CEROL

Volte e meia os noticiários exibem mais uma vítima do cerol ou cortante. Isso está longe de acabar porque nosso poder legislativo é falho e ineficiente, até mais que o exetutivo e o judiciário.

Náo há pena para os pais irresponsáveis dessas crianças carentes de educação. Digo educação porque ensinar aos filhos o que é errado é parte da educação.

Sei de pais que até faze cerol para os filhos. Por várias vezes, ao ver crianças usando cerol, liguei para o poder a quem compete a fiscalização, mas é sempre assim: não aparecem ou o fazem depois de muito tempo e a criança nem está mais com a pipa no alto.

E por termos um poder legislativo incompetente não há leis rígidas, e assim inventam formas de minimizar os danos causados pelo cerol, por exemplo inventando a antena que impede que a linha atinja o pescoço do motoqueiro ou ciclista.

É um absurdo, pois se a molecada começa a atirar pedras em motos teremos que inventar uma cúpula protetora para a moto.

Experimente digitar no Google a palavra cerol e veja quão chocantes são as imagens: crianças, homens e mulheres com a cabeça quase decepada. Vendo as imagens tenho a impressão de se tratar de um crime hediondo.

Todos os dias vejo crianças empinando seus papagaios, ou pipas, fazendo uso de cerol. Não é possível que as autoridades não vejam. Isso está em todo lugar, principalmente em bairros onde há mais carência.

Mas é sempre assim, enquanto as vítimas forem pessoas de pouca influencia a vida desses continuará a ser descartável. Nosso poder legislativo funciona na base dos interesses próprios. Se algo acometer parentes desses legisladores ai sim haverá legislação mais severa.

Num pais onde a ignorância predomina não há lugar para leis brandas, há necessidade de punições exemplares que intimidem outros infratores. Só assim as infrações serão reduzidas.

Fica claro e evidente que o maior problema além da educação é a falta de interesse político em resolver pequenos problemas, porem que causam grandes perdas.

Nosso poder legislativo torna as leis mais brandas. Como se tudo que fosse relacionado a punições por alguma infração ou crime pudesse atingi-los, como no dito popular o “feitiço virar contra o feiticeiro”.

Também há um outro fator relevante que é a perda da indignação. As pessoas já não se espantam mais com os crimes, as infrações e contravenções. A cada dia acham tudo normal, ser assaltado é normal, algum motoqueiro morrer com o pescoço cortado é uma fatalidade.

O poder legislativo seja na esfera municipal, estadual ou federal se ocupada em criar normas menos relevante, muitas das quais nem precisariam exisitir e o que é mais importante vai ficando de lado, fazendo com que a cada dia a sociedade se deteriore mais.

A impressão que se tem é que há dois mundos, um da população eleitoral e outro dos políticos e familiares, onde os interesses são diferentes assim como as necessidades.

O cerol é um exemplo clássico do desinteresse em combater a impunidade. Nem seria necessário investimento em fiscalização. Com uma legislação mais severa, que tocasse o bolso dos pais dos pequenos infratores ou mesmo que os fizesse passar um dia encarcerado, já diminuiria muito essas infrações.

A língua que impera onde há falta de cultura é a mesma língua que impera onde o falar ao filho não resolve, sendo necessária algumas palmadas.

Eu quando criança levei algumas palmadas, apanhei de chinelo ou de cinta, mas tenho consciência que foi para o meu bem, eu entendi o significado e aprendi, mas infelizmente a sociedade agora diz que isso são maus tratos.

A maioria dessas crianças ficam na rua a maior parte do dia, jamais fazem uma lição de casa ou estudam, ficam largadas, e muitas vezes do cerol passam para outras contravenções. E quando isso acontece os pais se lamentam, como se não fossem culpados.

O cero causa outros danos que muitas vezes nem são comentados, como contra as aves, a aviação, fiação, dentre outros.

Deve haver uma legislação rigorosa pois pior que as crianças que fazem coisas erradas são os pais que não tem noção nenhuma do que é educar. Qualquer pai consciente pode olhar a lata de linha do filho para examinar se esse faz uso do cerol (cortante) ou não. Alias a grande maioria sabe que o filhos fazem uso disso, mas não se importam. São indiferentes às conseqüências que isso pode causar. É como se não tivessem a capacidade de avaliar...

...dai só palmadas ($$) resolvem.