Opinião - O que Jesus faria?

Opinião

Abraçar um homossexual. Jesus faria isto?

Elisabeth Lorena Alves

O que Jesus faria?

Vi sob uma foto esta pergunta dias atrás e na hora me lembrei da mulher que ia ser apedrejada. Para quem não lembra ou desconhece a História, vale lembrar:

A Lei Mosaica ensina que aquele que for pego em adultério deve ser apedrejado, mas por duas vezes na Bíblia esta sentença é dada a duas mulheres específicas e deixam duas grandes lições. No episódio que me veio a mente, os fariseus e escribas – sempre eles – levam ao Senhor Jesus uma mulher adúltera para que seja apedrejada. Na verdade eles estavam fazendo um teste com Ele, pois sabiam que jamais autorizaria o apedrejamento já que era um dito Deus meio hippie que pregava paz e amor e o perdão absoluto. Intentando pegá-lo em seus ensinamentos para o condenarem, eles acabam por ser responsável por uma das maiores lição de amor que se ouviu falar.

Vale lembrar que a Lei em si mandava que ambos adúlteros fossem mortos, mas eles levaram apenas a mulher. Jesus não questionou nada disto. Ele estava escrevendo na areia - não era os pecados deles – não sabemos o que escrevia, seus cronistas não nos permitiram saber – mas na posição que estava continuou, Quando eles lembraram-lhe sobre a Lei, Ele apenas disse: Atire a primeira pedra aquele que não tiver pecado. E todos retiraram-se calados, oprimidos por suas próprias acusações. E Jesus mandou que a mulher seguisse e que não voltasse a transgredir a Lei, perdoando-a de seus pecados.

Este mesmo Jesus que comia e bebia na casa dos mercadores e pecadores daquela época.

Minha resposta imediata a tal pergunta foi: Jesus os abraçaria. Ele os amaria como merecem ser amados. O homossexualismo hoje é o pecado que nós não perdoamos, mas passamos a mão nas mentiras sociais, por exemplo, quando aceitamos renomear pessoas, coisas e situações para sermos POLITICAMENTE CORRETOS. Sim, ser politicamente correto é mentir, é dourar a pílula dos problemas, sejam eles quais forem. Aceitamos, por exemplo, que os modismos secular impregne na Igreja temendo que nossos jovens se rebelem e afastem da Casa do Senhor. Esquecemos que para muitos o melhor mesmo é conhecer o mal para então se reconciliar com o bem. Infelizmente!

Nesta situação da Parada Gay e do pedido de Perdão da Igreja, não estamos aceitando nada, estamos abrindo as portas da Casa do Senhor para que estes homossexuais, se sentirem necessidade de deixar sua prática e quiserem aceitar viver uma vida pelos padrões bíblicos, tenham um lugar para voltar. Um regaço de fato cristão para pousar a cabeça e aceitarem viver como os demais, é abrir espaço para sua nova opção. Mostrar que estamos nos solidarizando com o ser humano que sofre agressão, discriminação ou preconceito não é ir contra a Bíblia, como diriam os ignorantes, afinal Jesus deu como regra de Fé amar ao próximo. Quando nos colocamos no lugar de alguém estamos amando-o como gostaríamos de ser amado se estivéssemos nesta condição.

É claro que Deus criou apenas homem e mulher e não seres assexuados, mas isto não significa que vamos sair por ai fazendo uma nova Inquisição e colocando no fogo todos os que agem de forma diferente das permitidas pelas religiões.

Sei que muitos acreditam que estas pessoas devem se tornar normais, mas isto também é uma outra questão ignorante. Estes homens e mulheres se tornaram eunucos, deixaram as práticas que a Sociedade e a Bíblia ensinaram, mas a Bíblia deixa-lhes a opção de viverem entre nós como eunucos e se eles querem, podem sim viver entre nós e serem respeitados como seres humanos – porque são, nunca deixaram de ser nosso próximo – e como cristãos – que podem se tornar, se aceitarem a Jesus Cristo.

Claro que há os que assumem sua sexualidade natural e passa a viver como heterossexual, mas mesmo a estes não se deve impor nem o matrimônio nem o celibato, pois estes optaram por aceitar o preceito bíblico, mas devem ser respeitados em suas limitações por conhecerem sua própria fragilidade.

Claro que minha opinião nada tem a ver com ser chamada de antibíblica por que conheço cada passo para a libertação e não estou anulando nenhum deles, mas este passos servem para todos e quaisquer pecados:

Crer em Jesus - João 3.18

Confessar seus pecados - Romanos 10.9

Arrepender-se - Atos 2.38

Deixar de pecar - Provérbios 28.13

Permanecer na fé - João 15.4-5.

Para terminar minha opinião, quero deixar um versículo bíblico e o relato de Nathan Albert, o homem que abraçou o outro de cueca.

O versículo: “Assim Deus criou o homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou. MACHO e FÊMEA os criou” (Gênesis 1.27).

O Relato de Nathan Albert, em seu blog:

” Eu abracei um homem de cueca. E acho que Jesus faria o mesmo.

[...] nós queríamos ser uma voz cristã alternativa aos protestantes que estavam lá gritando “ódio” no megafone.

O que eu mais amei aquele dia foi quando as pessoas “entenderam”. Eu curti assistir a expressão das pessoas quando viam nossas camisetas, liam os cartazes e olhavam de volta pra gente. As respostas foram incríveis. Alguns nos mandavam beijos, outros vinham nos abraçar, outros gritavam OBRIGADO! Algumas garotas vieram e disseram que fomos a melhor coisa que elas viram durante o dia todo. Eu queria ter contado quantas pessoas me abraçaram. Um cara em particular disse suavemente: Bem, eu perdoo vocês.

Ver as pessoas reconhecendo nossas desculpas me fez chorar várias vezes. Aquilo era a personificação da reconciliação.

[...] infelizmente a maioria dos cristãos não pensariam nem se aquele cara dançando de cueca branca (foto) tem um nome. Bem, ele tem. Se chama Tristan. De qualquer forma, eu acho que Jesus o teria abraçado também. Isso é exatamente o que li nas escrituras: Jesus andando com pessoas que os religiosos fugiriam. Alguma relação entre aquela época e agora? Eu acho que sim.

Eu abracei um homem de cueca. Abracei forte. E tenho orgulho disso.

Créditos: http://naytinalbert.blogspot.com/2010/06/i-hugged-man-in-his-underwear-and-i-am.html

Foto: Michelle at maladjustedmedia.com