FICA, VAI TER AMOR

Nunca fui muito romântica, mas sempre levantei a bandeira de não sair dizendo ”eu te amo” por aí aleatoriamente. Afinal, o tal amor não é igual à Nissin Miojo (instantâneo). Não para mim. Mas ainda assim ele está tão banalizado que até ursinho de R$ 1,99 fala isso quando você o aperta.

Com a popularização da internet, todo mundo ama qualquer coisa, ama qualquer um, ama e desama como se fosse um botão de curtir – não curtir. O coitado do amor é usado para uma mãe da mesma forma que é usado para uma barra de chocolate. Em casos mais extremos usado da mesma forma – vejam vocês – para bandas como Restart e Cine.

É impressionante como que em poucas semanas de relacionamento, os “amantes” já se declaram apaixonados, fazem juras de amor eterno, declarações pra quem (é stalker de plantão) quiser ver e ouvir, isso é bem visível nos orkuts, facebooks, msn’s e twitters. Depois do sucesso dos “trollfaces” “fica, vai ter bolo” e “todos chora” seria o amor o mais novo meme da web?

O amor não aparece do nada e nem vai embora do nada, o amor está sempre em transição. Um aprendizado e um exercício constante. Mas, não sou Deus para julgar ninguém – apenas filha dele. Às vezes eu mesma me pego com aquela vontade louca de deixar escapar um “eu te amo”, mas de repente percebo como ainda é cedo.

E se você, meu amigo, sofre desse mal que é o “(Bom dia) Eu te amo, tudo bem?” comece a substituí-lo pelo ”eu te adoro” (ou até mesmo pelo “foda-se” que em tempos de banalização soa bem mais verdadeiro). O “eu te adoro“ pode ser muito cruel porque fica bem óbvio que, apesar de gostar (muito) da pessoa, você ainda não a ama. “eu te adoro“ às vezes soa como um “eu não te amo”.

Bem, quando a ocasião chegar (novamente) para mim e eu sentir que realmente é o momento, eu quero dizer tudo em maiúsculo, negrito e grifado: EU TE AMO.