ÓRFÃOS DE GUERRA
ORFÃOS DE GUERRAS
De muito assistir, de muito ter conhecimento de eclosões de guerras pelo mundo, penso em reconhecer que existam os Órfãos de Guerras, seres humanos dependentes da solidariedade humana de muitos países, e pelos quais, por causa dos mesmos unem-se países e nações para protestarem contra o descaso das autoridades que por desconhecerem os direitos humanos nada fazem, cabendo a nós , escritores, poetas, humanitários, darmos o nosso grito de alerta. Somos os olhos daqueles que não querem enxergar, somos as falas de quem não querem se pronunciar, somos nós, que estamos acordados, enquanto os nobres senhores Deputados, Senadores, e Governistas, pensam em arrecadarem votos e fundos de campanhas eleitoreiras, enquanto em cada pais assolado por guerras civis e militares, vão se nascendo e multiplicando os Órfãos de Guerras, crianças que não tem culpa, não tem responsabilidade dos senhores governantes dos países em guerra, pela obsessão de domínio ou predominância bélica, onde cada um, mede suas forças. As vítimas destas guerras, fazem-se aos milhares, para cada soldado que cai nas trincheiras, um pai deixa filhos e filhas, futuros Orfãos de Guerra, que arcarão com um destino, sem ajuda de ninguém, pois serão apenas números de estatísticas, ( se fizerem uma pesquisa séria que, geralmente não acontece.) não existirão para a fome, a degradação, o sofrimento que vemos nas fotos estampadas nos jornais do mundo todo.Sejam as guerras na África, no Vietnã, na Arábia Saudita, no Iraque, em Teerã, Palestina Que encontra-se sob o julgo de Israel há 40 anos, países vizinhos, onde a religiosidade radicais que não entendem o que lêem tanto na bíblia como no alcorão pegam em armas para combater os seus preconceitos sobre outrem , ou por causa do fanatismo de seus preceitos. Não se esqueçam dos que tornam Órfãos, pois junto a eles, cresce a revolta, aos Órfãos de Guerras, somente a incerteza de um futuro. Onde está a responsabilidade dos Governos, senão em Organizações tais como Órfãos de Guerra, que graças a Deus foi criada, e hoje já conta com representantes e representações em todo o mundo, para ajuda humanitária aos mesmos, que não contam com o apoio destes mesmos governantes, promotores de guerras tolas, para mesmo aos seus Órfãos de Guerra serem ajudados ? Que de cada um de si, apenas a compreensão para um amanhã, nosso pais não decretar guerra, e não termos nossos Órfãos. Neste Brasil abençoado em que vivemos, não temos ainda Órfãos de Guerra, mas temos traficantes, temos facções como o Comando Vermelho, oriundo dos Presídios mal administrados, temos maus políticos, temos maus policiais, mas péssimos administradores, e péssimo sistema educacional , assim bem como um Sistema de Saúde falido.
Nossos políticos , mais interessados em seus próprios salários, nossos presidenciáveis , em escreverem suas memórias . E os Órfãos de Guerra ?
A eles , cabe apenas o esquecimento, o menosprezo, a falta de ajuda, a falta de quem os apóie perante as falidas sociedades, sejam elas de direita ou esquerda, comunistas ou não.
Abaixo, transcrevo dados sobre a criação do Internato Stassova , uma Instituição criada e destinada a acolher Órfãos de Guerra e Revoluções, um exemplo a seguir por todos.
INTER DOM
O Internato Stassova, que funciona na cidade de Ivanovo, a trezentos quilômetros de Moscou, é uma instituição criada em 1933, destinada, originalmente, a acolher órfãos de vítimas de guerras e revoluções.
O internato ou escola interna, como é chamado na Rússia, é popularmente também chamado de Inter Dom, e criou ramificações em vários outros países, como Angola, Alemanha, Grécia, Irã, Espanha, Itália, Canadá, China, Polônia, Portugal, Estados Unidos, África do Sul, e também no território da Autoridade Nacional Palestina.
Tradicionalmente, a Stassova reserva o mês de outubro para promover encontros internacionais dos seus alunos. Em 2010, este encontro aconteceu em Atenas, capital da Grécia, e reuniu seis mil pessoas que vivem em vários países.
O orfanato de Ivanovo, construído com recursos da população local e das representações da Cruz Vermelha na Alemanha, Suíça, Dinamarca, Noruega e em outros países. Foram encaminhados para a instituição órfãos de pessoas mortas em guerras e revoluções por independência travadas na Europa, na Ásia, na África e na América Latina.
Cinquenta e seis órfãos encaminhados ao Internato Stassova assim que ele foi constituído alistaram-se como voluntários para enfrentar os nazistas na Segunda Guerra Mundial. Dezessete morreram em combate e os sobreviventes fizeram questão de narrar o heroísmo como eles se portaram diante dos alemães. Entre as vítimas fatais, havia um cubano, um grego, um búlgaro, um iugoslavo, um polonês e um judeu de origem alemã.
Em homenagem a seus heróis de guerra, a direção da Stassova mandou construir uma aléia de acesso ao internato, com dezessete árvores frondosas que receberam os nomes dos dezessete alunos que morreram enfrentando os nazistas.
Família e educação - as missões do Inter Dom
As principais missões do Inter Dom, segundo seus diretores, são: proporcionar a seus internos a obtenção de famílias interessadas em adotar os órfãos e proporcionar àqueles jovens a melhor educação possível na Rússia.
Vários dos seus ex-alunos formaram-se pela Universidade Estatal Lomonossov, de Moscou, pelo Instituto de Relações Internacionais de Moscou e pela Universidade Patrice Lumumba, também sediada na capital russa.
A instituição mantém um Livro Vermelho no qual são registradas as informações dos seus alunos desde a chegada até a saída. Muitos deles, quando voltam para visitar o Stassova, fazem questão de anotar no Livro o seu reconhecimento pelo que aquela escola representou em suas vidas.
A diretora do internato, Galina Chevtchenko, afirma que a instituição é, na verdade, uma numerosa família em que os alunos se tratam como parentes. “Eles se chamam de irmãos e irmãs, e mantêm o clima de fraternidade mesmo quando deixam a escola.” Este mesmo clima, de acordo com a diretora, reina entre os professores e entre os ex-alunos que voltam à instituição para ajudar os mais novos a se ambientarem rapidamente na Stassova.
O Inter Dom ganhou sua feição atual em 1991, e hoje é apontado como o maior orfanato da Rússia. Suas instalações dispõem de moradias, escolas muito bem aparelhadas e uma magnífica sala de concertos. Na instituição moscovita, vivem mais de quatrocentas crianças de todas as regiões da Rússia. Algumas são verdadeiramente órfãs, outras são consideradas “órfãs de pais vivos”, já que foram abandonadas por suas famílias em vários conflitos étnicos.
Como sabem, as Autoridades constituídas podem , e devem seguir exemplos tais, por motivos óbvios, senão, vejamos... Países envolvidos em guerras, que enviam aos campos de batalha seus soldados, fatalmente, quando e durante o período de guerra, tem seus órfãos, e naturalmente, por dever de estado e obrigação moral perante a sociedade, tem de reconhecer os direitos humanos, amparar, dar abrigo e educação, alimentação, assistência psicológica e tornar estes chamados órfãos de guerra, a cidadãos exemplares na sociedade, não virarem as costas e deixá-los a mercê do destino incerto da vida. Mesmo neste Brasil, onde existem outros tipos de “Órfãos de guerra”, sejam os dependentes químicos arregimentados do seio das famílias de baixa renda, onde as crianças são induzidas a serem “mulas”de transporte de drogas, as mesmas são muitas vezes responsáveis pelo tráfico de entorpecentes, muitas das vezes, acreditem, se tornam poderosos chefões das drogas, onde a vida humana não vale mais que um centavo se quer. Deste prisma de visão, novamente pergunto, onde estão nossas Autoridades, que nada fazem para coibir tal situação ? Onde estão aqueles que às custas de promessas, tornam-se “Nobres Edis,Deputados, Senadores”, e a vida continua a ser o que ainda é, para milhares de crianças com futuros indefinidos? Estatutos são criados, Leis são criadas, mas as mesmas autoridades lhes viram as costas, porque tem de ser assim, e assim será até que a sociedade se canse, e dê um basta.
Julio Piovesan – Brasil
Aos 10/02/2012