A Nossa (Des) Igualdade

É engraçado como todo mundo é igual. E é engraçado como todo mundo pensa que é diferente. Todo mundo pensa que é alguém diferente em meio à humanidade!!! Mas sabe que isso até é natural, porque a raça humana não admite a igualdade. A raça humana só vê a competitividade. E vendo a competitividade, tende a buscar alguma forma de se destacar. Logo, tende a pensar ser diferente dos demais. E se de alguma forma, seja financeira, física, psicológica, etc., se destaca, tende a ser “alvo”. É como diz o ditado: “prego que se destaca é martelado”. Doravante, queixa-se por ser martelado, haja vista não ter feito mal a ninguém. Ora, se todos pensam ser diferentes, sempre no sentido de ser diferente para melhor, sempre, então não pode haver ninguém diferente melhor que “eu“ diferente. Logo, o diferente “martelado” estaria, sim, fazendo mal a alguém, a vários, eis que ele não poderia ser um diferente melhor que os outros diferentes.

É engraçado como todo mundo é igual. O ser humano tem suas faces boas, mas é cruel. Com exceção de você já ter sucesso – no seu entender –, você, na sua intimidade, não deseja o sucesso alheio. Como você pode ter menos sucesso que outro ser humano? Não pode, não é mesmo!

É engraçado como todo mundo deveria ser igual diferente. Todo mundo é, de fato, diferente, mas todo mundo no seu diferente alguma vez mirou o diferente alheio, e isso o tornou naquele momento um igual. Como seria interessante se todos desejassem veementemente o sucesso geral da vida alheia. Como seria agradável se todos vivessem numa igualdade superior. Só seria. Infelizmente, toda a raça humana nasce cruelmente competitiva. “Eu quero ser mais que ele!!!” Não expõem por vergonha. Ao menos vergonha na cara, alguns têm.

Seria engraçado se não fosse trágico!!!