Em 1908, Camaragibe foi anexado ao município de São Lourenço da Mata ( capital do pau brasil ). O topônimo Camaragibe, significa rio dos Camarás, em homenagem a espécie de planta, Lantana camara conhecida vulgarmente por chumbinho, camara ou cambará que se distribuia com muita freqüência nas cercanias do outrora Engenho Camaragibe, fundado por Duarte Coelho em 1549, conforme carta enviada a D. João III, Rei de Portugal... No final da década de 50 do século XX, a família Amazonas MacDowell, detentora naquele período do maior aporte de terras do distrito, resolveu promover loteamentos em vários pontos da região. Assim, nasceu um lugarejo batizado sob a denominação de Areeiro.
Tratava-se praticamente de uma região nativa, com pouquíssimas habitações e com projetos de rua desenhados no papel, mas que na realidade representavam verdadeiros caminhos espiralados ( trilhas ), margeados por vegetação rasteira, sob tapetes de areias, por onde as poucas pessoas ali residentes tinham acesso ao centro de Camaragibe. No geral, a vegetação era abundante, com árvores de pequeno e médio porte, e com bastante fruteiras como: Jaqueiras, cajueiros, mangueiras, abacateiros, coqueiros, cafezal, pés de araçá, carambola, pitanga, fruta-pão, além de outros. Todos produzindo frutos, e usados por alguns moradores nativos e recém chegados, para desenvolverem a prática do comércio local que acontecia , geralmente nas feiras livres e Mercado Público de Camaragibe. A fauna restringia-se a animais de espécies variadas, com a predominância de insetos.
A grande vocação comercial do Areeiro, entretanto, era a de fornecer areia de enxurrada como matéria prima utilizada nas construções. A “areia de enxurrada” era depositada pelas águas que escorriam dos morros até a região do vale, e com bastante abundância durante as chuvas em geral , principalmente as de inverno. A chuva representava sinal de ganho financeiro, dinheiro certo para muitos que também viviam da exploração da areia remanescente das enxurradas. O “modus operandi” dos envolvidos no negócio consistia em coletar do vale e formar lotes de areia, usando pás e enxadas como instrumentos de trabalho, inclusive à noite, onde provocavam um sibilar alternante entre o recorte dos grãos de areia e o esvoaçar do conteúdo amealhado pelos instrumentos, na direção dos lotes em formação. Tais lotes de areias formados eram protegidos com lonas, galhos de árvores, palhas do coqueiro, contra o deslizamento a ser provocados por novas chuvas, o que devolveria os grãos de areia de volta ao vale. O momento após, seria de espera, até que um comprador pudesse interessar-se pelo(s) lote(s). O que rapidamente seria feito em função do processo de ocupação dos loteamentos
... " Até as areias do chão do Areeiro ...contibuiram com a vida . Areias da Vida".
Tratava-se praticamente de uma região nativa, com pouquíssimas habitações e com projetos de rua desenhados no papel, mas que na realidade representavam verdadeiros caminhos espiralados ( trilhas ), margeados por vegetação rasteira, sob tapetes de areias, por onde as poucas pessoas ali residentes tinham acesso ao centro de Camaragibe. No geral, a vegetação era abundante, com árvores de pequeno e médio porte, e com bastante fruteiras como: Jaqueiras, cajueiros, mangueiras, abacateiros, coqueiros, cafezal, pés de araçá, carambola, pitanga, fruta-pão, além de outros. Todos produzindo frutos, e usados por alguns moradores nativos e recém chegados, para desenvolverem a prática do comércio local que acontecia , geralmente nas feiras livres e Mercado Público de Camaragibe. A fauna restringia-se a animais de espécies variadas, com a predominância de insetos.
A grande vocação comercial do Areeiro, entretanto, era a de fornecer areia de enxurrada como matéria prima utilizada nas construções. A “areia de enxurrada” era depositada pelas águas que escorriam dos morros até a região do vale, e com bastante abundância durante as chuvas em geral , principalmente as de inverno. A chuva representava sinal de ganho financeiro, dinheiro certo para muitos que também viviam da exploração da areia remanescente das enxurradas. O “modus operandi” dos envolvidos no negócio consistia em coletar do vale e formar lotes de areia, usando pás e enxadas como instrumentos de trabalho, inclusive à noite, onde provocavam um sibilar alternante entre o recorte dos grãos de areia e o esvoaçar do conteúdo amealhado pelos instrumentos, na direção dos lotes em formação. Tais lotes de areias formados eram protegidos com lonas, galhos de árvores, palhas do coqueiro, contra o deslizamento a ser provocados por novas chuvas, o que devolveria os grãos de areia de volta ao vale. O momento após, seria de espera, até que um comprador pudesse interessar-se pelo(s) lote(s). O que rapidamente seria feito em função do processo de ocupação dos loteamentos
... " Até as areias do chão do Areeiro ...contibuiram com a vida . Areias da Vida".
Geralmente, os Armazéns de construção existentes no centro, enviavam seus representantes para a compra desses lotes de areia que, uma vez consumada a transferência para seus depósitos, arquitetavam-se sua revenda por preços muito além daqueles administrados na fonte. A compra de areia também dava-se individualmente por meio de pretensos moradores que acorriam ao Areeiro, buscando a matéria prima necessária para efetivarem suas construções. Neste caso, o transporte era feito por meio de carros de mão e/ou jumentos adornados de “cangalhas” usadas no acondicionamento desse material. Assim, grande parte das residências em Camaragibe guardam ainda hoje, imiscuídas em suas paredes, ingredientes de vida passada, adornadas pela lembrança de um período de muito trabalho e perseverança durante a ocupação do Areeiro e a extração de sua principal fonte de renda...As Areias!