Amazônia

Amazônia.

Mª Gomes de Almeida

Quando Hébette afirma que a Amazônia dos indígenas foi declarada desocupada, vazia e devoluta, do ponto de vista europeu. É necessário indagar: a quem pertence a Amazônia?

Estudiosos que tratam da ocupação do planeta usam a expressão “Era Planetária” para afirmar que vivemos ainda na idade do ferro onde a Europa se esquece que não é o centro do universo e propõe que este se “desenvolva” a partir da ciência, da técnica da indústria e principalmente do interesse econômico um tipo de globalização econômica a ser alcançado a qualquer custos até o final do século XX. Assim sendo a sua supremacia se desenvolve pela violência, destruição, escravatura e exploração da América e da África.

Nesta corrida pelo crescimento se degrada não apenas a qualidade de vida, mas sim, a vida.

A Amazônia então a partir desse conceito de devoluta, incha com a chegada de migrantes que buscam “melhores condições” de vida, tudo isso facilitado pelo estado. Muitos desses migrantes receberam incentivos fiscais para ocupar grandes porções de terras como parte de um projeto ainda maior que é a ocupação da Amazônia pelo projeto JARI e pelo Projeto Carajás.

Os conflitos gerados a partir de então, marcaram e marca a ocupação amazônica. Os indígenas ainda que poucos lutam para permanecer em poucos espaços que lhes restam. Já o movimento dos sem terras, tentam a todo custo um espaço de terra para garantir o sustento de suas famílias, ambos: sem terras e indígenas vão de frente com os grandes fazendeiros que na busca pelo sucesso financeiro substitui a mata pela pastagem e os humanos por cabeças de gados, cujas qualidades nos faz afirmar que o gado vale muito mais que os seres humanos e na região sul e sudeste do Pará existe mais gado do que gente.

A respeito dos grandes projetos, o Projeto Carajás traz em seu rastro a Hidrelétrica de Tucuruí, a ferrovia Pará Maranhão, a construção do Porto em São Luiz-MA e os mais recentes projetos no interior da maior floresta tropical do planeta.

É fácil afirmar que essa corrida pelo crescimento se dá às custas da degradação da vida, sacrifício este que leva a competitividade que deprecia os problemas individuais, concretos e singulares, por outro lado produz irresponsabilidade e desapego.

A crise ambiental, a pobreza, a violência, as migrações, mostram que o fenômeno da globalização contém ingredientes autodestrutivos mas também mobilizam a sociedade para toda essa problemática; e nesta busca pela soluções estão ai os movimentos dos trabalhadores rurais sem terras-MST, organizado a partir de suas necessidades básicas .

A ocupação com a biosfera um dos problemas planetários mais cruciais está o Greenpeace.

As ações conservacionistas não é apenas preservar, salvaguardar as diversidades culturais e ambientais mas também, a vida da humanidade ameaçada pela degradação da biosfera.

É preciso compreender que todas as coisas vivas e humanas encontra-se submetidas ao processo de degradação e deve regenerar-se.

Não basta realizar ações e práticas, é preciso e ir muito além e a educação ainda é o melhor caminho, apesar de Marx questionar sobre quem educará os educadores. E Freud por sua vez afirma que as tarefas mais difíceis são educar, governar e psicanalisar.

Maria Gomes de Almeida
Enviado por Maria Gomes de Almeida em 15/03/2012
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