Remédio para emagrecer

È cada vez maior o número de pacientes que voltam insatisfeitos de uma consulta médica por não terem recebido a receita de algum remédio.

Na visão consumista de mundo, conselhos - como: modere na alimentação, faça exercícios físicos, não têm valor pois não trazem resultados imediatos, mas sim os produtos milagrosos da química moderna.

Se eu sinto uma indigestão, existem remédios para tal, problema, se o problema é um espirro ( comum nos resfriados que vem e vão como o ritmo normal da vida das pessoas), há sempre um remédio para tal male.

Até ai tudo bem, mas a fama da eficácia dos remédios tem abrangido as fronteiras e passado a tratar do que antes não constituía problema de saúde.

Desta forma, se a pessoa quer emagrecer, usa determinado medicamento, se não quer sentir efeitos colaterais de uma bebedeira, toma outro, se não tem sono, tem um outro produto farmacêutico para tal fim e desta forma as pessoas vão sendo mantidas em seu comodismo, de não buscar a origem de seu problema.

Ora, é do conhecimento de todos que se eu não balancear minha alimentação, isto vai acarretar gordura, se eu beber demais terei efeitos colaterais no dia seguinte e se for a semana toda, terei problemas no futuro nos em órgãos vitais, se eu levar uma vida sedentária sem sair de casa, sem praticar uma atividade física, terei problemas relativos ao sono, ao bem estar geral, e toda forma de enfermidades, e não serão os remédios que evitarão tais efeitos. É preciso cuidar da saúde, em de tudo na via em suas causas e não "remediando" as consequências.

O que ocorre na atualidade é que as pessoas não querem abandonar velhos hábitos em nome de uma melhora de vida, e preferem recorrer aos remédios para tal. Uma vida com alimentação saudável, ( logicamente sem ter comer “ervas do campo”), com hábitos que tragam benefícios á saúde, e principalmente uma atividade física regular é a prevenção para vários tipos de males que possam vir a nos assolar no futuro; no entanto, o que ocorre na prática não é este pensamento, mas sim o de que a simples injestão de remédios e produtos de farmácia podem fazer milagres, e evitar os atos colaterais de nossos hábitos.

Nos dias atuais vêm sendo observadas outras regras para a boa saúde, dentre elas a idéia de que um bem estar social, uma rede de relações afetivas de qualidade e uma higiene mental contínua, também traz bons resultados.

O melhor então para se ter uma vida plena é viver uma vida com uma mente leve, e que tenha a paciência, a tolerância, dentre outras coisas, para que nos mantenhamos afastados da negatividade do mundo conturbado e competitivo atual. A prática religiosa tem sido uma grande arma para se combater o stress e a agitação que o dia-a-dia nos impõe.

Mas muitas vezes não temos a prática de iniciar uma “abstração geral do mundo” como propõem as religiões, e o pensamento altruísta que a vida nos exige, então surge o exercício físico como uma forma de conseguirmos sair da inércia, em que nos mantemos.

Assim com os dois elementos combinados – corpo e mente, a tendência é que saíamos vencedores na batalha do dia-a-dia, em saúde e em espiritualidade, pois ambos andam juntos, se termos o físico bem cuidado, podemos cuidar das coisas espirituais, e se temos o lado espiritual bem cuidado o físico vai refletir isto.

Desta forma, os remédios só reforçam a crença social de que os males vêm de fora para dentro. È comum pessoas fumantes que começam a ter problemas relacionados ao seu hábito queixando-se do destino, colocando a culpa de seus males no outro, quando o que ocorre é que ela mesma está colhendo os frutos do que plantou.

A culpa é sempre do governo, ou dos corruptos ou de algo que esteja ocorrendo ao nosso redor, quando na verdade ela é nossa, e o remédio na verdade só reforça esta idéia de que eu não sou responsável pelo que ocorre a minha volta, ou seja, eu posso ter todo tipo de hábito, (beber muito, comer muito, exceder em tudo), e não sofrerei as conseqüências disto, pois aquela "solução mágica" resolverá meu problema.

A crença de que existem soluções mágicas para a vida, tem sido cada vez mais difundida, quando na verdade, a realidade é outra. Nada vem por acaso, tudo tem um preço, nada vem do dia pra noite. Tudo depende do cultivo de hábitos da auto-limitação em determinadas coisas; a busca pela melhora física é muito importante, não para nos exibirmos por ai, mas para termos uma boa relação com nós mesmos.

Soluções mágicas, como a que se tem por aí, como: “quando eu ganhar na mega, tudo vai mudar...”, são ilusões. A vida não muda assim não, o que muda é nossa maneira de enxergar o mundo, de viver e de enxergar o mundo. O dinheiro muitas vezes traz mais problemas do que soluções ( dependendo de quem o recebe), e assim são as coisas que são apenas superficiais.

O que é preciso é nos aprofundarmos na vida como um espelho, em que colhemos aquilo que plantamos e não um “lugar mágico” onde o dinheiro possa comprar tudo, inclusive os remedinhos da vida, daqueles que devemos consumir devido aos nossos hábitos errôneos os quais não queremos mudar.

A vida é feita de escolhas e hábitos; e devemos nos esforçar diariamente para que sejam cada vez mais sadios, ou então, colher os frutos da nossa omissão, remédios somente para casos em que sejam realmente necessários,- ou seja: após termos feito a nossa parte, (ai é porque não tinha jeito mesmo) mas ficar inerte em relação às questões de saúde, para depois “remediar a situação” é uma tática fadada ao fracasso.

Assim, temos que exercícios físicos são o ponto de partida para uma vida farta de saúde mental, espiritual e física.