Sentiremos falta?
Ervas daninhas.
Por ocasião do Carnaval, os legisladores do planalto mortal se concederam um recesso de 10(?) dias para desfrutar de cinco dias de folia.
O hábito de engolir 2 ou 3 dias a mais é normal em outros eventos nacionais: Páscoa, dia das mães, dos pais, quando tem jogos da copa de futebol, feriados no meio de semana, Natal e período que antecede as eleições de qualquer esfera.
Somando isto aos 2 dias que regularmente já enforcam, provavelmente não comparecem às câmaras mais do que 100 dias/ano. Em troca recebem mais de R$ 25.000,00 (15 salários) além de verbas complementares que correspondem quase ao dobro deste valor.
Se o povo desviar sua atenção do Big Besta Brasil por 30 minutos semanais, vai perceber que esta atitude é benéfica para nós, pois estando estes folgados ausentes dos plenários, os atos prejudiciais à população não são oficializados. Não nos farão falta!
E se o povo investir mais 30 minutos (aí já é pedir muito) no tema, chegará à conclusão que podemos enviar uma proposta ao planalto para que fiquem sempre fora das câmaras sem deixar de receber seus polpudos salários. Podemos negociar só receberem 75% do valor.
Além de ficarmos integralmente imunes às falcatruas montadas pelos nocivos elementos, teremos mais duas vantagens:
1 – nenhum país poderá dizer que fechamos o Congresso à força. Continuaremos sendo vistos como uma “democracia” plena.
2 – Vamos economizar elevado montante deixando de gastar em lâmpadas, lanches (para eles e aspones), telefonemas, elevadores e outros apetrechos não relacionados.
O prédio poderá ser transformado em museu (museu das maracutais) que passará a se sustentar com o arrecadado nos ingressos de milhares de visitantes que levarão seus filhos para aprenderem o significado correto do termo “ervas daninhas”.
Haroldo P. Barboza
Autor dos livros: Brinque e cresça feliz / Sinuca de bico na cuca