Vida de robô – Você é de fácil manipulação?
O ser humano é assim:
Imagine que você more em um determinado lugar e nele tenha um grande quarteirão, três vezes maior que um quarteirão padrão, por exemplo.
Agora imagine que nesse quarteirão haja em seu entorno uma calçada, semelhante a uma pista de corrida que vemos em alguns bairros. Determine um ponto de saída/chegada.
Você vê essa calçada vazia, sem fluxo de pessoas, e logo pensa, “Posso correr em volta dela”. Ninguém havia pensado nisso antes.
Certo dia você escolhe um horário e decide correr nessa pista. Em sua maratona solitária jamais imaginou que algum dia pudesse ter companhia. E assim, você faz todos os dias, no mesmo horário.
Muitos dias depois, ao chegar para mais uma corrida, um corredor passa por você vestido à caráter. Naquele dia então, terás companhia.
No dia seguinte, outros se juntam a você – e ao outro – e assim, dia após dia, meses depois, a calçada se transforma num circuito de corrida, vindo “corredores” até de outros bairros e locais distantes.
Essa corrida cresceu aumentando consideravelmente o número de adeptos a cada dia, e tornou-se algo cotidiano.
Houve aí uma influência sob os corredores desse circuito. Mas a grande maioria – senão todos – não sabe o quê os levou ali, o quê os moveu, o quê lhes trouxe para essas paragens, e sequer imaginam que a causa de tal ação foi a simples decisão que você tomou de correr em volta desse quarteirão, induzindo esses e outros a fazerem o mesmo.
“Se ele faz, vou fazer também”, e fazem isso quase que mecanicamente. Provém da natureza do homem repetir o que o outro faz, involuntariamente.
Saiba escolher o quê ou quem irá influenciá-lo.
Quase sempre sofremos influências, majoritárias ou isoladas, de certa pessoa ou de um grupo e, às vezes sem perceber, nos transformamos em simples “corredores” da grande calçada da vida, com pernas mecânicas e cérebro de robô.
É importante definirmos nossas próprias campanhas e atentar para o risco de fazer propaganda gratuita para nossos “inimigos” ou alastrar atos ilícitos e infrutíferos por aí, como meros bonecos de ventríloquos.