DE LOUCO E DE LOUCO TODOS NÓS TEMOS UM POUCO

“O QUE SERIA DOS HOMENS SE NÃO FOSSE A LOUCURA?” (Erasmo de Rotterdam em Elogio da Loucura). Utilizamos tanto do nosso tempo a observar atitudes dos nossos irmãos da mesma espécie, criticando, buscando padronizar comportamentos, o que é certo ou errado, procurando definir padrões de beleza e até mesmo definir como o outro deve viver. Pura tolice!

O que é NORMAL e o que é ANORMAL? Será que podemos traçar uma linha determinando um e outro padrão quando o que existe são intercessões?

Não existe o PERFEITO, mas os IMPERFEITOS, e somos todos nós.

A LOUCURA é irmã, amiga, propulsora, fantasiosa, arrebatadora. Você já parou para pensar em quantas loucuras você já fez? A vida sem ela é como um pêndulo que balança de modo constante, repetitivo, monótono. A LOUCURA traz cores à vida. Com ela somos capazes de alçar vôo para alcançar metas para os outros impossíveis. A LOUCURA nos move a buscar o novo, o diferente, a sair do lugar comum, da mesmice.

LOUCO não é quem comete atos insanos, quem usa medicamentos para a saúde mental ou quem age e fala de acordo com o que pensa e sente, quem tem compromisso com a verdade. LOUCO é aquele que acha que é livre estando acorrentado na teia do capitalismo e na teia dos padrões sociais, que exaure todo o seu tempo querendo mais e mais, abarrotando-se dos teres e galgando mais um degrau na teia alimentar. LOUCO é aquele que é incapaz de dar um sorriso, de curtir as brincadeiras com seus filhos, de entregar-se profundamente ao amor. LOUCO é aquele que continua andando por aí, dia após dia, fazendo de conta que vive, mas que no fundo é apenas um instrumento de trabalho, de manutenção e de satisfação para aqueles que estão à sua volta.

TECA FLOR
Enviado por TECA FLOR em 11/10/2011
Reeditado em 12/10/2011
Código do texto: T3271093