Celebridades! O mundo da Fama!
Qual sua fama? Que resultados tem produzido? Bons? Ruins? Ou nenhum?
Quais os conceitos sob os quais a fama pode ser construída?
Todos devem formular conceitos durante sua existência nesta Terra/mundo, para obter parâmetros que lhe dê condições para avaliar aquilo que lhes convém, e saber o que deve ser descartado durante a construção de sua fama.
Seja um conceito ético essencial, conceito estético de beleza física, moral, religioso, ou político.
A partir do viver pautado nos pilares dos conceitos examinados, avaliados e adotados como diretrizes para a construção da sua história de vida, o ser humano pode construir sua fama: seja ela boa ou ruim. Será sempre um reflexo ou sombra sobre sua pessoa, ações e convicções.
Jesus, o Mestre por excelência tinha boa fama. Não como a fama de muitos na pós-modernidade.
O Livro Guinness World Records trás anualmente recordes esdrúxulos em sua lista de famosos por excentricidade tais como: ter a maior língua do mundo – grande em comprimento, não apenas na capacidade de ferir ou matar outrem -; outros ostentam a fama por haverem comido dezenas de hot dog em dez minutos; ser a mulher com o cabelo mais comprido do mundo.
Em que a fama de tais pessoas acrescentou algo de bom, produtivo ou tenha agregado valor à vida da humanidade, ou pelo menos às pessoas do seu circulo de amizade?
Jesus tinha sua fama que percorria toda a Judéia e circunvizinhanças.
Qual era a fama de Jesus? Em que sentido, sua fama pessoal é semelhante à fama de Jesus?
Na prática da justiça? Do perdão? Do amor ao próximo sem esperar retorno?
Em passar “panos quentes”, ou “fazer vistas grossas” quando perceber erros?
Qual tem sido sua fama? Minha fama? Nossa fama diante das circunstâncias e decisões a serem tomadas na vida? De alguém conivente com erros? De um "justiceiro mortal", contundente?
Vamos conhecer um pouquinho sobre a fama de Jesus a qual servirá de parâmetro para nossa formulação de opinião sobre a verdadeira fama que interessa e vale à pena ser buscada, desenvolvida e divulgada.
No Evangelho de Lucas, cap. 4.14-15, encontramos; “Jesus era louvado por todos”.
No seu agir ele era um cidadão injusto? Manipulador de situações de forma a favorecê-lo? Conivente com erros para não perder amigos?
Não! Mil vezes não! Vemos que ele:
-lia a Palavra de Deus – seu pai -, e nem precisava disto, já que era Deus;
-anunciava as boas novas aos pobres – financeiramente falando, pobres de espírito, de paz, (perturbados por espíritos malignos);
-restaurava a visão aos cegos – tanto cegos físicos, quanto cegos espirituais, morais, éticos -;
-proclamava a libertação aos cativos – pelo diabo e seus anjos maus, cativos presos a enfermidades ocasionadas por espíritos maus -, se fosse hoje, Ele libertaria os cativos do mau humor, da prostituição, dos vícios das drogas, do orgulho, da rejeição e sentimento de inferioridade, presunção e outros milhares de calabouços que aprisionam os seres humanos.
Até em Atos 10.36 a 38 relata sobre a fama de Jesus como libertador corria “38b (…) o qual andou por toda parte fazendo o bem e curando a todos os oprimidos pelo diabo, porque Deus era com ele”.
Um bom nome, bons planos que alcancem bons resultados produzindo boa fama, dependerá de quem está na liderança do seu homem interior. Deus ou o diabo.
Jesus era famoso, seu trabalho tinha objetivos concretos e benéficos para todos que o cercavam porque Deus era com ele.
Porque ele não era conivente com nenhum tipo de erros. Amava o ser humano, não os erros praticados por nenhum ser humano. Mesmo que tal ser humano estivesse no topo do comando podendo conceder-lhe privilégios. Jesus não se dobrava a estes encantos que acenam para o homem.
Na pós modernidade, os seres humanos querem ter boa fama, quanto maior melhor. Porém, muitos acobertam erros crassos, falcatruas, ou práticas não éticas para não borrar a imagem – seja a sua ou do outro – ou ainda para tirar proveito da situação. Jesus não agia desta forma.
Ele não passava panos quentes. Dizia ao pecador: "Vá e não peques mais". Ou em outro caso: “Acautelai-vos e guardai-vos de toda espécie de cobiça; porque a vida do homem – a fama - não consiste na abundância das coisas que possui”.
Em Lucas 12.20 Jesus diz: “Insensato – louco – esta noite te pedirão a tua alma, e o que tens preparado para quem será? De que te servirá? “Assim é aquele que ajunta para si próprio tesouros - riquezas, fama fúteis, ambiciosas -, mas não é rico para com Deus”.
Lucas 16,15b reforça: “Deus conhece os vossos corações, porque o que entre os homens é elevado, -alguns tipos de fama - perante Deus é abominação”.
Poderás ter a maior fama, ter seu nome no guinness, porém, se o conseguistes sem ter a direção de Deus, se ninguém for beneficiado através de tua fama, todo teu trabalho terá sido vão. Serviu apenas para coçar o Ego, sustentando o orgulho ao qual Deus abomina.
Qual é tua, a minha, a nossa fama? Em que ela tem beneficiado outras pessoas ao teu redor?
Tens estudado, conseguido muitos diplomas, fama acadêmica com objetivos nobres para melhorar a qualidade de vida de muitos ao seu redor, ou para conseguir uma carreira cobiçada e ter dinheiro?
Em quais áreas da humanidade – ou o pobre ser humano que está ao seu redor – tem sido beneficiado através de sua fama?
Um trabalho acadêmico feito com o objetivo de derrotar os concorrentes​? Para te fazeres subir ao pódio e receber medalhas? Ou um trabalho útil, necessário, que demonstre a ação nobre de uma mente em busca de solução para problemas quase insolúveis que afetem pessoas ao seu redor ou a humanidade?
Na atualidade, há muita competição em se produzir trabalhos acadêmicos que rendam um belo título ao aluno, ao orientador e à Universidade consequentemente. O que não é errado em si. No entanto, no afã da corrida para a conquista, há o risco até do control C+control V dando resultados surpreendentes para quem saiba traduzir textos em idiomas distantes da grande maioria analfabeta digital e não trilíngue. Quem sabe traduzir pode construir uma imagem de sabedoria, a partir do control c + control v da vitória. Tal ação nada teria de nobre, mesmo que seja em benefício de outros que dela necessitem para sobreviver às pobrezas e vicissitudes da vida. No entanto, tal fama e valor não são o alvo deste tipo de conquista que deve beneficiar pessoas.
Recentemente em 2007, a UNESCO patrocinou um concurso de redações. Como resultado, 100 concorrentes foram premiados e agraciados com a edição de um livro trilingue com o resultado de seus trabalhos. Fato que lhes rendeu certa fama. Até aí tudo bem. Prometeu-se algo e foi realizado o prometido pela instituição internacional de renome.
Uma pergunta que não quer calar!
Na prática:
Quantas soluções oriundas destas redações já foram desenvolvidas ou estão sendo colocadas em prática, como forma a beneficiar a sociedade como foi proposto inicialmente? Um vez que o foco parecia ser este.
Cadê? Trouxe fama para a UNESCO, para os 100 estudantes premiados, para as Universidades representadas. E para sociedade qual foi a parcela contributiva em dar-lhe fama ou mudança?
A copa do mundo vem aí: 2014.
O que poderemos mostrar ao mundo – sete anos após o concurso - como resultado prático deste concurso que se utilizou da pobreza em massa como material de pesquisa “prometendo promover” alguma solução prática.
O que se materializou, ou resultou como bom resultado para a sociedade afetada pela pobreza a qual "serviu como material de pesquisa" para a produção das redações?
E a sociedade afetada pela pobreza que serviu como tema, como ficou, o qu recebeu em troca após a premiação dos estudantes? O que já foi realizado de prático para se vencer tais pobrezas ebefeiciar tal sociedade?
O que tal sociedade recebeu como retorno em servir como material para redações teóricas que renderam boa fama para seus escritores?
Uma fama que valia à pena ser lembrada, deve agregar valor àqueles que dela partilham.
Deve ser veículo de transformação, libertação em vários aspectos, como bem o coloca o grande Paulo Freire, quando diz que a educação deve promover libertação do oprimido em relação ao opressor. Deve ajudá-lo a desfrutar da segurança que o saber proporciona.
Fama por coisas efêmeras e transitórias, trará resultados igualmente transitórios, efêmeros e sem consistência. Em que as viagens até Paris mudou o cotidiano da sociedade cuja pobreza foi utilizada e pesquisada.
Qual é a minha fama, a tua fama, a nossa fama diante de uma sociedade carente de conceitos sólidos promotores e alavancadores de mudanças consistentes – não transitórias, nem efêmeras?
Em que nossa fama tem ajudado a sociedade a tornar-se melhor, ou tornar-se um ambiente melhor para se viver, tanto no aspecto político quanto religioso ou educacional?
Tem sido fama promotora de libertação do jugo opressor, seja ele espiritual, cultural, religioso, ou politico?
Tem sido uma fama formadora do divisor de águas entre o antes e o depois das situações críticas nas quais muitos estão mergulhados?
Não basta ter fama! Tem que saber o que ela pode fazer para melhorar o ambiente e a sociedade em geral na qual vivemos. Boa fama, se constrói, se conquista! Má fama também!
É uma questão de escolhas e ação na direção correta e concreta.
Para que direção nossa fama está nos levando?
O que ela está construindo ou ajudando a construir? Uma sociedade melhor mais justa, ou uma sociedade de alienados como massa amorfa?