Direitos Humanos
Ao passear pelo prédio da Caixa Econômica Federal, no centro de São Paulo, deparei-me com a exposição: Direitos Humanos, Imagens do Brasil, que ficará aberta ao público, com entrada gratuita, de 24 de setembro até 27 de novembro de 2011.
Impossível ficar insensível com esses retratos de nossa história destacados nas paredes do prédio com mais de 200 anos, que hoje abriga o Centro Cultural Caixa. Porque, como disse John Donne: “Nenhum homem é uma ilha isolada; cada homem é uma partícula do continente, uma parte da terra; se um torrão é arrastado para o mar, a Europa fica diminuída, como se fosse um promontório, como se fosse a casa dos teus amigos ou a tua própria; a morte de qualquer homem diminui-me, porque sou parte do gênero humano. E por isso não perguntes por quem os sinos dobram; eles dobram por ti”.
Quantos lutaram, alguns até ao ponto de perder sua vida para que meu país fosse hoje um lugar melhor que ontem. Nossos conflitos pessoais se tornam pequenos diante de tanta grandeza que o homem é capaz de empreender, desde os tempos de massacres contra os índios brasileiros, escravidão moral e física de nossos irmãos africanos, passando pelas prisões e torturas de líderes políticos que se rebelaram contra o regime militar, morte de estudantes e chegando a caras pintadas renovando as esperanças.
Se hoje temos a democracia, devemos a estes que nos precederam e dos quais devemos buscar o exemplo, continuando a luta. Aqueles que enxergaram foram à frente abrindo caminhos, para trazer a luz a outros. O bastão foi passado pois há muito a ser feito para vivermos realmente em paz.
Se a humanidade sofre, é humilhada, torturada, eu também sinto. Da mesma forma que se o outro se harmoniza e cresce eu também sou engrandecida e recebo a parcela desta felicidade. A luta dos demais também é minha. Daí a nossa responsabilidade em participar da construção de um mundo melhor, onde todos os direitos humanos sejam respeitados.
Como diz a música de Gilberto Gil "lá onde a lei, seja o amor, e usufruir do bem, do bom e do melhor, seja comum para qualquer um, seja quem for."