BRASIL, UM PAÍS DO DEPOIS
Por Carlos Sena
Por Carlos Sena
Quando chega dezembro, geralmente dizemos que depois do natal iremos iniciar uma dieta. Ou tomar outras atitudes particulares ou profissionais. Chega o ano novo e a gente diz que depois do carnaval é que iremos realizar o que prometemos para dezembro. Passa o carnaval e a gente diz que depois da semana santa é que iremos fazer o que prometemos para depois do natal e depois do carnaval. Esse é mesmo o país do DEPOIS. Quando esse “depois” só nos causa prejuízo particular, “meno male”. O que a gente não suporta mais é o país do DEPOIS na esfera política, quando decisões acerca da vida das pessoas vão ficando pra depois. Só não fica pra depois legislar em causa própria como aumentar salários e criar dispositivos que beneficiem os pares – verdadeiros ímpares para população que, infelizmente, continua elegendo “pralamentares” que, quando lá chegam entram na corriola dos que querem um país melhor, mas só PRA DEPOIS.
Assim, o país vai vivendo como se ainda fosse o país do futuro, porque o futuro cabe no país do DEPOIS. Precisamos, urgentemente, depurar o parlamento em seus três níveis de governo. A democracia embora não sendo sem defeitos ainda é o que dispomos de melhor para manutenção das nossas vontades e garantia de direitos sociais. Assim, nas próximas eleições, quando essa corja bater a nossa porta, digamos sem pruridos: só DEPOIS. Porque no dia em que deixarmos de ser o país do depois os filhos, os pais, os jovens, os idosos, os diferentes, etc., poderão, finalmente, fazer um país que não seja mais do futuro, tampouco do DEPOIS.
Assim, o país vai vivendo como se ainda fosse o país do futuro, porque o futuro cabe no país do DEPOIS. Precisamos, urgentemente, depurar o parlamento em seus três níveis de governo. A democracia embora não sendo sem defeitos ainda é o que dispomos de melhor para manutenção das nossas vontades e garantia de direitos sociais. Assim, nas próximas eleições, quando essa corja bater a nossa porta, digamos sem pruridos: só DEPOIS. Porque no dia em que deixarmos de ser o país do depois os filhos, os pais, os jovens, os idosos, os diferentes, etc., poderão, finalmente, fazer um país que não seja mais do futuro, tampouco do DEPOIS.