Whitney Houston
Em 12/02/2012, morreu Whitney Houston, aos 48 anos.
Uma mulher linda, uma voz maravilhosa e, pelo que se sabe, uma situação financeira invejável a milhões de mortais e, no entanto, se mostrou perdida, uma nau sem rumo,uma palha tangida pelo vento. Quantos prêmios arrebatou na música e no cinema onde tanto dinheiro ganhou, sem que o vazio fosse preenchido. Antes dela, Ammy Whinnehouse, também sucumbiu tristemente, só, e deixando em quem a admirava como artista, um misto de pena e de decepção por não ter conseguido encarar e resolver problemas acumulados, não se sabe por culpa de quem ou em que fase da vida moderna, tão “moderna” que não é capaz de deixar claro que o hedonismo, tão cultuado na atualidade e que tenta sepultar a alteridade, a solidariedade e o respeito à diversidade, não conduz ninguém a bom termo.
Que Pena!
Não é por ser famosa que não se deve ter pena dela que sai dessa vida, de forma tão melancólica e, aparentemente, sem conseguir preencher o seu interior e, simplesmente, sorrir feliz. Com 48 anos e com todos os predicados necessários ao sucesso, Whitney Houston, tal como a Ammy, tem a vida interrompida de forma inaceitável! Assim como ela, o cortejo é grande e tão freqüente nos nossos dias onde, não somente artistas, como também gente “bem sucedida” em várias áreas da atividade humana, seja o sucesso oriundo do trabalho honesto, seja aquele que povoa o indecente círculo do poder e da fama perdem, repentina e inexplicavelmente, o rumo da vida.
Estamos perdendo a noção da simplicidade que preenche, do enternecer-se com os lírios do campo e florzinhas do monturo, de marejar os olhos ante a imagem de pássaros e animais cuidando de filhotes de outra espécie, enquanto os orfanatos, lares de acolhimento e nossas ruas estão fervilhando de crianças abandonadas e órfãs sem alguém para acolhê-las.
“Também, por que não as abortaram, que é a moda mais eficaz e prática para se matar alguém sem que se classifique isso como assassinato?”
Preferimos exibir nossa caridade e sensibilidade humana criando, luxuosamente, cachorrinhos e outros animais de estimação, em ridículas demonstrações de exibicionismo, onde até se realizam “batizados”, festas de aniversário e “casamento” dos bichinhos que nada disso pedem, nem a isto se destinam.
Até alguns “cristãos” procedem assim!
E, aqui, cabe uma reflexão séria e responsável sobre o que está acontecendo com a humanidade que atravessa, hoje, tormentas e dramas de toda ordem.
Até a sociedade cristã encontra-se devastada pelo ateísmo, pelo pragmatismo e por uma crescente imoralidade que atende a um mercado insaciável, instigante e estigmatizado pelo hedonismo. A família, único laço fundamental e natural, capaz de construir e garantir a harmonia necessária para a extensa e ilimitada diversidade humana sofre, duramente, com a irreverência e o descaso acintoso aos princípios e regras sociais de convivência e respeito mútuo, em todas as instâncias.
Para os que crêem verdadeiramente no Transcendente, existe a compreensão de que todo ser humano preenche sua vida com coisas para ele, importantes, e que fica um espaço muito grande a ser preenchido e ocupado por Deus, desde que você permita que isto ocorra. Aos arrogantes ou desleixados que não se permitem serem preenchidos pela relação com Deus, na vã suposição de que as coisas deste mundo e, somente elas, são suficientes para torná-los felizes, achegam-se a decepção, a frustração, o desespero e a entrega incontrolável a vícios e costumes que, fatalmente, os levarão a um final melancólico e, quase sempre, prematuro.
Entendo que precisamos refletir muito sobre a vida e um projeto de amor que Deus fez para cada um de nós, a quem cabe acatar e ser feliz ou, então, saltar no vazio estúpido da arrogância e pagar um preço, sempre, muito alto e dolorido, na espalhafatosa e louca aterrissagem da decepção.
O Papa Bento XVI afirma, seguida e insistentemente, que “a família precisa buscar viver numa atmosfera caracterizada pela presença de Deus, pois, o triste cortejo das misérias, dificuldades, angústias e problemas que afligem o mundo na atualidade receberia um insuperável lenitivo se reinasse na família -Igreja doméstica- o verdadeiro espírito de oração.”
Acrescenta ele: “Se não se aprende a rezar em família, depois será difícil conseguir preencher esse vazio”.
Aqui no nosso Brasil, que não se tente, covardemente, lançar na Escola ou na Polícia a culpa pela desordem e pela violência incontida que assola, tristemente, a nossa sociedade. Uma não tem a função de suprir a ausência de responsabilidade da família e à outra não pode ser delegada a tarefa de suprir as malditas lacunas criadas pelo emaranhado jurídico da legislação, cruel e maquiavelicamente, urdida pelos congressistas e detentores do Poder, covardemente indicados e aceitos por nós que lavamos nossas mãos, aparentemente sem o saber e sem avaliar, no sangue de tantas vítimas inocentes e indefesas.
Será que não passa da hora de a sociedade esboçar alguma reação?
Ou a coisa está muito bela, ainda?
Pense e aja e como dizia o Padre LÉO: DEIXA DE SER BESTA!
Ouso acrescentar: deixa de ser irresponsável!