O futuro está em nossos pés

Depois que aprendemos o que mais fazemos (e precisamos) é caminhar e, de preferência, sobre nossos próprios pés.

E os pés? Qual relevância temos dado a eles? É no mínimo curioso que, até há algum tempo atrás, nós tomávamos banho (quando tomávamos) sentados e na maior parte dele olhando para os nossos pés.

Num outro passado, a primeira coisa que um trabalhador fazia quando chegava em casa era lavar os pés, cuidar dos pés, massageá-los, porque reconhecia a importância deles para a subsistência.

E em outro tempo não tão passado, para se aumentar a saúde fazia-se 'escalda-pés', respeitando-se o estado principal do viajante desse mundo: mente sã sobre pés sãos.

Hoje envolvemos, escondemos, esquecemos de nossos pés com muita facilidade, para lembrar deles, tristemente às vezes, quando nos damos conta que não conseguimos mais caminhar sem dores.

Como estrutura de peregrinação, sejam suportando nosso peso, sejam pressionando pedais e quejandos, nossos pés estão quase sempre prontos para nos encaminhar conforme desejamos, porém no mais das vezes não os temos na memória.

Mas é simples refletirmos: imaginemos que eles tenham sido descuidados, negligenciados em se manterem fortes e firmes e podemos saber o aumento substancial das dificuldades de nos deslocarmos por esse mundo. Aí, toda a pose de nosso corpo se desfaz.

E problemas nos pés, desarticulam a coluna, inclinam o corpo, fazem cair e rastejar.