A santa e o vagabundo.
A santa e o vagabundo.
A frágil irmã de caridade andava pelos corredores frios de uma casa de saúde. Sua única distração (?), era cuidar de enfermos recolhidos nas ruas da grande cidade e dar lhes alívio às suas dores e conforto espiritual.
A vida da irmãzinha parece estar mudando de direção, um belo dia, a ambulância chega e deitado naquela maca, um belo jovem, forte, moreno, de olhar penetrante e de um sorriso tão angelical, que Florinha, pensou estar diante de um anjo de cabelos revoltos. E, sem perceber, deu-lhe atenção de forma tão especial, que se assustou em perceber que sua mente o retratava a cada minuto, que sua voz, seu cheiro, suas palavras bailavam a todos instantes em sua imaginação.
Sem querer admitir, Florinha esmerava-se nos atendimentos, sentia-se feliz, quando entrava no quarto do mancebo, adorava tocar-lhe e apertar suas mão, enquanto lia passagens de otimismo. Foi num desses transes, que pode acontecer na vida de cada um de nós, que a irmãzinha, declara-se apaixonada pelo belo rapaz, ele desprovido de recursos financeiros, sabendo que Flora possuía alguns bens, aproveitou-se da situação, casou se com ela e juntos construíram uma família.
Tudo parecia normal, dentro dos padrões sociais, até que certa vez, Flora notou que o marido, começara a progredir muito nas contas financeira, mas como?Se ele não trabalhava, nunca teve dinheiro e em emprego, como se justifica tanto capital em menos de dois anos de vida conjugal? Quão grande foi a sua decepção, o belo rapaz formou uma quadrilha de roubos as instituições de grande porte.
Desesperada e envergonhada, agora com dois filhos, Florinha vendeu tudo para ajudar o marido a safar se da cadeia, e ir embora para outro país.O martírio não termina aí, de tanto desgosto, ela se acha enferma, câncer linfático. É demitida, e sente a força do desespero, agora, total, sem teto, sem escola dos filhos, sem carro e o pior sem dignidade, passou a ser cunhada como esposa, de ladrão.
MORAL DA HISTORIA; Nem sempre os anjos, são puros.