31/07/2009 A 31/07/2011: VITÓRIA PARCIAL DA CENSURA

A oligarquia sob comando, comunicação e controle de José Romão Sarney sente-se, presumo, vitoriosa, sobre os poderes da Lei e da Constituição. A oligarquia de Romão Sarney está a mostrar ao país que forças políticas concentradas podem mais do que as leis e a Constituição. Um Grupo de fascistas advindos da ditadura militar da qual José Romão Sarney foi líder, mostra quem é que realmente manda neste país. Juridicamente. Politicamente.

JRS liderou a Arena, pulou o galho para o PDS, pulou de galho para o MDB, pulou o galho para o PMDB. Advindo dos partidos que deram apoio incondicional à tirania militar que por 21 anos suprimiu as liberdades fundamentais e o direito à cidadania dos brasileiros. JRS ao ver as forças mais conservadoras da história perdendo terreno até nos jornais da Rede Globo, onde as Diretas Já começavam a aparecer enquanto movimento popular, bandeou-se (ele e seu bando) para o PMDB e garantiu aos militares representação no governo civil, uma vez eleito vice de Tancredo.

De líder civil da ditadura militar à presidência da República foi um passo. Presidente necrófago, alimentou-se politicamente do cadáver de Tancredo Neves assumindo com sua morte a presidência. Uma vez titular do Executivo, teceu e ampliou a teia de influências políticas e jurídicas, que ainda agora garantem seu status de presidente do Congresso e de senador pelo Amapá pela quarta vez.

Enquanto presidente do país JRS não foi apeado da presidência da República via impeachment, juntamente com cinco ministros de seu desgoverno - José Reinaldo Tavares, João Batista de Abreu, Maílson da Nóbrega, Antônio Carlos Magalhães e Saulo Ramos - por acusações de corrupção e crimes de responsabilidade, porque o pedido de impeachment foi arquivado pelo presidente da Câmara, Inocêncio Oliveira (PFL-PE) em 22/02/1989 por falta de "provas conclusivas". Mesmo considerando-se que essas "provas conclusivas" eram de uma quantidade insofismável.

Inocêncio Oliveira era parte integrante do esquema de corrupção estruturado pela quadrilha do Planalto sob comando, comunicação e controle de JRS. Inocêncio, ao contrário do que sugere o próprio nome, de inocente não tinha nada, mas de marionete dos interesses de seus chefes, tinha tudo. Submissão total.

Os advogados Raimundo Faoro e José Carlos Bruzzi Castelo entraram com mandado de segurança no Supremo Tribunal Federal contra o arquivamento e perderam por cinco votos a quatro.

Vivemos num país de aparências onde, politicamente, todos nascem, crescem e morrem conservadores. A juventude só merece esse nome do ponto de vista cronológico. Porque os jovens não têm idéias, nem formação cultural, nem vivência existencial de jovens.

São considerados jovens apenas porque estão a viver numa certa faixa etária. E acham que ser jovens significa fazer perguntas de auditório, as mais bobas, no programa do Wally da Madrugada de sábado para domingo. Na Globo. Ser jovens para eles significa tocar numa banda cantando letras que desde a década de setenta podem ser consideradas anacrônicas. Ser jovem para essa faixa etária quer dizer bater palmas para esses anacronismos. E se isentar de responsabilidades na vida econômica e política do país.

Por isso, de políticos semelhantes ao atual presidente da Casa Grande Senado, o país está saindo pelo ladrão. E de juízes das supremas cortes que afirmam uma interpretação constitucional das leis em prol dos interesses localizados de uma oligarquia, contra as evidências jurídicas e políticas que afirmam o significado político e jurídico da Constituição...

... O país possui motivos para se envergonhar e lamentar a continuidade do grupo que representa os interesses mais retrógados da ditadura militar que JRS ainda hoje faz questão de representar na comunidade civil. O militarismo fascista da oligarquia que representa.

Essa oligarquia teima em continuar a admoestar e ameaçar de detrás dos bastidores políticos e jurídicos, a frágil democracia brasileira. Se não fosse frágil, essa democracia não estaria, política e juridicamente, sob o comando, comunicação e controle de um grupo oligárquico fascista que censura um dos principais jornais do país a nada menos de setecentos e trinta (730) dias.

Quem prevalece no país? Os representantes da democracia, da Lei e da ordem democráticas previstas na Constituição não. Quem está a se fazer prevalecer são os remanescentes da época nefasta da tirania militar representada pela oligarquia de José Romão Sarney.

O jornal O ESTADO DE SÃO PAULO há dois anos se acha penalizado pela interpretação jurídica mais degenerada da Constituição, como nunca se viu neste país. A superestrutura do poder político e jurídico fascista de uma oligarquia se sobrepõe, com o aval de juízes do Supremo, à Letra da Lei da Constituição.

E o Presidente do Supremo Tribunal Federal manteve a limitar de censura contra o ESTADO DE SÃO PAULO favorecendo as demandas jurídicas e políticas do filho do oligarca Presidente da Casa Grande Senado: JRS. Contra todas as evidencias da mais depravada inconstitucionalidade.

Resultado da votação: DEMOCRACIA 3 X OLIGARQUIA 6. Foi de goleada o jogo da votação no STF que promoveu a sustentação jurídica da liminar de censura contra o ESTADO DE SÃO PAULO.

Onde estão os jovens e a juventude?

Por que não se manifestaram as instituições estudantis que os representam? Por que o programa do Wally da Madrugada de sábado para domingo na Globo não entrevistou jornalistas, políticos, juristas e líderes estudantis (presumindo que existam). Calaram-se em troca de trinta dinheiros? Onde estão as manifestações dos diretórios e centros acadêmicos contra esta inconstitucionalidade?

Não são dois dias, duas semanas, dois meses, dois trimestres, dois semestres. São dois anos.

A manutenção dessa liminar de censura por tanto tempo configura que estamos vivendo sob a prevaricação jurídica e a perversão dos valores da Letra da Constituição. Estamos, os brasileiros: os eleitores, os trabalhadores, os executivos de empresa, os jornalistas, os professores, os escritores, as donas de casa, as empregadas domésticas, os religiosos, os profissionais liberais, as instituições políticas e jurídicas sob o jugo de uma dominação fascista de um grupo oligarca. Estamos aceitando uma tirania democrática:

Calados. Submissos. Aceitando essa submissão inconstitucional como se fosse a coisa mais natural do mundo globalizado pela ingerência fascista de pequenos grupos que exercem comando, comunicação e controle sobre duzentos milhões de pessoas nesse país. Sobre bilhões de pessoas neste planeta. Sim. Porque essa tirania localizada é fenômeno global, efeito da concentração de renda e riqueza, em todos os lugares do planeta, por grupos de interesse político, jurídico e econômico que se intitulam titulares da Nova Ordem Mundial.

Grupos fascistas que reduzem a população mundial à condição de escrava, dobrando-a a seus interesses localizados de vassalagem política, jurídica, econômica. Inconstitucional. A Nova Ordem Mundial tem nesse evento nacional uma mostra de como a dominação definitiva da raça humana está sendo preparada e será de fácil execução política, jurídica, econômica. Inconstitucional.

Porque a Constituição de um país não vale nada quando manipulada maquiavelicamente pelo poder de dominação nacional e global de grupos fascistas que fazem questão de mostrar que concentração de poder político, jurídico, econômico prevalece sobre a determinação de liberdade e de democracia de um povo. De um país. Planetário. Universal.

Se um povo num país que se diz democrático pode ser submetido a essa dominação política, jurídica, econômica, fascista, por um pequeno grupo oligarca, o povo em sua significação de existência política, jurídica, econômica global, também pode, facilmente, ser dobrado as conveniências de uma classe ou grupo social que exerça, na “New Wolrd Order”, em caráter planetário, sem mais reações, comando, comunicação e controle sobre o comportamento passivo da população mundial em face da ameaça de dominação planetária total.

Dominação planetária jurídica. Dominação planetária política. Dominação planetária econômica. Dominação planetária ideológica. Dominação planetária fascista. Dominação planetária definitiva. Dominação planetária defendida atualmente pelos mais importantes e proeminentes líderes mundiais da famigerada Nova Ordem Mundial.

E isso que você quer? Se não é isso. Faça sua parte no sentido de garantir as liberdades civis. Enquanto elas ainda existem. Nominalmente.