada misturada com outros ingredientes do porco... Aff!
Sabendo que a coisa é séria, não entendemos o porquê de tanta gente ficar buscando explicações fora do humano, como se nós não fossemos essas possibilidades. Que se trata de situações patológicas não se tenham dúvidas. Mas que não se pode ficar estupefato como se fosse coisa do outro mundo, não. É coisa desse mundo, da fragilidade humana. O problema é que nossa civilização se “aaaaacha” e esses fatos parece que vem jogar em nossa cara que muitos já sabem: somos frágeis, imperfeitos, doentes. Também esplendorosos, inteligentes, perspicazes. Combinar esses fatores nem sempre tem sido possível pela nossa cultura, principalmente diante desse tempo de avanço tecnológico e suposta perfeição acondicionada na chamada era do conhecimento. Será?