Sociedade Mórbida

Diariamente somos atraídos por tudo aquilo que nos faz mal. Vivemos de forma egoísta pensando somente em nós.

Dificilmente agradecemos a Deus pela oportunidade maravilhosa de respirar. Quando vêm as dificuldades, lembramos vagamente que Deus é o “culpado” por estarmos em tal situação. Engraçado, aprendemos a buscar um deus resolve tudo, e deixamos de admirar um Deus amigo e amoroso que faz de tudo para se aproximar de nós.

Aprendemos a buscar outro tipo de deus: “o dinheiro”, o deus do momento, por ele damos a nossa vida, a nossa alma e até nossos amigos, filhos, cônjuges e pais. Que triste, gostaria de ser como antes, de voltar a acreditar que o amor vale mais que o dinheiro, que o carinho vale mais que os bens materiais... Onde estão nossos sonhos, felicidades e alegrias? Aliás, será que isso ainda existe? Não sei.

Talvez seja pelo fato do dinheiro comprar muitas coisas a ilusão de se acreditar que ele pode comprar a paz, o amor e o carinho. Como somos infantis, caímos na ladainha dessa sociedade mórbida que perdeu o significado da existência e passou a aderir ao hedonismo.

Onde vamos parar quando conquistarmos tudo com o nosso dinheiro? Com quem iremos compartilhar toda a nossa luxuria? Será que vale a pena correr atrás de sucesso e prazer e deixar para trás o que realmente importa?

Quem me dera fazer com que as pessoas compreendessem que a arte de amar supera a violência, a desigualdade, o racismo, o preconceito e a religião. Se vivêssemos em uma sociedade movida pelo amor verdadeiro será que seria necessário correr atrás do sucesso? Certamente não. O sucesso corre atrás de quem ama, o dinheiro por si só patrocina os amadores apaixonados pela vida. Se todos nós plantássemos o amor não viveríamos movidos pela ansiedade do amanhã, mas sim, pela grandiosidade do presente, a magnitude do momento. Se fossemos a sociedade do amor, não existiriam mendigos, crianças abandonadas, pais de família passando fome e muito menos desigualdade social.

Mas infelizmente a falta de terra fértil nos fez deixar de plantar o amor, e com isso, as “pragas” dominaram o nosso arado e perdemos a esperança de acreditar no amor.

Adoecemos, e o pior é que nossos médicos não têm tempo de produzir um antídoto, até porque quem patrocinará os medicamentos, se todos os nossos políticos estão corrompidos?

Cabe a nós mudarmos o nosso “mundinho” e mostrar para a nossa sociedade que ainda é possível amar, que se não temos mais terra fértil para plantar o amor, temos ainda a essência do amor impregnada em cada um de nós.

Por favor, caro leitor, não se deixe levar pelo brilho “sombrio” de uma sociedade doente que há muito tempo deixou de pensar no próximo e passou a viver para si mesmo.

Vamos acreditar que vale a pena amar, se por acaso alguém persuadir-lo a mudar de idéia, seja forte, e não se entregue aos caprichos de uma nova era onde o amor, a alegria e paz passaram a ser desnecessário, desde que se tenha dinheiro no bolso.

Luciano Cavalcante
Enviado por Luciano Cavalcante em 11/11/2011
Código do texto: T3330910
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