A ideologia e o grupo social

“Todos nós participamos de certos grupos sociais e ideias [...]. São espécies de ‘bolsões’ ideológicos, onde há pessoas que dizem coisas em que nós também acreditamos, pelas quais também lutamos, que têm opiniões muito parecidas com as nossas. [...]”

A ideologia é um conjunto de opiniões baseados em conceitos. Estes conceitos e opiniões podem não ser tidos como exatos ou corretos, mas isso varia de pessoa para pessoa. Cada um tem sua forma de pensar e enxergar o mundo, apesar de a formação de seus conceitos estar totalmente ligada a conceitos já formados por outras pessoas.

Assim sendo, pode-se dizer que não temos noção de verdade, apenas de conceitos e ideias, que acabamos considerando como sendo verdadeiros, só para suprir a nossa necessidade de realidade.

Como humanos temos, além da necessidade de perceber a realidade, a necessidade de nos encaixarmos em um grupo. Assim, nos unimos às pessoas que acreditam na mesma realidade que nós acreditamos e formamos o chamado grupo social.

Preferimos compartilhar grupos com pessoas de mesmas ideias porque somos seres persuasivos e, em nossa maioria, arrogantes. Lutamos para defender a nossa argumentação com garras e dentes, até onde pudermos. Isso pode ser tido como boa ou má característica. Pessoas facilmente influenciadas e sem personalidades podem não se adaptar muito bem na maioria dos grupos sociais, assim como pessoas inflexíveis de mais.

Então, unimo-nos com pessoas que conceituam o bem e o mal, assim como suas diferenças, ações e ideias, da mesma maneira que nós conceituamos.

É aí que nos encaixamos em grupos de determinados estilos de músicas, de tipo de vestimenta, de amigos, em grupos religioso, familiares, de estudo, econômicos, etc.

Ter crenças compartilhadas por outras pessoas nos faz sentir bem, nos faz sentir humanos.

Aplicando tudo isso: quem pode dizer que Deus existe e que Alá é fantasia? Deus existe para aqueles que nele acreditam. Para os creem em Alá, Alá existe.

Quem pode dizer que Michael Jackson é melhor do que Mozart? Michael Jackson é bom para quem, segundo seus conceitos de bom e ruim, o acha bom. Mozart é bom para quem, segundo o que acha melhor, optou por gostar de música clássica.

Quem pode afirmar que vermelho é mais bonito que azul? Ninguém, pois cada cor é bela de um jeito, dependendo dos olhos que a vêm.

Quem pode julgar pessoa melhor do que a outra? Ninguém, pois somos todos humanos cheios de conceitos e preconceitos e que julgam e definem não a realidade, mas aquilo que acreditam existir.

Porventura não somos feitos de complexidades?

Gabi Correia
Enviado por Gabi Correia em 08/10/2011
Código do texto: T3264706
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