A nova “Coca” ou A uma relação entre música e bebida ruins
Eu já odeio Sertanejo como um todo: os temas repetitivos, metáforas usuais, cornos, amores mal resolvidos e a parafernália toda. Ademais, infelizmente hoje percebi uma apologia a uma droga que assedia todos os consumidores do gênero: o álcool.
O verso era o seguinte “Sem beber eu fico triste, bebendo eu fico alegre”. Obviamente isso é uma grande referência à suposta idéia de que a bebida traz felicidade e cura as mágoas. Ela de ser forma anestesia o coração da pessoa. Isso não é verdade. Ela causa tormento e depressão, sem contar o vômito e o trabalho aos amigos (isso quando não são amigos só de bebedeira, porque eu já vi no meio de uma “pecuária” um homem numa cadeira no meio do nada com vômito em volta dele –sozinho).
“A felicidade num copo de bebida / Se a cerveja está gelada / Ela fica mais bonita”. Mais um verso da maravilhosa música que demonstra a conexão que se faz entre a felicidade e a cerveja. E ainda dá a característica de ‘gelada’. Quem “gosta” de beber vê isso apenas como afirmação de quem tem que beber mais. Quem está começando a gostar, vê como incentivo para continuar. E quem não bebe, encontra uma válvula de escape.
Além disso, a personificação da cerveja também atrai o consumidor, já que ela seria uma substituta emocional e física da mulher que se foi. Além da forma esbelta dos copos de cerveja (com a parte de cima bem avantajada, se é que você me entende) que lembram o corpo da mulher, a sensação de ‘geladinha’ esfria e aconchega o homem que bebe.
Beber bebida alcoólica não é ser feliz. Nem beber Coca Cola!
Um beijo no seu olho.