Álcool e drogas: vilões, não mocinhos

Há incentivos implícitos e explícitos por todos os lados. Tornamos-nos caças de fácil manipulação da indústria do álcool; reféns que pensam estar no domínio, mas estão chafurdando na lama do vício.

É a atual “paixão popular”. “Beber, cair, levantar”, “beber pra ficar feliz”, “eu vou beber pra esquecer os problemas”, são frases tão corriqueiras que nossos ouvidos pararam de se contorcer quando alguém profere essas palavras.

“18.000.000 de alcoólatras nas sarjetas brasileiras.1.000.000 de pontos para a venda de bebidas alcoólicas. 4% do PIB nacional gastos com as conseqüências do alcoolismo. Milhões de lares desfeitos em todo o país. 60% dos crimes: - gente alcoolizada. O alcoolismo é o caminho mais curto e direto para as drogas, violência doméstica, invalidez, roubos e crimes. O calvário do alcoólatra sempre passará pelo hospital, cadeia e cemitério.” (Renzo Sansoni)

Esses dados estarrecedores permeiam a vida de muitos e chocam- ou deveriam chocar- a todos. Propagandas, outdoors, banners, passam por nós e nos incitam a nos embriagarmos, passarmos do ponto, associando tal comportamento à status, ao ápice da alegria.

É pecado, é errado beber? Não, não é, desde que o beber seja moderado, que não altere seu estado emocional ou psíquico; que não seja uma desculpa para fugir da realidade. Apreciar um vinho, uma cerveja de vez em quando não é sinal de desequilíbrio ou insensatez.

Um outro fator que tem desestruturado o cursar dos dias é o consumo de drogas. É penoso observar jovens que precisam alterar o funcionamento do seu corpo com químicas para sentir prazer em viver. Surgiu recentemente, com a aprovação do Supremo Tribunal Federal, a Marcha da maconha, que já conta com milhares de pessoas que desejam a liberação do uso dessa droga para que possam consumir livremente, sem que sejam consideradas fora da lei. Entra também o uso da maconha como medicamento, contudo creio que esse seja apenas um tópico e não o foco principal da campanha.

Em um trecho do blog da Marcha da maconha, dizem:

“não é uma manifestação que interessa apenas às pessoas que usam maconha ou outras drogas. Interessa a todos os cidadãos e cidadãs que querem ajudar a construir e a manter a Democracia Brasileira. Em uma Nação que se pretenda afirmar como Estado Democrático de Direito, qualquer tentativa de desvirtuamento do Artigo 5º da Constituição Brasileira, do Código Civil ou mesmo da Lei 11.343, com a intenção de obscurecer os objetivos da Marcha da Maconha ou incutir-lhe qualquer conotação de apologia ao crime ou incentivo ao uso de drogas é inaceitável. Movimentos sociais não podem ser criminalizados apenas por querer reabrir um debate político-legal ou por manifestar seus posicionamentos”

A marcha não pode ser associada ao incentivo do uso de drogas, segundo o excerto acima, mas sair pelas ruas protestando, querendo a maconha “livre, leve e solta” não é uma forma de corroborar para que mais pessoas usem?

Quantas mães e pais morreram internamente ao saber que jovens saíram nas ruas para lutar pela maconha. Esta forma extremada de clamar a democracia é um triste e grande indicativo da alienação da força jovem, que tem se preocupado muito mais em satisfazer suas vontades do que cuidar do país no qual habitam e que habitarão seus futuros filhos.

Dani S
Enviado por Dani S em 01/07/2011
Código do texto: T3068183
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