Bairrismo...e por que não?
No mundo globalizado, ouvimos muito, quando no mínimo querem nos desqualificar ou ao território a que pertencemos - podendo ser distrito, cidade, estado, região, ou país - a expressão: "isto é bairrismo", quando defendemos nossa terra. Devemos sempre ser bairristas, por que não sermos? se todos defenderem seu "torrão", incluindo aí os políticos, teremos esperança de que um dia a coisa melhore. "A prioridade na minha gestão é sanear minha cidade. Ela terá esgoto, o rio será despoluído, teremos um hospital humanitário, lutarei para conseguir esse sonho de menino". Que bonito... As outras cidades confiariam que aquela realização municipal ou governamental (estado) se estenderia a circunvizinhança, mesmo que fosse pela a influencia. Ao contrário, se o gestor não olha nem seu rincão a conclusão é diferente: "se ele não faz nem pela sua cidade, imagine se vai se preocupar um dia com a nossa".
Não será necessário que o líder tenha nascido em determinado recanto. Ele pode eleger outro, onde se criou, desenvolveu suas aptidões políticas. Lutar por ele, por amor ao mesmo, ser bairrista, por ter ali criado seus filhos, onde encontrou o amor de sua vida, etc, etc.
Fala-se em Salvador, que Antonio Carlos Magalhães, apesar dos pesares....amava a Bahia, e especialmente Salvador. Afirmam que o atual governador, apesar da amizade com a presidentre, não luta pela Bahia, por ser ele carioca. E ainda que o prefeito João Henrique é um péssimo prefeito para Salvador, por ser ele de Feira e Santana. Considero que falta bairrismo nesses senhores, sendo muito tolerantes com o desprezo externo para com sua cidade e estado. Lula foi o melhor presidente do Brasil para com o Nordeste, porque é nordestino, e sentiu na pele o que é pertencer a esta relegada região. Foi vítima de preconceito, desprezo, intolerância, insensibilidade.
Dilma acaba de atender a "fritagem" de cada um dos representantes baianos da esfera nacional, o último substituído por um gaúcho. Não será que faltou a presidente ser nordestina? não valeu o fato de ter aqui o maior eleitorado que a elegeu. Foi assim também na eleição de Lula, mas tivemos frutos. Não adianta a Imprensa vir com esse bla, bla, bla, de que a mída é isenta de tendenciosidades, partidarismo, bairrismo, etc, etc. Leiam a Revista Veja e vejam como ela defende políticos paulistas e São Paulo. A TV Globo, pelo amor de Deus. Aquilo lá não é bairrismo para com o Rio? Pena que na Bahia tenhamos acreditado que Dilma não atendesse às pressões sulistas e contiuasse a política desenvolvimentista de Lula para com o Nordeste, quando já não ouvíamos a expresão "dois Brasís". Sentimos agora um governador cariobaiano, amigo da presidente, aceitar inerte, a derrocada que está se fazendo na Bahia. E concluímos: estamos precisando de políticos bairristas, comunados com um eleitorado bairrista, da Bahia, do Nordeste, doBrasil, para não continuar existindo dois brasís, como no passado recente.