Quando as Fronteiras vão além da Geografia
Fronteira é a parte extrema de uma área ou região. É o limite de um espaço em relação a outro. Esses limites podem ser estipulados por tratados políticos ou podem ser naturais, determinados pelo curso de um rio, por exemplo. Porém existem fatores que nos levam a construir fronteiras que vão além de delimitações geográficas, ou de terras politicamente demarcadas.
Essas são as chamadas Fronteiras Psicológicas ou Sociais, construídas desde a época da colonização do Brasil, quando uma minoria era beneficiada pela exploração da maioria. Um exemplo de Fronteira Social aqui no Brasil pode ser observado no Rio de Janeiro, onde de um lado temos as praias, cheias de pessoas bonitas, felizes e bem sucedidas, ostentando uma imagem perfeita, de um lugar paradisíaco, turístico e próspero. De outro, vemos os morros, entupidos de favelas, onde o que manda é o poder de fogo, onde cidadãos de bem são taxados pelos atos de uma minoria que comanda tudo, inclusive o comércio, os horários e a vida.
São duas realidades diferentes, observadas numa mesma cidade que é governada por um mesmo prefeito e povoada por cidadãos nascidos sob a mesma naturalidade, mas que vivem como se estivessem em países diferentes. São cidadãos que não se misturam. Que, no máximo, possuem vínculos empregatícios entre si, que parecem fazer questão de cultivar uma barreira invisível que os mantêm separados, mesmo dividindo um espaço em comum.
Diante dessa realidade tão diferenciada num mesmo espaço político, concluímos que a única maneira de derrubar essas fronteiras é a conscientização política e social desde cedo, a implantação da ciência política já na Educação Infantil, pois já que as diferenças foram enraizadas no começo da civilização brasileira, devemos combatê-las no começo da formação dos nossos cidadãos. A educação é a nossa maior aliada, basta que os nossos presentes representantes queiram abrir mão de certas obscuridades para que os futuros não se prendam em fronteiras tão intransponíveis.