MARCHAS, PRA QUÊ?
Será que nós, seres humanos, estamos nos reinventando? Senão vejamos:
a) MARCHA (OU PARADA) DO ORGULHO GAY
b) MARCHA COM JESUS
c) MARCHA DAS VADIAS
d) MARCHA DA MACONHA
e) MARCHA DAS VIRGENS
f) ?
DIAS:
a) DO INDIO
b) DO NEGRO
c) DO ESTUDANTE
d) DO PAI E DA MÃE
e) DO ANCIÃO
f) DO AMIGO
g) DO PROFESSOR
h) DIA DOS SEM DIA.
i) DO MÉDICO
j) DO ENFERMEIRO, ETC.
AINDA NÃO VI:
a) MARCHA DOS CORNOS
b) MARCHA DOS PASTORES GAYS
c) MARCHA DOS PADRES PEDÓFILOS
d) MARCHA DOS MACHOS
e) MARCHA DAS PROSTITUTAS
f) MARCHA DOS HABITANTES DO ARMÁRIO (IMPOSSÍVEL)
g) MARCHA DAS GOIABAS (mulheres que gostam de fazer sexo com as bibas. Goiabas porque “dão às bichas”).
h) MARCHA DOS BOYS (Gayrotos de programa)
i) MARCHA DAS GAIERIAS DE LUXO (madames da alta sociedade)
j) MARCHA DAS MULHERES SEM CALCINHA E DOS HOMENS SEM CUECAS.
k) MARCHA DAS MULHERES MAL GOZADAS E DOS HOMENS BROCHAS
l) MARCHA DOS SEM MARCHA
m) ?
Em pleno terceiro milênio, diante de tanta marcha e de tantos dias específicos para que se chame atenção sobre a existência de determinadas categorias, de determinadas situações sociais, sexuais, comportamentais, etc., paramos para pensar. Mais que pensar, REFLETIR. Mais que refletir se alegrar ou se indignar. Mais que isto, simplesmente não entender. Por não entender, permanecer no LIMBO.
Preferimos refletir. Cada um ao seu modo poderá se perguntar sobre tudo isto. Não sabemos se teremos todas as respostas dentro de nós ou se lá fora elas existam com total confiabilidade. O mais certo é crer que a nossa civilização parece que não estava acostumada com a DIVERSIDADE da vida social. Parece que nossa geração, do alto dos seus quase três séculos de era cristã, não descobriu o perdão nem os efeitos curativos do amor. O amor se houvesse em sua transcendentalidade, aboliria com certeza as Marchas e os Dias específicos na forma colocada. Nossa geração precisa ter certeza de que só a felicidade nos causa motivos para viver. Deste modo, ser feliz passa a ser projeto de vida de cada pessoa. Se cada pessoa é única, única vai ser sua forma, sua maneira de ser feliz e de se justificar diante de si mesma a sua passagem pela terra.