Paz: Mas, o quê é mesmo paz? Utopia ou alvo atingível?
Aproxima-se dia 1º de Janeiro, data por muitos comemorada como Dia Mundial da Paz!
Seria a paz um estado de espírito ou ausência de guerras?
Muitas são as interrogações daqueles que buscam a paz vinda de fora para dentro. Muitas são as proposições daqueles que como Jesus conseguem perceber a importância da verdadeira paz que surge de dentro para fora. Jesus disse: "7 Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; eu não vo-la dou como o mundo a dá. Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize. "(João 14:27).
Dando a entender que existem várias espécies de paz. A paz interior e a exterior. Uma espiritual, outra no âmbito das ações, atitudes e gestos humanos que proporcionam o um estado de espírito tranquilo ou de agressividade como resultados de atitudes e ações entre pessoas ou entre nações.
A paz sobre a qual Jesus menciona é de natureza interior e espiritual. Independe das circunstâncias externas, de atitudes favoráveis ou contrárias por parte dos seres humanos – muitos do quais bem desumanos -, mesmo assim, querem paz para si e nem sempre proporcionam paz aos demais.
Em Mateus 10.34 Jesus diz: “Não penseis que vim trazer paz à terra; não vim trazer paz, mas espada. 35 Porque eu vim pôr em dissensão o homem contra seu pai, a filha contra sua mãe, e a nora contra sua sogra; 36 e assim os inimigos do homem serão os da sua própria casa”. Afirmou que ele não veio ao mundo trazer paz a todos. Pelo contrário ele veio produzir guerras, até entre familiares. Pois suas demandas quanto à vida cristã entram em choque com as demandas de uma vida desregrada. E tal provoca desconforto e confronto entre familiares, entre nações.
As nações buscam paz. Algo utópico, impossível de se vivenciar na íntegra. Não basta um dia para ser comemorado como dia da paz. Enquanto se provo guerras para acabar com os semelhantes por serem de ideologias diferentes, ou por terem petróleo ou minas de ouro cobiçadas por muitos. Não haverá paz de verdade, enquanto forem plantadas minas e bombas capazes de destruir crianças inocentes. Sejam bombas no formato de borboletas para atraírem tais crianças, sejam bombas menos atrativas, porém tão destrutiva quanto qualquer outra.
Mesmo havendo acabado os conflitos sangrentos, permanecem os conflitos emocionais, as neuroses resultantes das guerras bélicas. Não basta um belo discurso sobre paz. Um belo discurso ou um dia a ser comemorado não é suficiente para desfazer os traumas resultantes dos conflitos armados, mesmo quando os confrontos são findos. Confronto é ausência de paz. E paz não significa exclusivamente ausência de guerras ou conflitos. Estes sempre estarão presentes na forma espiritual ou bélica. Como se pode perceber nos países onde aconteceram confrontos armados.
Durante tais confrontos plantou-se minas nas estradas e terras férteis onde poderiam haver plantado árvores frutíferas que produzissem frutos, alimentos para a vida e divisas para os países, bem como alimento para suas crianças. Com a ausência de produção de tecnologia de ponta e com a presença da fome – seja fome de alimento ou fome de justiça e paz -, não há paz de verdade, mesmo que haja um dia dedicado à paz mundial.
Como se falar em paz mundial em tal cenário e realidade? Utópica é tal proposta de paz!