Existem famílias a morar em barracos

Marcos Olavo

Existem famílias a morar em barracos.

Invadam seus barracos na hora do almoço,

Pois não têm valor no bolso

E não podem sair das casas de palhas,

Pois a morte gera pra esse povo.

Cinco mil famílias moram como pedras de domínios

Dentro de uma caixa, presos em preto e branco.

Sem condições de ter uma mansão

Pelo peso da destruição da cultura.

Mas, em tarde de eleição favorita,

As mãos do poder favorável,

Foram destruídas cinco mil famílias,

Pelas chamas do vulcão.

A força, mais uma vez, age impensável.

Usando a força bruta aos pobres,

Que tanto, por direito, abriu a mão do não

E apertou o botão do sim.

Isso é uma vergonha aos olhos do honesto,

Muitas fotos a mostrar a destruição do coração

De famílias pobres e famílias carentes,

A ordem e progresso são obedecidos.

A televisão mostra outra novela de terror,

Tendo como o papel principal o verde da bandeira do Brasil,

Em maior forças caminham a destruição do pão do povo.

Dando-lhe nem chance de retirar a farinha.

Em massa, os vampiros vão beber sangue das ovelhas,

Exterminador, cada um que vive na luz clara da paz,

E passando as máquinas voadoras da terra

Assoprando como se fosse um vendaval feroz.

E depois da vitória acreditam que fizeram o bem.

Vemos a pura realidade crua e nua do poder

E da violência burra sem sentido.

Acham que estão marchando ao som do apito leal,

O apito que leva a vitória do mal.

Essa é mais uma página de um livro da morte,

Que retrata da história derrubada de um povo morto,

Que não é reconhecido pela a nação ordem e progresso,

Que conhecem quando aperta o botão verde da concordância.

"Esta foi a mais amarga carta de vida.

"Saudações minhas a dor, a cada inverno, a pessoa em luta"

Escrito por: Marcos Olavo