Marcelinho Paraíba versus Delegado Emocionado (O feitiço contra o feiticeiro)

Prólogo

"Não é amigo aquele que alardeia a amizade: é traficante; a amizade sente-se, não se diz." - (Machado de Assis).

"Um falso amigo é mais temível que um animal selvagem; o animal pode ferir o seu corpo, mas um falso amigo irá ferir sua alma." - (Buda).

"Em festa onde há homens, mulheres e bebidas a possibilidade das emoções se salientarem é imensurável." - (Wilson Muniz Pereira).

Marcelinho Paraíba acabou detido durante a madrugada dessa quarta-feira, (30/Nov) por suposto envolvimento em uma tentativa de estupro e consequente desacato à autoridade. Isso aconteceu em festa desorganizada (Essa é a minha opinião) promovida em uma granja no Bairro da Glória II, em Campina Grande,PB, terra natal do atleta.

De acordo com a Polícia, Marcelinho teria tentado beijar à força a suposta irmã do delegado Rodrigo Rego Pinheiro. Como a mulher supostamente recusou a avulsão do desejo externada por um beijo, ele (Marcelinho) a teria agredido. Três viaturas foram acionadas para responder ao chamado do titular do distrito de São José da Mata. Detiveram o jogador e mais três amigos.

Marcelinho Paraíba pode responder pelo crime de estupro, previsto no artigo 213, do Código Penal Brasileiro, que define o delito como qualquer ação que constranja mulher à conjunção carnal, mediante violência ou grave ameaça. Os amigos do jogador, que não tiveram seus nomes revelados, vão responder por desacato à autoridade.

Os fatos acima são apenas um clichê, lugar-comum ou chavão de nossos noticiosos no dia a dia da sociedade sempre ávida por escândalos. Por que isso acontece? Sabemos que o binômio mulher e bebida nunca fez (faz) bem aos atletas, mormente aos jogadores de futebol.

Sem a necessária temperança, quaisquer beatitudes, principalmente as supracitadas (mulher e bebida) quando não bem administradas, causam prejuízos de ordem moral, financeiro, familiar e social, não necessariamente nessa ordem, não apenas aos atletas, mas a quem se aventurar nas vielas tortuosas da leviandade.

Os incidentes entre jogadores e mulheres são recorrentes e as delegacias e detenções substituem a bola e o campo. Ora, onde existirem homens, mulheres, bebidas e outras drogas permitidas ou não, som, excessos outros que liberam a adrenalina a possibilidade da ocorrência de ilícitos é bem maior.

Eles - os atletas - (Não todos) investem em festas particulares, roupas, brincos e outras joias, carros, barcos, helicópteros, imóveis, etc., mas não cuidam de uma lapidação primorosa de uma formação ou comportamento social exemplar. Resultado: A mídia aproveita a ocasião e nós blogueiros acompanhamos de perto esses escândalos escabrosos que aparecem com frequência nos noticiosos.

Lembremo-nos de outros atletas e artistas brasileiros nas diversas áreas (Esportes, cinema, teatro, televisão, etc.). Vez por outra aparece na mídia algo fétido, em decomposição, que faz a festa dos blogueiros, (inclusive Eu), da imprensa falada, escrita, televisiva. Com esses escândalos alguns se promovem, outros se incomodam (sofrem os familiares), alguns mais perdem o emprego, a credibilidade, por terem caído em desgraça.

Por falar em cair em desgraça, no caso Marcelinho Paraíba, o adoidado delegado Rodrigo do Rego Pinheiro, que se declarou irmão da suposta vítima Rosália, despreparado, pela manhã, já na delegacia, exaltou-se com os repórteres que lhe foram perguntar se ele teria atirado para o alto para assustar o jogador e seus amigos.

A conversa foi registrada em um vídeo que se espalhou pela internet. O policial negou, chamou o grupo que acompanhava Marcelinho de "maloqueiros" (Ele estava no ambiente e acompanhava o dono da festa), disse que eles portavam armas e que, apesar de não ter disparado, deveria ter "atirado na cara". Pronto! Com essas palavras Ele mostrou seu lado em desequilíbrio e sem condições de portar uma arma de fogo.

No fim da conversa, irritado, Ele chamou os repórteres de "imbecis", deu tapas nos microfones e chegou a empurrar os jornalistas. Quando pensou (alguém desse naipe pensa?) que a conversa não estava sendo registrada, disse que se o câmera filmasse a cena Ele o iria "perseguir". Detalhe: As imagens são da TV Borborema, afiliada do SBT na Paraíba. Com essas últimas palavras o emocionado delegado trapalhão assinou o seu atestado de incompetência funcional e pessoal.

Toda essa confusão, desequilíbrio emocional, fez-me recordar um texto que escrevi e publiquei no Recanto das Letras há algum tempo. Trata-se do texto: "A MISÉRIA HUMANA". Naquela ocasião Eu escrevi motivado pelo caso Bruno (Ex-goleiro do Flamengo e também trapalhão).

A mídia não é capaz de reprimir os anseios da sociedade cada vez mais ávida e assustada com a violência que assola o país. A imprensa intermedeia as discussões, eivadas de acusações impróprias entre expectadores, advogados, supostos acusados e vítimas, familiares, amigos e afins.

CONCLUSÃO

Sempre que Eu organizo uma festa na Fazendazinha do Hulk, da Jade e de inúmeros outros animais que apaixonadamente crio a primeira providência que tomo é selecionar com muito rigor os meus convidados. Contrato um excelente serviço de bufê para não me preocupar com as bebidas e comidas. Tomo outras medidas tais como:

1. Organizo um serviço de segurança para recolher as armas e munições de meus convidados civis, militares e assemelhados (possuidores de porte de arma de fogo), catalogando e fornecendo recibos para os donos do material recolhido. Os que se declararem desarmados, à boa-fé, após revista pessoal pela equipe de segurança, recebem de brinde quatro tíquetes (tickets) para duas doses de uísque e dois energéticos (Red Bull);

2. Só será permitida a entrada no salão de festas os que aceitam entregarem suas armas e munições que, comprovadamente estejam registradas nos Órgãos de Segurança constituídos. Arma sem registro é coisa de criminoso (Lei 10.826, de 22 Dez 2003);

3. Distribuo por escrito, na ocasião da entrega dos convites, as normas da festa (tertúlia). Por exemplo: aviso que as mulheres com pulseiras verdes no pulso esquerdo são livres e poderão, se quiserem, aceitar abordagens de quaisquer pessoas para fins diversos.

já as mulheres com pulseiras vermelhas são comprometidas e não estão disponíveis ou interessadas nos xavecos dos convidados. Ninguém será obrigado a aceitar inconveniências de quem quer que seja.

Agindo desse modo dificilmente haverá alguma aventureira acusando um meu convidado de tentativa de constrangimento, ameaça, estupro, etc.. As festas que Eu organizo têm hora para o início e término! Há transporte, com motorista experiente e discreto, para deixar os convidados que se declarem necessitados desse serviço em suas residências a partir de determinado horário.

Ora, ora, ora... Marcelinho Paraíba (O dono da festa) foi liberado da prisão depois de ser detido em sua própria granja, no Bairro da Glória II, em Campina Grande,PB, acusado de tentativa de estupro. Ele recebeu o alvará de soltura após uma análise do juiz Paulo Lacerda, da 5ª Vara Criminal de Campina Grande,PB.

A decisão é preliminar e de ofício, isto é, não houve a necessidade da intervenção dos advogados do acusado. Claro que o jogador vai responder o processo em liberdade.

A sorte do atleta (culpado ou inocente) foi o desequilibrado e despreparado delegado Rodrigo do Rego Pinheiro, irmão (segundo declarou) da suposta vítima Rosália, ter recebido as atenções da mídia pelo seu (dele) destempero emocional.

ASSISTA AO VÍDEO EM QUE O DELEGADO AGRIDE E AMEAÇA DOIS REPÓRTERES ACESSANDO O LINK (Marque, copie e cole na janela de seu navegador):

http://www.youtube.com/watch?v=FHMdYS7I3Qw&feature=player_embedded

Depois desse corre-corre e quiproquó Marcelinho Paraíba foi detido na manhã dessa quarta-feira após ser acusado de tentar estuprar uma mulher de 31 anos em uma festa particular em Campina Grande,PB. A suposta vítima Rosália de Abreu, que diz ser irmã de um delegado local, teria sido agarrada e forçada a beijar o atleta que, na minha opinião, NÃO SOUBE OU NÃO SABE ORGANIZAR UMA FESTA!

PALAVRAS DOS ADVOGADOS DO ATLETA MARCELINHO PARAÍBA

"Nós [advogados] nem tivemos de pedir nada. O juiz analisou os elementos da prisão e viu que não haviam indícios de estupro e nada que indicasse o crime. Além disso já saiu a decisão da Corregedoria da Polícia Militar de afastar o delegado do caso [irmão da suposta vítima]", disse Marco Salles, um dos advogados do atleta do Sport.

Os advogados de Marcelinho confirmam a festa, dizem que ele conhecia a suposta vítima e que tudo não passou de um mal-entendido. (Mal-entendido?). Eu diria malfadada empreitada lúdica!

Vejamos os axiomas ou refrões, no parágrafo abaixo, citados pelos mais antigos:

"Em terra de cobra sapo experto também rasteja" ou ""Quem é arruela não faz contrato com parafuso" (Há versões mais obscenas desse refrão) ou "Quem sai na chuva quer se molhar" ou "Em festa onde há homens, mulheres e bebidas a possibilidade das emoções se salientarem é imensurável." (Esse refrão é de minha criação).

Alguma mulher de bom senso é capaz de fazer uma queixa-crime contra algum homem acusando-o de estupro por causa da tentativa de um beijo? Sendo irmã de um delegado, também convidado pelo dono da festa (Marcelinho Paraíba) essa mulher deveria ter sido orientada a não provocar o vespeiro chamado mídia a troco de alguns momentos de fama.

Culpado ou inocente houve um descalabro nessa malfada festa que culminou com o afastamento das funções do delegado que, no meu entender, NÃO POSSUI QUALIFICAÇÃO suficiente ao menos para ser guarda-noturno de zoológico ou flanelinha de casas noturnas (com todo o meu respeito por esses profissionais da noite).

Repito: Para fazer um bom e justo juízo de valor é só assistir ao vídeo no endereço abaixo. Para isso marque, copie e cole na janela de seu navegador:

http://www.youtube.com/watch?v=FHMdYS7I3Qw&feature=player_embedded

Quanto ao deslumbrado e desnorteado atleta acusado de estupro, culpado ou inocente, creio que deverá aprender a ser mais seletivo com os seus convidados nas próximas festas que participar e/ou organizar.