Que bananeira que deu cacho nada...!

Mudávamos de Cosmorama para Barretos/SP, no ano de 1948. Tempos mais antigos e as amizades eram mais sadias e verdadeiras. Certa comadre de meu pai, por sinal, dona das propriedades que arrendávamos para plantio de algodão, cujo marido se chamava Alfredo Carneiro, disse: “vocês estão mudando para Barretos, porem não esqueçam que por aquela região, podemos dizer que é bananeira que já deu cacho”. Ela estava referindo que as terras já desmatadas e transformadas todas em pastos, não restando mais terras, para o desenvolvimento agrícola, atividade de meu pai. Concretizamos a mudança e não foi bem assim, as bananeiras ainda deram muitos cachos e continua ainda produzindo. Barretos é uma cidade media porem conhecidíssima mundialmente, como a capital da festa do peão de boiadeiro – centro educacional com universidades – rica em agronegócios – citricultura e cana de açúcar – frigoríficos - comercio atuante, forte e muito mais.

Amarrei-me um pouco neste tema visto as idéias semelhantes ao meu livro "Vivendo com otimismo para uma vida feliz e radiante", já nas bancas, em Frutal/MG, quando lendo artigo da Revista Seleções, edição 08/2011, no artigo “Nunca houve um momento melhor para se estar vivendo em 23 motivos”, matéria do escritor cientifico, John Dyson, a saber:

1) O consumo estimula as invenções.

Segundo estimativa, só em Londres, existe mais de 10 bilhões de produtos deferentes á venda. Sabendo que existe grande quantidade de pessoas na miséria, igualmente, a nossa geração tem acesso a mais calorias, Watts, cavalos de força, gigabytes, nanômetros, metros quadrados, milhas aéreas, quilos de alimentos por hectare, quilômetros por litro e, naturalmente muito mais dinheiro do que nossos antepassados. Isso vai continuar. Quanto mais especializamos e comercializarmos, melhores seremos.

2) Auto-suficiência? Esqueça.

Lá pelas nove da manhã terei, tomado banho com água aquecida com gás natural do Mar do Norte; feito a barba com um barbeador elétrico americano, utilizando a energia de uma usina a carvão britânica; comido pão de trigo Francês com manteiga neozelandesa e geléia espanhola; terei feito um chá do Sri Lanka; vestido roupas confeccionadas com algodão indiano e lã australiana; calçado sapatos de couro chinês e borracha Malásia; e lido um jornal impresso em papel finlandês com tinta chinesa. Terei consumido minúsculas frações da mão de obras produtiva de centenas de pessoas. Essa é a magia do comercio e da especialização. Auto-suficiências é pobreza.

3) Estamos todos em melhor situação.

Comparando com 50 anos atrás, o ser humanos médio ganha agora quase três vezes mais (levando em conta a inflação), come um terço de calorias a mais enterra menos crianças e expectativas de vida um terço maior. Embora a população mundial tenha dobrado, mas não pior que antes. No geral, as conseqüências para o mundo têm sido impressionantemente positivas.

4) Nunca estivemos tão mal?

Pura bobagem. A classe media do passado, que vivia no lixo de seus carros e gadgets tinindo de novos, hoje seria classificada como estando abaixo da linha da pobreza.

5) A pobreza esta decaindo.

Os ricos ficam mais ricos, mas os pobres vivem melhores. Entre 1980/2000, os pobres dobraram o consumo. Os chineses são 10 vezes mais ricos e vivem 28 anos a mais do que 50 anos atrás. Os nigerianos são duas vezes mais ricos e vivem nove anos mais. A pobreza caiu mais da metade segundo relatório da ONU, reduzida mais nos últimos anos do que nos últimos 500 anteriores.

6) Avanços espetaculares

Uma justificativa para estarmos mais ricos, mais saudáveis, mais aptos, mais inteligentes, vivermos mais tempo e sermos mais livres que nunca é que, as quatro necessidades humanas mais fundamentais – alimentos, roupas, combustível e moradia – tornaram-se mais baratas. Veja um exemplo: em 1800 uma vela que fornecia uma hora de luz custava o equivalente a seis horas de trabalho. Na década de 1880, a mesma luz de uma lâmpada de querosene custavam 15 minutos de trabalho. Em 1950 eram oito segundos Hoje meio segundo. Sob este aspecto, estamos 43.200 vezes melhores que em 1800.

7) Mas o meio ambiente não esta pior?

Não. Rios, lagos, mares e o ar estão ficando cada vez mais limpos. Um carro hoje emite menos poluentes em alta velocidade que estacionado e contendo os vazamentos comuns em 1970.

8) Esqueça a nostalgia.

Algumas pessoas argumentam que antigamente havia uma simplicidade, tranqüilidade, sociabilidade e espiritualidade, hoje perdidas. Essa nostalgia cor-de-rosa em geral fica restrita aos ricos. É mais fácil sentir falta de uma vida mis rica quando não se precisa usar um buraco no chão como privada. A maior experiência de retorno ao estilo de vida simples agora é conhecida como Idade das Trevas.

9) Mais produção agrícola = mais natureza.

Enquanto a população mundial cresceu quatro vezes desde 1900, outras coisas aumentaram também: a área das lavouras em 30%. As colheitas em 600%. Ao mesmo tempo, mais 800 milhões de hectares de floresta tropical “secundaria” estão se desenvolvendo novamente, pois os agricultores as trocaram pelas cidades, e já estão quase tão ricas em biodiversidades, de que quando florestas primarias. Na verdade, vou fazer uma previsão arrasadora: o mundo se e alimenta cada vez melhor durante todo o século sem arar nenhuma terra virgem.

10) Comemore o alastramento urbano.

Os moradores das cidades ocupam menos espaço, usam menos energia e exercem menos impacto sobres os ecossistemas naturais, que os moradores do campo. As cidades hoje contem metade da população mundial, porem ocupam menos de 3% da superfície de terra do planeta. O alastramento urbano pode aborrecer os ambientalista, mas viver no campo não é a melhor maneira de cuidar da Terra. O mais sensato a fazer pelo mundo é construir arranha-céus.

11) População não é ameaça

Embora a população mundial esteja crescendo, o índice de aumento vem caindo nos últimos 50 anos. Nenhum pais tem taxa de natalidade mais alta do que tinha em 1960, e no mundo menos desenvolvida essa taxa caiu pela metade. Isso esta acontecendo apesar de as pessoas estarem vivendo mais e de as taxas de mortalidade infantil terem caído. O palpite da ONU é que a população vai começar a diminuir quando atingir o pico de 9,2 bilhões em 2075 – então há mesmo a possibilidade de se alimentar o mundo eternamente. Afinal, já há 6.9 bilhões de pessoas no planeta, e elas se alimentam melhor a cada década.

12) Combustíveis fosseis ou escravidão?

Enquanto uma pessoa com um condicionamento física razoável, pedalando uma bicicleta ergométrica, pode gerar cerca de 50 watts de eletricidade, será necessários 150 escravos trabalhando em turnos de oito horas para produzir os 2500 watts consumidos todos os dias, em media, por uma pessoa. (Os americanos precisariam de 660 escravos; os nigerianos, de 16) Em vez disso, são o carvão, o petróleo e o gás que fazem sua maquina de lavar roupa funcionar, que abastecem os caminhões e os aviões que levam os alimentos ao supermercado do seu bairro, e que geram os fertilizantes que os fazem crescer. Da próxima vez que se lamentar pela dependência humana dos combustíveis fosseis, pare um pouco e pense que, para cada família de quatro pessoas que vemos nas ruas, poderia haver 600 escravos em casa, fornecendo energia para manter e estilo de vida dessa família.

13) O comercialismo é mesmo desalmado?

No mundo pré-comerical, as execuções eram esporte de arena. No século 19, quando tantas pessoas foram levadas a depender dos mercados, a escravidão, o trabalho infantil e a briga de galo foram proibidos. Em fins do século 20, nós nos posicionamos contra o racismo, o sexismo e a pedofilia. Nesta século, até o momento, a criação intensiva de animais e a declaração de guerra unilateral estão praticamente extintos. A filantropia cresce mais depressa que a economia e abundam na Internet pessoas disposta a compartilhar dicas gratuitamente. Como se pode dizer que o comercialismo nos tornou maus, egoístas e gananciosos?

14) O petróleo está se esgotando?

Em 1970, havia 550 bilhões de barris de petróleo em reservas no mundo e, nos 20 anos seguintes, foram usados 600 bilhões. Portanto, por volta de 1990, às reservas deveriam ter se esgotado e haver um déficit de 50 bilhões de barris. Em vez disso, elas chegaram a 900 bilhões – sem contar as areias betuminosas e o xisto betuminoso, somados, fora as 20 vezes as reservas derivadas da Arábia Saudita. Petróleo, carvão e gás são finitos, porem vão durar décadas, talvez séculos, e o povo encontrara alternativas muito antes de elas se esgotarem.

15) Não nos matemos por causa das mudanças no clima.

Atenuar as mudanças climáticas pode acabar sendo tão prejudicial para o bem-estar humano quanto às próprias mudanças climáticas. Uma criança que morre sufocada com a fumaça produzida dentro de casa, numa aldeia onde os verdes bem-tencionados vetam o uso de eletricidade gerada por combustíveis fosseis a fim de salvar o mundo, é uma tragédia tão grande quanto à da criança que morre numa enchente causada pelas mudanças climáticas. Se essas mudanças acabarem sendo suaves, e se a dedução das concentrações de dióxido de carbono provocar muito sofrimento podemos muito bem descobrir e interrompermos como se faz com a hemorragia nasal aplicando um torniquete no pescoço.

16) Todos precisamos de energia barata

Apesar do que você possa ter lido, conseqüências climáticas extremas são tão improváveis, dependem de hipóteses tão exageradas, que não abalam nem um pouco o meu otimismo. Se há uma probabilidades de 99% de que os pobres do mundo possam se tornar muito mais ricos neste século embora ainda emitindo dióxido de carbono, então quem sou eu para negar-lhes essa chance? Afinal, quanto mais ricos, menos dependentes do clima ficarão suas economias, e mais fácil será custear sua adaptação ás mudanças climáticas. A economia mundial precisa de muita energia, e a fonte mais barata dessa energia no memento são os combusteis fosseis.

17) As tempestades estão piorando?

De jeito nenhum. Embora a temperatura global tenha aumentado um pouquinho no ultimo século, a incidência de furacões e ciclones caiu. A partir da décadas de 1920. A taxa de mortalidade anual decorrente de catástrofes naturais provocadas por fenômenos climáticos no mundo todo caiu impressionantes 99%. A forças letal dos furacões depende mais da saúde financeira que da velocidade do vento. Um grande furacão atingiu a bem preparada Yucatán – No México em 2007 – e não matou ninguém. Uma intempérie semelhante açoitou a paupérrima Birmânia (Manmá) no anos seguinte e matou 200 mil pessoas. As melhores defesas contras as calamidades são prosperidade e liberdade.

18) A natureza esta sempre mudando.

Na ciências ocidentais há certa obsessão com o “equilíbrio da natureza”. Essa falácia que resiste ao tempo prega um estado perfeito ao qual o ecossistema retornara. Isso é um disparate. Vejamos o lugar onde estou agora. Seu pico de vegetação são carvalhais, porem esses chegaram há alguns milhares de anos, substituindo pinheirais de bétulas – e, antes disso, tundra. Cerca de 18 mil anos atrás, eu estaria aqui sentado sob 1,6 km de gelo; e 120 mil anos atrás, nadando com hipopotamo em um pântano. Não há equilíbrio na natureza, só um dinamismo constante.

19) As idéias são o combustível do mundo

Quanto mais prosperamos, mais podemos prosperar, Quanto mais inventamos, mais invenções se tornam possíveis. O mundo dos objetos esta sempre sujeito á redução de lucros. O mundo das idéias não esta: a troca incessante de idéias gera o numero cada vez maior de inovações no mundo moderno. E a melhor parte é que os conhecimentos são ilimitados. Não existe nem a possibilidade teórica de esgotar o nosso suprimento de idéias, descobertas e invenções.

20) Podemos resolver todos os problemas

Se você disser que o mundo vai continuar melhorando, certamente era considerado louco. Se Disser que a catástrofe é eminente, pode esperar receber o Premio Nobel da Paz. As livrarias estão lotadas de pessimismo; as ondas de radio estão abarrotadas de previsões sombrias. Não consigo me lembrar de uma época em que ano houvesse alguém tentando me convencer de que o mundo só sobreviveria se abandonasse o crescimento econômico. Mas o mundo vai continuar como está. A humanidade se tornou uma máquina solucionadora de problemas; ela resolve esses problemas mudando de comportamento. O verdadeiro perigo provem da desaceleração da mudança.

21) Somos a geração mais afortunada

Esta geração viveu com mais paz, liberdade, tempo para o lazer, educação, medicina e viagens do que qualquer outra na historia. No entanto, espalha o pessimismo em todas as oportunidades. Até as boas noticias são apresentadas como ruins. Os consumidores não se alegram com a maravilhosa abundancia de opções e, segundo os psicólogos, dizem que se sentem “sufocados”. Quando vou ao mercado, não vejo mingúem infeliz por causa da impossibilidade de escolha. Vejo as pessoas escolhendo.

22) Não se deprima com a economia em crise

A Grande Depressão da década de 1930 foi só um pequeno declive na subida vertiginosa dos padrões da vida. Por vota de 1939, até os países que foram mais atingidos, Estados Unidos e Alemanha, estavam mais ricos do que em 1930. Surgiram produtos e indústrias de todos os tempos durante a Depressão. Portanto, o crescimento sempre voltara após uma crise, a não ser por políticas equivocadas. Alguém, em algum lugar, esta mexendo em um software, testando um novo material ou transferindo um gene para tornar a vida mais fácil ou mais divertida.

23) Os otimista estão certos

Pelos últimos 200 anos, os pessimistas tem ocupado todas as manchetes, embora os otimistas estivessem certos com freqüência muito maior. Há muito interesse no pessimismo. Nunca uma instituição beneficente conseguiu arrecadar fundos dizendo que tudo esta melhorando. Nenhum jornalista emplacou a primeira página escrevendo um artigo sobre como as calamidades eram menos prováveis. Boas noticias não são consideradas noticia. Em conseqüência disso, os grupos de pressão e seus clientes na mídia fazem de tudo para pesquisar até as mais positivas estatísticas á procura de qualquer lampejo apocalíptico. “Não se deixe intimidar – atreva-se a ser otimista.”

José Pedroso

Frutal/MG, 28 de agosto de 2011.

Josepedroso
Enviado por Josepedroso em 29/08/2011
Reeditado em 11/09/2011
Código do texto: T3189779
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