COMO VIVER MAIS...
Num brilhante trabalho coordenado por James House no Centro de Pesquisas da Universidade do Michigan-EUA, os pesquisadores concluíram que a dedicação regular ao trabalho voluntário, em interação com os outros com calor humano e compaixão, aumentava tremendamente a expectativa de vida e provavelmente também a vitalidade geral.
Estudos revelaram que estender a mão para ajudar os outros pode induzir um a sentimento de felicidade, uma tranqüilidade mental maior e menos depressão.
Num estudo de trinta anos com um grupo de diplomados de Harvard, o pesquisador George Vaillant concluiu que adotar um estilo de vida altruísta é um componente crítico para a boa saúde mental.
Outra pesquisa, realizada por Alan Luks entre alguns milhares de pessoas que estavam envolvidas regularmente em atividades voluntárias de auxílio a terceiros, revelou que mais de 90% desses voluntários relatavam um tipo de euforia associada à atividade, caracterizado por uma sensação de calor humano e mais energia.
Elas também tinham uma nítida sensação de felicidade e de maior autovalorização em seguida à atividade.
Não era só que esses comportamentos de dedicação proporcionassem uma interação benéfica em termos emocionais; concluiu-se também que essa tranqüilidade dos que ajudam estava associada ao alívio de uma variedade de transtornos físicos relacionados ao estresse.
Uma história impressionante é a de um empreiteiro, hoje com de oitenta anos de idade e residente nos EUA.
Durante anos fez sucesso sem muito esforço, aproveitando o crescimento aparentemente ilimitado do setor da construção no Estado do Arizona, para tornar-se multimilionário.
No final da década de 1980, ocorreu a maior derrocada do mercado imobiliário na história do Arizona.
Ele perdeu tudo, acabou tendo que declarar falência. Seus problemas financeiros geraram uma pressão sobre seu casamento, que acabou em divórcio depois de vinte e cinco anos de união.
Principiou a beber e muito.
Felizmente, conseguiu com o tempo abandonar a bebida com a ajuda dos AA.
Como parte do seu programa nos AA, ele passou a ser padrinho e a ajudar outros alcoólatras a permanecer sóbrios.
Ele descobriu que gostava do papel de padrinho, de estender a mão para ajudar os outros, e começou a se oferecer como voluntário também em outras organizações.
Pôs em funcionamento seus conhecimentos empresariais para auxiliar os menos privilegiados em termos econômicos.
Os anos se passaram e agora tem uma pequena empresa de reformas e gera uma pequena renda e diz que já se deu conta de que nunca mais vai ser tão rico quanto foi.
E ele diz que não quer saber de voltar a ter todo aquele dinheiro.
Diz que prefere passar seu tempo em trabalhos voluntários para diversos grupos, trabalhando diretamente com as pessoas, prestando-lhes o melhor tipo de ajuda possível.
Afirma que, atualmente, tem mais prazer num único dia do que tinha num mês inteiro, quando ganhava fortunas.
Considera estar mais feliz do que em qualquer outra época da sua vida, graças ao trabalho em prol do semelhante.
Na questão do sentimento de euforia, posso afirmar que é isso mesmo, pois a experimento toda semana.
Ao concluir as tarefas, a gente sai alegre, rindo, pisando nas nuvens, uma sensação maravilhosa que só quem a sente pode aquilatar o quanto é ótima...
Então, quer viver bem mais do que sua expectativa de vida?
A receita é essa: dedique-se a fazer o bem, ajudar os outros e obterá da Providência Divina o aval para tanto...
Do contrário...