Nossas Vidas É Um O Baile De Máscaras: O Império Do Fingimento
Para vivermos em sociedade, e fora dela não se vive, temos que nos submeter às normas sociais, jurídicas e morais. Caso contrário, podemos sofrer sanções. Sejam sanções meramente sociais (desaprovação do grupo ou da comunidade cujas normas de conduta infringimos) sejam elas feitas pelo aparelho estatal, que dispõe de um ordenamento jurídico e de órgãos competentes para julgar (a Justiça) e punir quem não cumpre determinadas obrigações ou pratica o que é por lei proibido.
A polidez, a civilidade, a educação, as boas maneiras, o comportamento ético, exigidos pela vida em sociedade, quase sempre escondem nosso verdadeiro eu. A sociedade não aprova a franqueza rude. Por isso, as opiniões que externamos, muitas delas, não são honestas e sinceras. E isso é condição indispensável para o convívio social. Já pensou, alguém sair por aí dizendo tudo que pensa sobre o que vê e sente: "Você é muito gorda, ou muito feia, ou magra, isso, aquilo...!" Ninguém suportaria tal pessoa.
Há um ditado oriental que diz: "Melhor a mentira que contrói do que a verdade que destrói".
Conclui-se que nem toda verdade é necessária que se diga. A sinceridade rude, idem. O que machuca sem edificar, também.
Então, do berço ao túmulo, a vida social repousa no fingimento, pelo motivo já referido: Nada mais antissocial do que alguém morbidamente sincero.
Mas, há mentiras e mentiras, assim como existem verdades e verdades...
Em se tratando de questões morais, aqui não devemos transigir: O império da honradez é o que exite de mais desejável. Nesse aspecto, o honesto só quer o que é seu, não mente, repudia a malandragem e a esperteza de querer levar vantagem em tudo. Nada nos é mais deletério do que a praga da desonestidade, sobretudo quando ela é adotada como norma de conduta dos "servidores" públicos, principalmente dos que detêm cargos eletivos. Não é a corrupção o grande ralo da riqueza popular?