O culto e a rede
O culto ao prazer já desmistifica a orgia bíblica defenestrada por autoridades do assunto. Avança corroendo as frestas do bom censo e da moral (abstrata), dá vazão a ilimitado gozo superficial de cidadãos contribuintes. Não há autocontrole suficiente, há redes sociais interativas cultivando o assunto popular (sexo). Idade e padrões se ausentam da consciência e todos erram para acertar; de forma que corrigem suas atitudes com libidinagem e autosugestão.
A busca exagerada do prazer libertam o ser social, mas o prende num vício de ideias e crítica coletiva. O concreto já não figura singular e se tece numa rede virtual plural. Desafios de um século, em que, as rupturas manifestam-se descontroladas e atropelam os cânones e papiros do discurso "retoricamente retórico". As sequelas, então, baseiam-se nas memórias aflitas que tendem, ao final, remediar desculpas interpessoais. Se o prazer é satisfação pessoal, não deve a sociedade culpar-se de atos "frenéticos", a plenitude deve atingir o ápice do despredimento de cânones, há muito, distorcidos.
As portas só não se encontram abertas devido aos objetos materiais, pois há ainda um apego a existência. O consumo das coisas não satisfazem mais o ego ou mesmo o corpo físico, desse modo, o assunto popular ultrapassa o culto, infesta a rede. Prazer e sexo formam um único "verbo" social. Quando não houver mais princípio, em demasia, ambos não irão suportar a carência existencial do ser. A sociedade dá passos largos à Sodoma, e se vier, que venha nos braços da meretriz sem desespero e sem fim. Não adianta lamentar a derrocada da moralidade ou das regras, elas nasceram falidas, porque a sociedade é composta de animais (pragas naturais econômicas, políticas, pensantes). Quando as teorias se direcionarem apenas para o sexo e a bestialidade das ações, a sociedade será a primeira a abraçá-las, e claro, as tomar enquanto propriedade, do Estado.