O QUE É A FELICIDADE?...
Um psiquiatra americano, discorrendo sobre a felicidade, narrando algumas experiências que vivenciou disse ter uma amiga que recebeu, inesperadamente, uma enorme soma de dinheiro.
Diz que, um ano e meio antes disso, ela deixara o emprego de enfermeira para ir trabalhar para dois amigos que estavam abrindo uma empresa de atendimento de saúde.
A Companhia teve um sucesso meteórico e em um ano e meio foi comprada por uma grande corporação por um valor elevadíssimo.
Tendo participado da empresa desde o início, a moça saiu da venda com muitas opções para compra de ações, o que era suficiente para aposentar-se aos trinta e dois anos de idade.
Conta ele que, certo dia, encontrou-a e indagou como estava se sentindo como aposentada e com tanto dinheiro. Ela respondeu que era ótimo poder viajar e fazer o que sempre quis, mas achava estranho que, depois que se recuperou da emoção de ter todo aquele dinheiro, as coisas mais ou menos voltaram ao normal. Disse que tudo estava diferente, tinha casa nova e tudo o mais, mas que não se sentia muito mais feliz do que era antes...
Relata o psiquiatra que, na mesma época que sua amiga estava recebendo aquele dinheiro, outro amigo seu da mesma idade descobriu que era soro positivo.
Passado algum tempo, os dois conversaram sobre como ele estava lidando com seu estado e o sujeito lhe disse que, claro, ficara arrasado com a notícia e demorou quase um ano só para aceitar o fato de que estava com o vírus da AIDS, todavia as coisas haviam mudado e parecia que aproveitava cada dia mais do que jamais aproveitou antes. E completava dizendo que, se fosse analisado momento a momento, estava mais feliz agora do que nunca foi.
Dizia apreciar mais o dia-a-dia e sentir gratidão por não ter até agora apresentado nenhum sintoma grave da AIDS e por poder aproveitar de fato o que tinha. Afirmava que, embora não preferisse ser soro positivo, admitia que, sob certos aspectos a doença transformou sua vida, para melhor, dizendo que sempre tivera a tendência de ser um materialista e que, só ao longo do último ano, a procura da aceitação da sua mortalidade descortinou todo um mundo novo.
Começara a explorar a espiritualidade pela vez primeira na vida, lendo inúmeros livros e conversando com as pessoas, descobrindo tantas coisas nas quais nunca havia pensado antes e ficava até empolgado de acordar pela manhã, de pensar no que o dia poderia trazer para ele...
Após estas duas histórias, o melhor é cada um dos leitores tirar suas conclusões, mas lembro que se deve desfrutar cada momento na vida porque, você pode estar sendo feliz e não sabe...