USP: QUANDO O ERRADO VIROU O CERTO

NO DIREITO DE OPINAR:

O tudo que São Paulo e o Brasil têm presenciado no Campus da USP é extremamente lamentável. Não dá para passar despercebido, em branco.

As cenas filmadas e mostradas à sociedade no faz pensar até que ponto os nobres estudantes, apenas por serem universitários, têm o direito de, nas suas reivindicações, destruir o patrimônio Público que lhes serve.

O que nos é mostrado é indiscutível vandalismo e atos de extrema violência, provavelmente praticados por vândalos infiltrados entre os estudantes, e que aproveitam das emoções ali insufladas, só pode ser.

Fica difícil acreditar que um universitário queira colocar em risco sua própria "liberdade democrática" tão duramente ali defendida e conquistada através dos difíceis tempos enfrentados pela história estudantil brasileira.

Em nome dos "direitos universitários" colocam na berlinda suas próprias razões quando nitidamente ultrapassam a linha demarcatória do direito do outro, inclusive de assistir aulas num ambiente seguro, saudável e democrático, sem lesões a quem quer que seja.

Direito e cidadania estão muito distantes de vandalismo, de bagunça e de desrespeito e convenhamos, fica praticamente impossível para o Estado assistir a tudo isso passivamente sem dar à situação um razoável ponto final.

Afinal, ali também há um enorme custo ao contribuinte que espera que seus impostos via ICMS sejam respeitados.

A USP é de todos nós, sociedade interessada em formar bons profissionais para dar sequência ao destino deste Brasil tão confuso, que sequer consegue respeitar seu cidadão comum.

Eu pergunto: qual é o exemplo que toda essa revolta da USP quer plantar na sociedade? Seria a de que se ganha as propostas ideológicas no grito de guerra? Não seria a mera repetição dum passado malfadado?

E tal atitude não seria violência como qualquer outra?

Com todo respeito a toda gente boa que estuda no Campus da USP, estudantes diferenciados e dotados de acurado discernimento, e em nome do direito DE TODOS estudarem em paz, concluo que ali há cenas que parecem de ficção e nos geram medos e questionamentos.

A que ponto chegamos, num ponto de total quebra da autoridade legal.

Decerto que o Estado não poderá silenciosamente negligenciar e acatar vandalismo gratuito espelhado no tudo de errado que hoje filosoficamente virou certo.

Vale lembrar que ordem não é sinônimo de autoritarismo.

Que pena quando o exemplo é vilipendiado justamente por quem seria o esperado exemplo maior. Quiçá a única esperança.

Assim socialmente selaremos, não o começo, mas a derradeira sedimentação do fim.