Olhas elas ai de novo
Lá estão elas de novo na calçada, indo e vindo de um lado para outro, parece sem destino, mas o destino é “certo” estão manipulando, maquinando, rotulando, babando e destilando o veneno, procurando um deslize para prejudicar a vida dos “forasteiros”, (palavra usada por elas quando se referem a quem veio de outras cidades). Já disseram seus conterrâneos: “Não liga não, elas são assim mesmo, se metem em tudo, se dão com poucos, não se permitem e quando esporadicamente isso acontece arrumam confusão”. Prá mim, levantou o dedo indicador e me chamou de pilantra, a minha filha por ela foi classificada como prostituta. E se realmente fossemos pilantra ou prostituta seria assunto pessoal e não deveríamos satisfações a elas. – Quem é você, de onde vem, para onde vai, qual a sua profissão? Pensei... Será uma entrevista de emprego, investigação policial? Não era... Nem sei como classificar essas indagações, pensei que fosse pessoal, mas não, é costume mesmo, teve mais gente que passou por essa situação no comércio local, é verdade... O tempo que desperdiçam para cuidar da vida alheia seria mais que suficiente para melhorar a suas e a imagem do seu próprio negócio. Pensei colocar um adesivo no vidro do meu carro: “Agora vou cuidar da minha saúde, pois da minha vida já tem muita gente cuidando”. Mas lembrei que não gosto de adesivos no vidro, soltam aquela colinha pegajosa e de pegajosas já estou com o embornal cheio.
Escolhi esta cidade para viver com minha mulher e meus filhos, viemos pra cá e aqui estamos há quase 6 anos, e no momento não penso em sair daqui. Construímos, estabelecemos, fizemos amigos. Inimigos? – Nenhum... Opiniões diferentes sobre certos assuntos sempre podemos ter, não consideramos ninguém como inimigo, mas adversários. No jornal narramos os acontecimentos que entendemos que seja de interesse da redação e da sociedade, esta é a nossa forma de trabalhar e entendemos ser a forma correta, esse é o nosso perfil.
Enquanto Deus permitir e o trabalho proporcionar prazer, bem estar e contentamento, continuaremos. Se um dia não for mais prazeroso partiremos para outra. Afinal, quando estamos bem espiritualmente qualquer lugar é especial.