Serpentinas
Todos os dias de nossas vidas, acordamos, levantamos, saímos para trabalhar, escola, encontros amorosos, atividades entre amigos, enfim... No fim das atividades, voltamos para casa (aqueles que dispõem de uma casa), realizamos algumas atividades próprias à rotina de cada um, e por fim dormimos (não necessariamente nessa ordem). E ainda, “sonhamos” ou temos insônia!!! A vida cotidiana, é um tanto monótona não? Entre os muitos afazeres de nossos dias, conhecemos pessoas, travamos contatos, acontecem os muitos encontros e desencontros pela vida sempre nesse mesmo ir e vir. Enfadonho não? Vejamos!!! Gostaríamos de viver a maior parte de nossas vidas em clima de carnaval, risos, brincadeiras, poucas preocupações e atribulações, mas como? Se precisamos do dinheiro que geramos com nosso trabalho ou dos títulos que almejamos com nossos estudos, ou das muitas formas que empregamos em nosso dia a dia para atingir algum fim específico. Dentro desse ir e vir, há o por vir. Tememos muitas vezes o futuro, lembramos e agarramo-nos ao passado enaltecendo-o se foi bom e muitas vezes esquecemo-nos do presente. Mas, principalmente do quão somos responsáveis pelo nosso presente, pelas circunstâncias que hoje nos cercam, bem como pelas pessoas que conosco partilham suas histórias, tempo, emoções e anseios. Nessa deambulação inevitável de nossas vidas, não seria mais fácil buscarmos obter bons resultados aos objetivos traçados, ao invés de corrermos em busca de sonhos (que talvez já nem nos caracterizem tanto assim)? Será que a rotina cansativa do quotidiano, não é culpa das frustrações que inconscientemente nos impelimos passar? Dessa forma, façamos como as serpentinas que se enroscam, não tendo início nem fim, mas vivendo de forma única todos os carnavais. E felizes, por simplesmente enroscar-se e por ter essa oportunidade devido a sua estrutura própria para isso. Analogamente, deixemos as queixas da rotina e passemos a “agir”, para então modificá-la.