Escravos Modernos
O que somos no imediatismo dos dias atuais, unidades do maior manicômio do universo, a espera de algo vindo do nosso semelhante, que seja breve, que nos satisfaça apenas e tão somente pelo segundo que passa?
Stand ups no frenesi rolante de uma cidadela chamado Facebook, Recanto das letras, MSN, olhos, mentes, e a intelectualidade de cada um a serviço, do riso, do bonito, do que é fácil de entender, o raciocínio lento dos tabuleiros de xadrez é morto, hoje ele é assemelhado a viagem dos cometas que vão a anos-luz em direção ao infinito.
Duas, tres letras justificam um sorriso, um parecer, a presença
constante do que espera e não sabe porque o faz, mas sabe que é óbvio o que virá, e mais uma vez virá e sem deixar vestígios passará, depois de um, dois ou 100 comentários, mas passará.
Esta história sem necessidade de registro, esta banalização, por falta de tempo, das poucas coisas que poderiam rebuscar algum prazer na loucura do nosso tempo, empobrece o ser humano, enriquece a industria do imediatismo capitalista, e eterniza este caminho que dispensa cores, finalidade, e o exercício do dom que Deus nos deu, a vida e a relação corpo e alma, vive-se na ótica acelerada de hoje, sem falsos moralismos, por viver.