SÁBADO é dia de pretexto.
Por Carlos sena
Por Carlos sena
O tempo passa, a modernidade se estabelece, as relações afetivas se modificam, mas a essência da nossa natureza permanece sempre inalterada. Por mais que se inventem utensílios domésticos de ultima geração, eletros portáteis e eletrônicos surpreendentes nada têm alterado significativamente a nossa estrutura de relacionamento. Nem mesmo o celular – essa surpreendente invenção que diminui distâncias físicas, mas nem sempre as diminui no quesito do afeto, da quebra da solidão.
O tempo passa. Nada além dele se estabelece de concreto em nossas formas de diminuição, por exemplo, do preconceito. Por exemplo, do falar da vida alheia. Por exemplo, de cultivar as verdades sem querer com isto, programar nossas mentiras. A violência urbana anda de “moto”. A vida está banalizada em cada crime não apurado; em cada acidente de trânsito pela imprudência da direção associada à bebida, ao álcool; em cada pessoa que vive a tirar vantagem dos menos favorecidos; em cada escola sem aluno e em cada aluno sem professor e deste sem salário, nem dignidade de vida.
A vida se banaliza como que se negando a aceitar essa mistura de ser moderno sem responsabilidade. Do outro lado da rua há sempre alguém sofrendo; do lado da nossa casa pode haver alguém morrendo; do lado do nosso apartamento pode haver alguém matando; do nosso lado, na rua ou na avenida, há alguém levando consigo angústia e solidão. A felicidade parece andar a cavalo, enquanto seu contrário vem por telefone celular, pelo Intel Sat ou pela TV.
Da janela do décimo andar vejo o sábado passando sobranceiro. Ignora-me e te ignora também. A água do mar mar-asmo não tem. O sol do infinito, sol-idão não tem. O ar frio que nos cerca ar-timanha não tem. O homem tem mar-asmo, sol-idão e ar-timanha. Mais arte do que manha. Manhã dos nossos entardeceres cheios de incertezas, posto que o tempo passa, mas a gente não passa com ele. Como não passamos com ele, nos carrega nos ombros para o desfiladeiro das mais tenras ilusões de um dia sermos felizes por completo, eternos por completo em nossa incompletude... Enquanto no facebook, as pessoas dizem kkkk; outras “curtem” nem sei o que; outras hehehe, num nem sei o que. Postam fotos, mas não se postam; postam textos, mas são pretextos de si mesmas; acham graça em conversar com mais de uma pessoa em vários canais abertos de bate papo, mas são incapazes de levar um papo sério ao vivo e em cores. Calma. Se você é exceção em também sou e não é pra nós este texto.
O tempo passa. Nada além dele se estabelece de concreto em nossas formas de diminuição, por exemplo, do preconceito. Por exemplo, do falar da vida alheia. Por exemplo, de cultivar as verdades sem querer com isto, programar nossas mentiras. A violência urbana anda de “moto”. A vida está banalizada em cada crime não apurado; em cada acidente de trânsito pela imprudência da direção associada à bebida, ao álcool; em cada pessoa que vive a tirar vantagem dos menos favorecidos; em cada escola sem aluno e em cada aluno sem professor e deste sem salário, nem dignidade de vida.
A vida se banaliza como que se negando a aceitar essa mistura de ser moderno sem responsabilidade. Do outro lado da rua há sempre alguém sofrendo; do lado da nossa casa pode haver alguém morrendo; do lado do nosso apartamento pode haver alguém matando; do nosso lado, na rua ou na avenida, há alguém levando consigo angústia e solidão. A felicidade parece andar a cavalo, enquanto seu contrário vem por telefone celular, pelo Intel Sat ou pela TV.
Da janela do décimo andar vejo o sábado passando sobranceiro. Ignora-me e te ignora também. A água do mar mar-asmo não tem. O sol do infinito, sol-idão não tem. O ar frio que nos cerca ar-timanha não tem. O homem tem mar-asmo, sol-idão e ar-timanha. Mais arte do que manha. Manhã dos nossos entardeceres cheios de incertezas, posto que o tempo passa, mas a gente não passa com ele. Como não passamos com ele, nos carrega nos ombros para o desfiladeiro das mais tenras ilusões de um dia sermos felizes por completo, eternos por completo em nossa incompletude... Enquanto no facebook, as pessoas dizem kkkk; outras “curtem” nem sei o que; outras hehehe, num nem sei o que. Postam fotos, mas não se postam; postam textos, mas são pretextos de si mesmas; acham graça em conversar com mais de uma pessoa em vários canais abertos de bate papo, mas são incapazes de levar um papo sério ao vivo e em cores. Calma. Se você é exceção em também sou e não é pra nós este texto.